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Quarta Visão - Os Filhos do Dragão

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Quarta Visão - Os Filhos do Dragão Empty Quarta Visão - Os Filhos do Dragão

Mensagem por Nathan Seg Jun 12 2017, 10:06

Considerações Off:

Jack e Bruno, começamos aqui suas interpretações no e-book "O Legado do Rei Negro".

Conforme anunciado, este capítulo (visão) será o quarto do volume 1 do projeto literário.

Note que, desde o início, já colocarei a narrativa em primeira pessoa, com o venirista descrevendo toda a cena. Ou seja, quando houver algo que ele não vir, colocarei, no final do post, como informações complementares. Isso será feito para facilitar a edição do livro, assim como os demais processos que colocarei abaixo.

Peço que não formate o texto com cores. Caso expresse algum pensamento, coloque em itálico. Quando falar, coloquem travessão. Para criar o turno, é necessário um mínimo de 1.000 caracteres.

Lembrem-se: o Venirista expressa nas transcrições das visões do Sinkrorbe aquilo que ele vê, ou deduz que as personagens estão pensando ou sentindo. Portanto, quanto mais claro isso ficar nas suas ações, melhor. Lembre, também, de revisar o texto depois de escrever o turno, preferencialmente com a ajuda de um corretor ortográfico e gramatical. Isso é muito importante.

Para ficar um ritmo tranquilo para todos e eu poder manter a atenção e qualidade da narração para todos os oito intérpretes ativos atualmente, minha previsão inicial é de uma postagem semanal, tentarei fazer a continuação até a Quinta-Feira, dia 22 de Abril.

Vamos ao jogo:

Quarta Visão - Heltor Kobba e Havock


Os Filhos do Dragão

Após uma madrugada inteira onde o sinkrorbe me revelou três visões perturbadoras, tive todo o dia para descansar e refletir, fazendo inúmeras anotações a respeito do que foi visto. Meu esconderijo no coração das Cordilheiras das Cascatas continuava inviolado, e por mais que vez ou outra tenha escutado barulhos ecoando pelas montanhas, não fui ameaçado por qualquer tipo de predador ou por selvagens. Conforme me foi orientado por meu mentor, precisei deixar o artefato recebendo luz solar ao longo do dia, enquanto eu revisava as anotações da madrugada. Para minha sorte, o estoque de rações de viagem, hidromel e erva de fumo parecia suficiente para os dez dias de revelações, desde que continue sendo bem administrados. Após a refeição do almoço consegui dormir um sono pesado e sem sonhos, despertando assustado com o sol se escondendo atrás das montanhas, banhando a cordilheira com uma luz forte alaranjada. Logo me preparei, separando tinteiro, pergaminho e uma pequena lanterna de ferro para passar mais uma madrugada em claro. Um rodamoinho de fumaça começou a se formar no sinkrorbe, mas a nuvem de poeira começou a se distanciar, distanciar, distanciar até que se tornou algo no limite do horizonte. Pela posição do sol naquele amanhecer, o descampado ficava bem a noroeste daquela nuvem poeira, e nele havia uma multidão espalhada deitada enrolada em peles. Dezenas de linhas finas de fumaça subiam de fogueiras que haviam se apagado ao longo da madrugada, mas uma destas mantinha suas chamas fortes, aquecendo um pequeno grupo que conversava igualmente acalorado ao seu redor.

Um anão alto para os padrões de sua raça questionava alguém que parecia ser o líder do pequeno grupo, ignorando completamente aqueles ao seu redor. Apesar da friagem matinal, o anão mantinha o tronco largo descoberto, exibindo o corpo atarracado extremamente musculoso e repleto de pinturas tribais nas costas, ombros, peito e lateral da cabeça onde os cabelos são raspados. Tinha o cabelo castanho claro oleados e espetados para cima e usava uma barba volumosa dividida em tranças que chegam até a altura do peito. Aparentemente estava desarmado, assim como os demais ao redor da fogueira. O homem com quem o anão falava devia ter quase o dobro de sua altura, com as costas largas como uma árvore e também com a lateral da cabeça raspada, deixando um cabelo curto preso rente à nuca. Este o encarava com um olho único, sereno, pois sobre o outro olho havia uma cicatriz profunda que marcava seu rosto desde a testa até o canto da boca. Seu maxilar largo parecia contraído enquanto ouvia o que o anão tinha para lhe falar.

Além destes, outros quatro humanos rodeavam a fogueira, todos com o corte de cabelo semelhante, raspados nas laterais onde ostentavam tatuagens tribais. Assim como os dois que conversavam, usavam armaduras leves de couro reforçado com rebites metálicos nos pontos vitais, e também não carregavam armas. A inclinação ideológica do grupo ficou clara ao reparar nas deformações visíveis nos corpos dos quatro humanos, que traziam diferentes marcas no corpo. Alguns tinham camadas de escamas cobrindo antebraços ou ombros, outro não tinha as orelhas e seu maxilar parecia severamente afinado dando-lhe um ar reptiliano, outro parecia ter alguma espécie de implante sob a testa na forma de pequenos chifres pontudos. Aquela tradição radical de auto-mutilação tribal era certamente Gorgronista, dos sobreviventes seguidores da falecida Dragoa Arla, temida e conhecida como Devoradora de Almas. Aqueles eram, portanto, os responsáveis pela rebelião que levou fim à dinastia clifista no reino de Túrion, aqueles eram Filhos do Dragão...

(Continuem a partir daqui, Jack e Bruno)


Informações Complementares:

- A história tem início no amanhecer logo após a madrugada onde os Gorgronistas abandonaram a cidade de Túrion. Havock acabou de demolir o palácio real e apenas a nuvem de fumaça é visível no horizonte. O anão acabava de chegar ao ponto de encontro Gorgronista, que seguiam em direção à província de Esgares, em busca das Minas.

- Conforme foi conversado em OFF, a ideia eh que este seja o momento onde o Havock questiona o Heltor sobre a "fuga" ao invés de permanecer e lutar pela cidade. Sendo que estes haviam abandonado a mesma devido a aproximação dos exércitos Marilistas e Clifistas, assim como a Peste que vinha devastando a cidade de Godnyr.


- A princípio minhas postagens não serão tão extensas, mas como esta foi a primeira, precisava de toda uma introdução. O ideal é a gente se manter na média de 1.000 caracteres, que é uma quantidade tranquila para ler e também pra transmitir a ideia geral da cena.


- Qualquer dúvida ou informação complementar que você achar útil para sua ação, pode me chamar no privado do Whats ou chat do Facebook.
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Mensagem por Havock Seg Jun 19 2017, 22:53

- Porque você mandou a gente ir embora???

O anão olhava sério, caminhando em direção ao humano que parecia ser o líder do grupo do gorgronista. Seu punho estava cerrado, sua expressão exaltada. Exaltado, o anão continuava se aproximando. Os demais humanos a beira da fogueira olhavam silenciosos, apreensivos diante da conversa entre os dois. 

- Porque destruí o castelo de Godnyr?

O humano mantinha o olhar fixo na fogueira à sua frente, ignorando completamente o anão, que aumentava o tom de voz e dava um soco no chão com o punho direito faiscando com energia arroxeada kalaidrina, afundando até quase o cotovelo no chão, erguendo-o novamente com uma espécie de manopla de pedra quase tão larga quanto seu tronco. Neste momento, o humano finalmente olhava em sua direção, com o rosto completamente inexpressivo. Os soldados que dormiam próximo àquela reunião acabavam despertando assustados diante dos tremores de terra ocasionados por aquela demonstração de poder Elorkan. O anão, agora prostrado diante do humano, lançava a ultima pergunta, consciente de que agora detinha toda a atenção de seu líder.

- E porque utilizar o beijo do dragão logo agora???
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Mensagem por Heltor Kobba Seg Jun 19 2017, 23:15

Heltor observava silencioso a lenha que queimava na fogueira à sua frente enquanto todas as faíscas saíam quando o anão destemperado chegava com seus questionamentos. Durante as duas primeiras perguntas, o gorgronista sustentava o olhar na direção das chamas, silencioso e apenas absorvendo as perguntas. Quando o anão manipulava finalmente o kalaidrin para formar uma manopla rochosa logo à sua frente, atiçando todos ao seu redor, Heltor finalmente desviava o olhar, encarando-o sério.

- Agora, meu amigo, eu te responderei. - As palavras do humano eram calmas e baixas, porém imponderáveis. - Havock, uma peste chegou ao nosso povo. Alguns morreram para provar nossas suspeitas. Os inimigos estavam entre nós. Eu pedi para que voltasse e destruísse o castelo para deixar uma mensagem. Não só esse reino, mas todos serão nosso. Tomaremos e destruiremos o que quiser e quantos quiser. Agora, Havock, a sua pergunta sobre o porque o beijo do dragão ser usado logo agora, será respondida com os méritos do intento. Agora, partiremos para uma nova empreitada. Não se preocupe, meu amigo, conheceremos o inimigo e assim ele se prostará perante os Filhos da Dragoa.
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Mensagem por Nathan Sex Jul 14 2017, 11:39

Considerações Off:

Conforme combinado, retornamos com o quarto capítulo (visão) do projeto literário.

Vamos ao jogo:

Quarta Visão - Heltor Kobba e Havock


Os Filhos do Dragão

Enquanto a conversa continuava, muitos dos que dormiam enrolados em peles para se proteger do vento frio das estepes começavam a despertar. Os primeiros raios de sol despontando no horizonte distante e alguns chefes militares caminhavam entre os que ainda estavam deitados bradando e para que todos se aprontassem para seguir a marcha imediatamente. Os primeiros a recolher as peles e os poucos pertences que carregavam já se punham a caminhar através do descampado em direção ao norte. Alheios a tudo isso, o grupo de líderes Gorgronistas continuavam sua conversa ao redor da fogueira até que eram interrompidos por um soldado que se aproximava. Pela armadura belamente adornada feita de pequenas folhas metálicas que lembravam as escamas de um dragão, se tratava de alguém de alta patente junto ao exército gorgronista.

- Meu senhor, os homens já seguem para Esgares. Batedores chegaram com o amanhecer, vindos de Esgares e Godnyr.

O soldado não utilizava elmo, e parte dos braços ficavam a mostra, revelando pinturas de guerra tribal. Em sua cintura estava preso um machado de mão e um punhal recurvado que lembrava também a presa de um dragão. Seus olhos eram claros e se mantinham baixos em respeito a Heltor Kobba, o temível Rei Negro.

- Godnyr perece diante da maldição, e informes dizem que a morte se espalha com o vento, atingindo aldeias e vilarejos ao redor da capital. Já Esgares parece ter sido abandonada à própria sorte. A Companhia Dourada abandonou a cidade para se juntar aos clifistas de Volkan no ataque à Godnyr...

Finalmente, parte dos planos Gorgronistas eram revelados. Haviam abandonado a capital do reino à própria sorte, assolada pela maldição marilistas e prestes a ser invadida pelos clifistas da província de Volkan. Marchavam sem perder tempo em direção às ricas terras de Esgares, que eram protegidas apenas pela Companhia Dourada, mas que aparentemente não ofereceria qualquer resistência aos Filhos da Dragoa. Novamente os rebeldes liderados por Heltor atacavam um ponto estratégico vulnerável, onde poderiam se manter afastados do olho do furacão enquanto se fortaleciam com os minérios que seriam extraídos das minas de Esgares e trabalhados pelos famosos ferreiros do povo anão, e onde também não teriam problemas com alimento devido às vastas plantações que se espalhavam pela região.


(Continuem a partir daqui, Jack e Bruno)


Informações Complementares:

- Depois do pequeno recesso, vamos tentar manter um ritmo semanal de postagem. Continuação prevista para a Quinta-Feira, dia 20 de Julho.


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Mensagem por Heltor Kobba Seg Jul 24 2017, 11:28

Após ser interrompido pela chegada do emissário, Heltor escuta o que este tem a dizer sobre as cidades de Godnyr e Esgares e retorna seu olhar para as chamas da fogueira, que ardiam cada vez mais fracas. Parecia refletir por alguns instantes antes de voltar a falar.

- Prepare seis dos meus melhores guerreiros e envie o grupo para Esgares. Capturem qualquer sentinela que estiver guardando a cidade e se esgueirem até a praça principal no fim da tarde. Se tiverem a oportunidade, capturem representantes do povo que julguem importantes ou influentes.

Com essas palavras, Heltor se levantava, revelando uma altura quase sobre-humana e o corpo extremamente forte de guerreiro. Permanecia encarando o fogo por mais algum tempo até desviar o olhar para o emissário que trouxe as notícias sobre a província de Esgares.

- Ao cair da noite, anunciem a chegada do Rei Negro.

Sem mais palavras, o emissário de armadura ornamentada que brilhava refletindo as chamas da fogueira acenava com a cabeça positivamente, curvando levemente o tronco em respeito e submissão ao líder gorgronista. Heltor não esboçava qualquer sinal de preocupação, os Filhos do Dragão atacavam novamente.
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Mensagem por Havock Qua Jul 26 2017, 10:29

Enquanto o Rei Negro pensava e dava suas ordens ao emissário, o anão gorgronista se mantinha quieto e coçava a barba olhando para o nada. Estava de pé próximo da fogueira, ainda digerindo tudo o que foi dito sobre a maldição que caiu sobre a capital e sobre a utilização do "beijo do dragão". Ao ouvir sobre a Companhia Dourada e a incursão iminente na cidade de Esgares, Havock finalmente quebra seu silêncio.

- Seis melhores guerreiros? Então eu estou entre eles. Havock comandará o ataque!

O anão dava um soco no próprio peito exposto e fazia um breve aceno de cabeça para Heltor.

- Ao anoitecer, a cidade será gorgronista!

E sem mais, o elorkan da terra abandonava o circulo de comandantes gorgronistas e se afastava junto com o emissário, que era um dos capitães de confiança do exército rebelde.

- Árion! - ele falava ao emissário - Reúna mais quatro homens. Nós atacaremos imediatamente.

Com isso, Havock caminhava a passos pesados até seus pertences, enrolado nas peles onde deveria ter dormido. Jogava apenas as peles sobre os ombros, enrolando-se com as mesmas antes de seguir sua caminhada em direção à Esgares. Não esperaria o emissário e os outros quatro, eles já tinham suas ordens e os gorgronistas estavam acostumados a cumpri-las.

Todo o exército marchava para o norte, e Havock apressava o passo até que os outros cinco guerreiros se juntavam a ele. Havia uma longa jornada ainda e deviam limpar o caminho para a chegada do Rei Negro. Assim que o grupo estava reunido, eles começaram a correr. Os seis fariam uma corrida de resistência pelo percurso restante, de modo chegar o quanto antes a Esgares, capturando ou eliminando quaisquer sentinelas que fossem encontrados e se esgueirando para o interior da cidade.

Se surgisse a oportunidade, Havock capturaria alguém influente da própria cidade, levando os reféns para o centro da cidade, de preferência a praça principal, onde colocaria os seis de joelhos voltados para o ponto mais movimentado de Esgares e aguardariam silenciosos como a morte até que a noite chegasse.

Seu braço direito estava coberto por uma enorme manopla rochosa que se estendia até o cotovelo. Com certeza, aquelas figuras misteriosas na praça da cidade atrairia atenção, mas não toda atenção desejada pelos gorgronistas e assim que o sol atingia o horizonte, diminuindo a luz sobre Esgares, Havock soltava a cabeça do refém, que estava segurando com a manopla de pedra e usava esta para golpear com força o chão, canalizando kalaidrin através do braço para provocar um tremor de terra poderoso, o que com certeza atrairia ainda mais pessoas para fora das casas e em direção à praça.

- CURVEM-SE DIANTE DO REI NEGRO!!!!!
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Mensagem por Nathan Qua Jul 26 2017, 11:17

Considerações Off:

Conforme combinado, retornamos com o quarto capítulo (visão) do projeto literário.

Vamos ao jogo:

Quarta Visão - Heltor Kobba e Havock

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Novamente, o ataque dos gorgronistas repetia a estratégia utilizada durante a rebelião que colocou Heltor Kobba no trono de Godnyr. O anão elorkan conhecido apenas como Havock liderava uma ofensiva que pegava de surpresa os defensores e este preparava terreno para a chegada do líder gorgronista. Dessa vez o alvo era a cidade de Esgares, que sem a proteção da Companhia Dourada era um alvo ainda mais fácil. Os clifistas que ali viviam não tinham a tradição guerreira dos clifistas volkani, e portanto os poucos sentinelas foram rapidamente rendidos pelos invasores liderados por Havock.

Após se embrenharem para o interior da paliçada que cerca Esgares, o anão e seus guerreiros não tinham dificuldade de perceber o falastrão comandante da guarda clifista. Este
era um homem de meia idade, com cabelos grisalhos ao redor da orelha, um rosto cansado de barba rala, armadura leve de metal sobre os braços gordos e a barriga volumosa. Um cinto com espada curta estava pendurado à sua cintura enquanto este cruzava as ruas gritando com os poucos soldados visíveis, ou acenando para mulheres que passavam por ele. Os soldados, visivelmente não possuíam qualquer treinamento e pareciam recém recrutados para guarnecer a cidade na ausência da Companhia Dourada.

Após emboscarem o líder clifista sem dificuldade, este e mais cinco reféns eram arrastados até a praça onde há pouco tempo estavam as tendas rimertistas da Companhia Dourada. Ali os seis reféns eram exibidos para o povo de Esgares enquanto a noite se aproximava. Pessoas assustadas se perguntavam o que era aquilo, e os poucos soldados clifistas da cidade se aproximavam impotentes e não ofereciam ameaça aos gorgronistas que mantinham lâminas nos pescoços dos reféns. O comandante da guarda clifista estava de joelhos como os demais, mas ao invés de uma lâmina no pescoço, este tinha a cabeça apertada pela enorme manopla de pedra do anão elorkan.

- CURVEM-SE DIANTE DO REI NEGRO!!!!

Foram as palavras de Havock que ecoaram na cidade após toda população ter corrido para as ruas com os tremores de terra que ameaçavam levar as casas mais simples abaixo. Os Esgarianos se olhavam assustados sem entender nada. Nunca desde a colonização os gorgronistas tinham se mostrado no norte do reino, e pouco conseguiam influenciar a região durante os dez anos que Heltor havia permanecido no trono de Godnyr. Agora, finalmente conheceriam os Filhos do Dragão.

Uma trombeta quebrou a tensão, ecoando forte pela cidade e nas montanhas além. Todas as atenções foram atraídas para a entrada da cidade, onde o enorme guerreiro líder gorgronista adentrava os portões acompanhado de perto pelos seus capitães e em seguida toda uma procissão de guerreiros cobertos em peles carregando todo tipo de armas. Alguns apresentavam as macabras mutilações corporais pelas quais os gorgronistas eram famosos, outros se pintavam por inteiro com desenhos tribais. Os que possuíam escudos entravam batendo suas armas no mesmo, enquanto os que não tinham batiam com o punho no próprio peito, ritmando a marcha do exército.

Inicialmente, o impulso da população de Esgares era correr e se esconder diante dos invasores, mas fugir para onde? Desse modo, olhavam assustados enquanto o exército rebelde atravessava a cidade em direção à praça central onde os reféns eram mantidos, até que os primeiros se curvavam obedecendo as palavras do anão denin. Pouco a pouco, todos iam se ajoelhando e baixando as cabeças em submissão aos conquistadores e ao temível Rei Negro. Ninguém ousou se manter de pé e afrontar Heltor...

(Continuem a partir daqui, Jack e Bruno)

Informações Complementares:

-Vamos seguir com a postagem semanal. Continuação prevista para a Quarta-Feira, dia 02 de agosto.
Se possível, tentarei responder antes pra agilizar o jogo antes das minhas férias.

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Mensagem por Heltor Kobba Qua Jul 26 2017, 17:49

Heltor caminhava em silêncio e seus passos batiam firmes no chão de terra batida enquanto atravessava a cidade em direção à praça. Seu olhar se mantinha fixo no anão que estava à sua frente à medida que se aproximava deste e dos capturados. Seu enorme martelo de combate estava repousado sobre o ombro largo e enquanto andava contemplava a beleza de seu intento. Ao chegar na praça de Esgares fazia um breve aceno para o anão elorkan e voltava-se para a população curvada a sua frente, sem oferecer resistência àquela invasão. De sua boca, uma voz forte como um rugido pode ser ouvida.

- EU SOU A IRA DO DRAGÃO! O EMISSÁRIO DA DESTRUIÇÃO!

Com um movimento brusco, ergueu o poderoso martelo no ar sobre sua cabeça, invocando energias cymblarkinas e direcionando-as para a Relíquia das Almas, o cristal oval encrustrado no meio do martelo. Este começava a brilhar sombrio num tom cinzento e emitir um som alto que no início parecia um sopro de vento, mas aos poucos se tornou um lamúrio tormentoso. Em pouco tempo, o ar começou a girar ao redor da praça, os lamúrios se tornando cada vez mais altos e perturbadores. Um verdadeiro vórtice de almas se formou em Esgares, atraindo todos os espíritos perdidos da região para o infame martelo coletor de almas.
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