A Lenda de Materyalis
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Décima Visão: O Ceifador

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Décima Visão: O Ceifador Empty Décima Visão: O Ceifador

Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Set 04 2017, 14:36

Considerações off

Bruno, recomeçamos aqui as suas interpretações das Crônicas de Aliank, volume 2.

Conforme previamente anunciado, este capítulo (visão) é complementar, e será o segundo do volume 2 do livro.

Note que, a partir de agora, já colocarei a narrativa em primeira pessoa, com Harcos descrevendo toda a cena. Ou seja, quando houver algo que ele não vir, colocarei, no final do post, informações complementares. Isso será feito para facilitar a edição do livro, assim como os demais processos que colocarei abaixo.

Peço que não formate o texto com cores. Caso expresse algum pensamento, coloque em itálico (lembrando que pensamentos não são captados por Harcos). Quando falar, coloque travessão. Não há delimitação mínima ou máxima para escrever o turno.

Lembre-se: Harcos expressa nas transcrições das visões do sinkrorbe aquilo que ele vê, ou deduz que as personagens estão pensando ou sentindo. Portanto, quanto mais claro isso ficar na sua ação, melhor. Procure explorar bem os diálogos. Lembre-se, também, de revisar o texto depois de escrever o turno, preferencialmente com a ajuda de um corretor ortográfico e gramatical. Isso é muito importante.

Os posts ocorrerão toda segunda até o término do capítulo.

Caso a estória não esteja fresca na memória, leia especialmente as últimas visões do livro A Lenda de Materyalis - As Crônicas de Aliank - Volume 1.

Vamos ao jogo:




Décima visão: Sarlakros

O Ceifador

Olhando pela janela, eu vislumbrava o breu da noite invernal e os pequenos flocos de neve que afrontavam as trevas. Ainda lembrava da tragédia que estava por vir e me foi revelada na nona visão. Nem mesmo o calor do chá de gengibre, posto em uma caneca em minha mão direita, conseguia acalentar minha alma. Lutava contra os meus instintos, que sopravam incessantemente para que eu interferisse no destino fatídico dos aliankinos. Mas logo a doutrina de Müdrik revisitava minhas memórias, me desvencilhando com relativa facilidade dos conselhos erráticos da minha mente.

Algum tempo depois, ouvi um som diferente do propagado pelos ventos gélidos. Acompanhado de um ruído tênue e prolongado, o sinkrorbe reacendera. Em seu interior, transmitia o fragor constante de uma cruviana muito maior que aquela que eu testemunhara fora do meu abrigo. Ainda não estava pronto para uma nova visão, mas não tive escolha e me assentei diante do cristal esférico novamente. Respirei fundo. Perguntava-me, vez por outra, que tipo de revelações ele me traria agora, e se eu precisaria testemunhar mais mortes lamentáveis.

Reuni os papéis e me apressei para tomar nota das informações. Equivoquei-me ao pensar que os ermos de Majara seriam novamente desvelados. Minha alma imergiu rapidamente em uma sala grande e luxuosa, ocupada por apenas dois indivíduos. Era construída com grandes blocos de pedra nas quatro paredes e iluminada pela alvura vespertina, que traspassava a janela e invadia o aposento. Também era possível ouvir muitas vozes que falavam descompensadamente de algum lugar, que não consegui identificar de imediato.

O sinkrorbe logo enfatizou um dos presentes. Tratava-se de um homem alto, de cabelos castanhos claros e desgrenhados. Vestia uma armadura aliankina de metal azulado escuro, cuja tonalidade era sabidamente usada para identificar os guerreiros de patente mais alta no reino. Era observado por outro homem, este calvo no alto da cabeça, entrajado em uma túnica surrada e de cor semelhante à indumentária do outro, presa por uma faixa amarela na cintura. Seus cotovelos estavam apoiados sobre o enorme tampo de uma mesa usada para tertúlias, que sustentava um castiçal prateado com cinco velas acesas.

Um clima tenso e melancólico pairava sobre o recinto, e logo eu descobriria o motivo.  

— É melhor se sentar — disse o homem calvo. — Não vai aliviar suas emoções andando aleatoriamente como um gato.

— Diz isso pois não sente como se o fio da espada do Lorde encostasse em sua tez — respondeu o outro, olhando-o de soslaio. — Não quero ser responsabilizado pela morte de incompetentes.

— E não é — continuou o escalvado. — Os homens em combate constataram que o corpo do majurk não era ferido pela ponta de flechas ordinárias, ou mesmo pelas melhores espadas aliankinas.

— Não sei até onde isso será levado em consideração, Mensaard — disse o guerreiro inquieto, me revelando o nome do outro. — Sabe muito bem que a especulação pode falar mais alto que os fatos nesta cidade.

— A que especulação se refere?

— Qualquer uma — bradou o armífero. — Ele pode me julgar incapaz de exercer minhas funções, me chamar de covarde por não estar presente no momento da luta, ou fazê-lo expedir uma ordenação de prisão. Tudo é possível!

Finalmente, o homem ansioso decidiu se sentar diante de Mensaard. Puxou incivilmente a cadeira de ferro, acomodando-se no encosto alto do móvel. Colocou as mãos na cabeça, afundando os dedos na grossa cabeleira. Olhava perdido para o tremeluzir das chamas erguidas nos pavios das velas, que eram incapazes de acalentar o suor frígido que lhe caía sobre a face.

— É para isso que estamos aqui — respondeu Mensaard. — Ele haverá de considerar a minha opinião sobre o assunto, caso esteja pensando em alguma das hipóteses que mencionou, ou qualquer outra situação negativamente impactante a ti.

— Aprenda uma coisa — respondeu o guerreiro, irritado. — Ele não escuta opiniões, a não ser aquelas ventiladas em sua própria mente.

Os dois suspiraram, embora com tensões distintas.

— Torço para que Materyon traga a ele reflexões virtuosas.

— Reze, Riatom. Reze — disse Mensaard, cruzando os braços. — Pois a ele, o povo chama por implacável, não indulgente.

Descobri, então, que o agitado guerreiro era Riatom, o comandante nortenho citado por guardas na quinta visão. Era compreensível seu nervosismo, afinal, sua atuação na caçada ao majurk foi pífia. Decerto, desejava que estivesse sob o julgo de Liliel, cujo epíteto de justiceira seria perfeitamente adequado à sua situação.

Antes que o diálogo continuasse, a porta do aposento foi aberta rispidamente, e por algum tempo permaneceu escancarada. A maçaneta era segurada firmemente por Sarlakros, que era escoltado por alguns guerreiros. Riatom e Mensaard logo trataram de se levantar em respeito ao Lorde, que fez um gesto simples com a mão destra, que logo entendi ser um sinal para que seus homens mantivessem guarda do lado de fora. Ao mesmo tempo, deixou a manga de sua roupa cair e revelar uma atadura em seu braço. Uma cicatriz do confronto da noite anterior.

— Mais um belo dia está prestes a acabar, senhores — disse Sarlakros, fechando a porta atrás de si. — Suponho que ainda estejam comemorando a minha vitória contra o majurk!

— A Graça de Materyon sobre o Lorde implacável! — disseram os outros dois em uníssono, enquanto curvavam o dorso levemente para consolidar o cumprimento formal.

Sem qualquer cordialidade, Sarlakros deu a volta pelo lado direito da mesa, se aproximando ameaçadoramente de Riatom. Embora muitos lugares estivessem disponíveis, fazia questão de tirar o do comandante, que logo entendeu e se afastou.

— E, quando eu digo a minha vitória, Riatom, significa que o comandante nortenho da capital não apareceu sequer como apoio para rastrear o inimigo, deixando seus soldados serem massacrados pelo majurk — continuou Sarlakros, antes que o outro líder pudesse se assentar novamente. — Logo, pergunto: onde ele estava?

Riatom engoliu seco, enquanto Sarlakros assumia o seu lugar, passando as mãos no grande mantel azul com babado dourado que cobria a mesa. Seus olhos detalhavam a suntuosidade da vistosa toalha, como um ato de deboche para provocar intensa expectativa em seus observadores.

— Ah, sim! Agora me lembro — voltou a falar Sarlakros, de súbito. — Ele estava aqui, sentado confortavelmente em sua cadeira, degustando dos preciosos vinhos nortenhos e das iguarias locais,  enquanto seus homens e seu Lorde colocavam suas vidas em risco por Aliank!

O rosto de Sarlakros se virou lentamente para Riatom, que, ainda de pé, parecia uma estátua decorativa. O semblante fechado do grakan ilustrava bem qual seria o rumo daquela conversa.

— Agora responda, Riatom — continuou Sarlakros. — O que você faria a um soldado covarde que, no meio de uma guerra, não seguiu os passos de seu superior, lhe abandonando sozinho contra os inimigos? Ou que ignorou a vida dos compatriotas, deixando claro todo o seu egoísmo perante a hoste?

E, quando Riatom fez menção de responder, Sarlakros continuou:

— Vou mais longe: O que você faria com alguém que demonstra estar negando todo o amor ao próximo, mandamento exaustivamente ensinado por Materyon aos seus fiéis?


(Continue a partir daqui, Bruno)

Complemento:

- Os dois homens na cena são Mensaard (nome já citado no post) e Riatom. O primeiro é Intendente nortenho (é como um prefeito da regiaão norte da capital de Aliank), e o segundo é o comandante das forças da mesma região. Harcos não citou isso ainda, mas Riatom está preocupado pois teme receber uma punição de Sarlakros, já que não esteve a frente dos guerreiros do norte durante a batalha contra o majurk assassino, ou mesmo se mostrou eficaz em montar uma emboscada para eliminá-lo, fato que culminou no chamado de Sarlakros e Morhariel para a missão (referências na quinta e sexta visões do livro A Lenda de Materyalis: As Crônicas de Aliank - volume 1);

- Na conversa, Riatom expressa a preocupação de Mensaard ser obrigado por Salakros a ordenar sua prisão nos ergástulos (masmorras), dada a incompetência que demonstrara;

- Sarlakros não ouviu a conversa, no entanto, verá o nervosismo de Riatom ao entrar na sala. Obviamente, ele já sabe o motivo. Interfira como preferir na cena.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Seg Set 11 2017, 17:34, editado 4 vez(es)
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Mensagem por Sarlakros Darkenyns Qua Set 06 2017, 13:13

No dia seguinte a batalha contra o majurk, Sarlakros passara a noite na caserna nortenha da cidade onde buscava descansar e repor suas energias. Bem cedo na manhã seguinte ao combate, os soldados de Aliank já estavam de pé e o Lord ouvia batidas em sua porta. Certamente seria Leonard, seu oficial de confiança e um punhado de soldados como havia ordenado que viessem.

Terminava de organizar seus pertences e dirigia-se até a porta, abrindo-a e fechando-a logo atrás de si. Com um leve aceno com a cabeça, cumprimentava os demais soldados que logo respondiam com um movimento enérgico em sinal de respeito e começavam a andar em direção a câmara do comandante da área norte de Aliank.

Por baixo de sua armadura, na altura de seu braço esquerdo, era visível uma atadura colocada pelos médicos para auxiliar em sua recuperação. Aproximando-se a porta da câmara do comandante nortenho, Sarlakros a abria de forma ríspida, segurando-a totalmente aberta por alguns segundos enquanto olhava os dois homens lá dentro. Com um sinal com uma das mãos, ordenava que os demais soldados mantivessem guarda do lado de fora enquanto conversava com os dois.

-Mais um belo dia se inicia e, suponho, que estejam comemorando a minha vitória contra o majurk!

Nem mesmo um bom dia era ouvido. Andava pela sala, aproximando-se da mesa dos dois homens. Fazia uma breve pausa em sua fala, esperando que o outro se identificasse, afinal, só conhecia Riatom ali. Dava a volta pela mesa, se aproximando da cadeira do comandante nortenho, evidenciando que quer se sentar ali. Caso Riatom estivesse de pé em frente a ela, aguardaria o mesmo se afastar para que Sarlakros pudesse se sentar.

-E quando eu digo minha vitória, Riatom, significa que o comandante nortenho de Aliank não apareceu se quer para me ajudar a rastrear o inimigo. Deixando seus soldados serem massacrados pelo Majurk sem se importar com a vida deles, não levantando um dedo para ajudar. Logo, pergunto eu, onde ele estava?

Fazia um sinal com sua face e uma das mãos de dúvida. Logo, sentava-se no lugar de Riatom, na cadeira de ferro do comandante das tropas do norte de Aliank.

-Ah, sim, agora me lembro, ele estava aqui... sentado confortavelmente em sua cadeira enquanto seus homens e seu Lord colocava sua vida em risco por Aliank!

Já sentado, virava-se em direção a Riatom e lhe fazia uma pergunta direta. Encarava-o como de costume, com seu rosto fechado de poucos amigos e não demonstrando se quer um sinal de felicidade pela vitória do dia anterior.

-Agora responda, Riatom... o que você faria a um soldado covarde que no meio de uma guerra não seguisse seus passos, lhe abandonando sozinho contra os inimigos e não se importando com a vida de seus compatriotas mortos, deixando claro que está negando todo o amor para com seu próximo ensinado por Materyon e deixando claro também sua incompetência perante a tropa?
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Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Set 11 2017, 18:04

Considerações off

Glossário atualizado com referências em asterisco no meu post de hoje: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Continuamos com o turno. Como de praxe, próximo post toda segunda, sendo o próximo no dia 25/9.

Vamos ao jogo:




Décima visão: Sarlakros

O Ceifador

Riatom buscou o apoio de Mensaard com o olhar, mas ele permaneceu calado. Precisou pensar rápido e, para isso, abaixou o cabeça. Se encarasse o Lorde, as palavras o trairiam.

— Se me permite a resposta, milorde, alguém com postura tão hedionda não merece a nossa piedade. Só mesmo do deus benévolo tem a espiritualidade necessária para perdoar uma criatura tão abominável.

Apenas por um instante, houve novo silêncio, suficiente para que Riatom percebesse a brecha para continuar sua justificativa.

— No entanto, o comandante nortenho não praticou tais atos. Organizei os homens em patrulhas para garantir que novas vítimas não fossem feitas pelo majurk, e assumo a responsabilidade pelas inestimáveis perdas que tivemos. Mas a queda dos bravos guerreiros de Berong não foi em vão, pois minha ausência permitiu mais descobertas sobre o mal que ainda nos assola.

Verificando mais uma vez que ainda tinha a palavra, Riatom passou a falar mais apressadamente.

— O majurk não era o único assassino entre nós, milorde. Parti com um destacamento para os limites à noroeste até Ahamür*, ávido por pistas que nos levassem até a criatura bestial. Mas fomos surpreendidos por testemunhos muito distintos, que não nos revelavam a presença de um dos metamorfos das montanhas, mas, sim, de alguém que municia uma foice como um emissário da morte.

— Ele se refere ao nathan, milorde — interrompeu Mensaard.

Houve mais uma pausa. Riatom corroborou a afirmação do companheiro e voltou a falar com Sarlakros.

— Dentre as vítimas supostamente feitas pelo majurk, descobri que algumas delas foram feitas pelo nathan. A lenda citadina é real, milorde. E posso provar.

— Agora, quer que eu dê ouvidos à crendices, Riatom? — indagou Sarlakros, impaciente. — Essa estória existe há anos e todos dão uma versão diferente sobre o que viram. E, agora que seus homens foram mortos sem a sua ajuda, você vai culpar um fantasma?

Nervoso, Riatom balbuciou algo, mas o som de sua voz foi tragado pelo de Sarlakros.

— Ainda que essa informação seja verdadeira, não anula as mortes que poderia ter evitado se estivesse confrontando o majurk aqui na cidade. Uma guarnição de soldados lhe espera à porta e lhe conduzirá até a Masmorra de Ym'Adrago*, onde aguardará sua sentença.

Ym'Adrago, uma das quatro masmorras da capital aliankina, é famigerada pela peculiaridade dos eventos que lá ocorrem. Mas um é proeminente: o fato de que o lugar atordoa a mente dos prisioneiros de uma forma peculiar. Embora os tribunais de inquisição sejam rápidos em seu ofício, os cativos nortenhos normalmente já escutam a liturgia do julgamento desprovidos de qualquer capacidade cognitiva. Não se sabe ao certo o que acontece, mas o que se diz é que espíritos inferiores subservientes ao deus maldito os importunam incessantemente através das trevas subterrâneas, seja com visões aterradoras, timbres perturbadores e constantes de gritos e choque entre objetos, odores cadavéricos e uma infinidade de provocações negativas aos sentidos. Talvez, por levar lendas tão a sério, como evidente ao falar sobre o tal nathan, Riatom começou a tremer, pensando nas inúmeras possibilidades que a prisão poderia lhe trazer. Já Mensaard esperava o momento certo de intervir.

— Mas, antes, diga-me, Riatom — disse Sarlakros, trazendo um fio frágil de esperança de que algo poderia mudar sua ideia. — Como pode provar a existência do nathan? Se me der uma explicação condizente, talvez isso amenize sua pena.


(Continue a partir daqui, Bruno)

Complemento:

O que foi omitido no turno e será explicado por Harcos posteriormente:

- Note que "nathan" está escrito propositalmente com letra minúscula. Isso devido ao significado da palavra em citarín, ceifador, conforme glossário disponível aqui: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] Harcos explicará isso mais adiante;

- Sarlakros sabe, através de Wagsa, que Nathanael, o antigo "ceifador de bartaluns", tornou-se um artaninfolo, agora aliado ao marilismo. Apesar de saber que Nathan atua no território aliankino, eles jamais se encontraram no reino;

- Sarlakros sabe acerca de uma lenda urbana existente no norte da capital sobre uma criatura alada, de aparência cadavérica e munida de uma grande foice, que supostamente julga os hereges que entram em seu território, aniquilando-os. Isto fará com quele rapidamente associe este ser a Nathanael, já devido ao conhecimento adquirido que possui. A lenda varia desde aqueles que acreditam que ele seja uma criatura aliada à vontade de Materyon (apesar da aparência bizarra), até os que creem que é a personificação da morte criada por Marilis. Ou seja, nunca houve uma unanimidade sobre as motivações do monstro, de forma que, para muitos, a lenda soa apenas como uma grande bobagem.

* Ahamür: a muralha do mármore azul que cerca a Cidade de Aliank, sendo a principal defesa litorânea do reino. A referência será acrescentada posteriormente no livro.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Seg Set 18 2017, 16:53, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Sarlakros Darkenyns Sex Set 15 2017, 23:30

O lord Aliankino ouvia com atenção as palavras de Riatom. Já estava decidido em puni-lo, mais ainda por ele ser um teryonista.

-Agora quer que eu acredite em lendas urbanas, Riatom? Essa história existe a anos e ninguém nunca o viu. E agora que seus homens são mortos sem sua ajuda você vai culpar um fantasma?

Sarlakros se interessava pelo assunto, sabia que existia esse artaninfolo mas não demonstraria nada aos aliankinos. Mediante as ultimas palavras de Riatom, o lord indagava.

-Mesmo que isso seja verdade, essa informação não anula as mortes que poderia evitar se estivesse confrontando os Majurks aqui da cidade. Uma guarnição de soldados lhe espera à porta e lhe conduzirão até a masmorra aonde passará um tempo. Mas antes diga-me, Riatom, como podes provar a existência de nathan? Talvez amenize sua pena.

Sarlakros prestava a atenção na resposta a seguir de Riatom. Usaria esse artaninfolo para auxiliar seu plano para destruir a cidade e talvez mantivesse segredo. Aguardava uma explicação de Riatom e logo após a mesma, Sarlakros ordenava que os soldados de guarda na porta entrassem para conduzir Riatom até a prisão na masmorra de Aliank e, com isso, menos um teryonista em ativa na cidade.
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Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Set 18 2017, 18:32

Considerações off

Glossário atualizado com referências em asterisco no meu post de hoje: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Continuamos com o turno. Como de praxe, próximo post toda segunda, sendo o próximo no dia 18/9.

Vamos ao jogo:




Décima visão: Sarlakros

O Ceifador

Riatom não podia desistir da sua liberdade. Respirou fundo. Precisava colocar seu último trunfo em ação.

— Não desejo desrespeitar a sua decisão, milorde — recomeçou Riatom. — Porém, sou o único que pode levá-lo ao ponto exato onde o nathan está.

— Por mais que isso soe como um sofisma barato, eu lhe aconselho, humildemente, a dar ouvidos a Riatom, milorde — interrompeu Mensaard, finalmente agindo em defesa do outro. — Logo que o majurk foi derrubado, tomei a liberdade de ordenar que alguns cadáveres dos guerreiros aniquilados na noite anterior fossem levados à Escola da Panaceia. Em princípio, eu não dei crédito algum às palavras do comandante, até que seu testemunho foi corroborado pelos versados que examinaram os corpos. 

Uma informação adicional aos irmãos veniristas: a Escola da Panaceia é um dos pontos de destaque na região nortenha da capital. Foi criada por uma família de alquimistas muito influente e, desde sua fundação há cerca de cento e sessenta anos, sempre foi muito respeitada pelos aliankinos, incluindo a realeza. Acredita-se que os experimentos são feitos em simbiose com a vontade de Materyon, que lhes desvela aos poucos os segredos da vida e sua essência. Ao meu ver, mais uma crendice aliankina, já que o principal mal do reino, a pretensa praga de Garlak, jamais obteve uma cura, mesmo com o esforço secular dos acadêmicos. O sinkrorbe, no entanto, conseguiu me elucidar perfeitamente a respeito disso na oitava visão. 

— Muitos dos rasgos encontrados nos corpos não eram proporcionais às garras de um majurk, estivesse ou não transformado — continuou Mensaard. — Eram golpes de foice com lâmina comprida. A infantaria aliankina não usa essa arma. Ademais, realizo na região nortenha, em caráter ânuo, uma investigação específica nas propriedades aristocráticas, nos feudos e nas choupanas dos camponeses subsistentes, com o apoio da hoste local. O único registro de uma arma capaz de provocar tais feridas é de um jardineiro chamado Chelham, que, por sua vez, não poderia ser o assassino. Sua gadanha foi arrestada há seis anos, quando assumi a intendência. Na época, ele alegara que a recebeu de um nobre chamado Sanchet Brandge, que confirmou a história e disse tê-la escambado com um habitante de um povoado colonizado por Aliank. Ele disse ter achado interessante presentear seu serviçal, visto que o objeto era bem relacionado ao ofício que realizava. No entanto, Chelham declarou jamais tê-la usado por considerar o instrumento demasiadamente grande para o tipo de trabalho que realiza, pois não trabalha na lavoura e sim em espaços limitados, como os jardins das propriedades fidalgueiras.

— Alguém como Sanchet, ou mesmo Chelham, não seria capaz de fazer frente a infantes armados com espadas e lanças — complementou Riatom. — Além disso, desconfiei, desde o princípio, do número de vítimas feitas pelo majurk. Sua característica ursídea, mesmo em forma humanoide, não o deixaria incólume por muito tempo. Isso só se confirmou com o seu triunfo, Lorde Sarlakros. Mas, antes, outras testemunhas refutaram a ideia de que só ele era o responsável, e voltaram a falar sobre as aparições do ceifador nas noites sombrias. Até que reuni informações suficientes para seguir seus rastros, provavelmente no mesmo momento em que milorde enfrentava o majurk. E, por fim, consegui encontrar uma prova definitiva de sua existência. Ele está além da necrópole de Khody-Nyvech, em um ponto específico numa campina apelidada de Região Disforme.

Mensaard suspirou, e eu entendi o motivo. Riatom não estava poupando muito as informações que poderiam lhe garantir, ao menos, mais algum tempo em liberdade. 

— Confesso, milorde, que outras vidas de nossa hoste foram sacrificadas no processo — complementou Riatom. — O destacamento designado por mim fora eliminado pelo nathan. Mas, se me der a chance de levá-lo até ele, tenho certeza que confirmará o que estou dizendo. Estou disposto a me arriscar completamente nisso. Permita que eu me redima das vidas levadas pelas garras do majurk e pela foice do ceifador, e, quem sabe assim, eu mereça a piedade da lâmina cálida do Lorde aliankino.

Olhares abarrotados de expectativa fitavam Sarlakros, que permaneceu impassível durante toda a explanação. Riatom dedilhava na mesa nervosamente. Um silêncio perturbador se instalou por um tempo aparentemente interminável, até o momento da manifestação surpreendente do Lorde.

— Hum, interessante — disse Sarlakros. — Quer dizer então, que esse tal ceifador estava atacando a cidade junto com o majurk?

Pensativo, Sarlakros demorou um pouco mais para continuar.

— Pois bem, Riatom, essa história me deixou bastante intrigado. Esse nathan precisa ser aniquilado! — concluiu o Lorde, olhando alternadamente para o comandante e o intendente. — Reúnam todos os que estiveram envolvidos de alguma forma nessa busca, desde os versados da Escola da Panaceia até guerreiros que não fizeram parte do destacamento mas estavam cientes da operação na Região Disforme. 

Sarlakros fixou seu olhar em Riatom.

— Após eliminarmos o ceifador, comunicarei pessoalmente ao rei sobre a sua iniciativa e o anistiarei perante a inquisição. Se obtivermos êxito, quem sabe, poderemos aumentar sua patente.

A atitude me soava estranha. Há pouco, Sarlakros parecia inexorável em sua decisão de prender Riatom. Não me parecia que sua real intenção era a de promover o comandante. Pelo que presenciei do guerreiro até então, certamente exaltaria o próprio feito diante do rei, caso encontrasse e vencesse o ceifador. Duvido, por exemplo, que ele lembre do suporte fundamental dado por Morhariel no combate ao majurk, quando Edfeu for informado do resultado da missão.


(Continue a partir daqui, Bruno)


Última edição por A Lenda de Materyalis em Seg Out 09 2017, 14:20, editado 5 vez(es)
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Mensagem por Sarlakros Darkenyns Qui Set 21 2017, 19:04

O lord grakan permanecia em silêncio absoluto, ouvindo toda a explicação de Riatom. Concentrava-se em olhar a mesa a sua frente, refletindo nas palavras do comandante nortenho. Sabia que existia um artaninfolo a serviço de marilis na área e aquela criatura poderia lhe auxiliar bastante em seus planos.

-Hm, interessante..Quer dizer que esse "ceifador" está atacando a cidade junto com os Majurks?!

Sarlakros parecia pensativo, ouvindo a explicação de Riatom. Conduziria a conversa seu favor. Já era hora de eliminar alguns teryonistas importantes para a cidade e colocaria em prática seu novo plano.

-Pois bem, Riatom, essa história me deixou bastante intrigado. Esse nathan precisa ser eliminado!

Voltava com o olhar em Riatom e, por hora, alternava-o para Mensaard.

-Quem mais sabe dessa informação?

Fazia uma breve pausa para ouvir a resposta. Não podia deixar evidências. Nathan precisava ser uma carta na manga.

-Reuna todos os homens que sabem dessa informação e que foram contigo nessa busca, inclusive você, Mensaard. Vamos partir em uma missão secreta, deliberada por mim. Não quero boatos pela cidade. Após eliminar-mos o ceifador, comunicarei pessoalmente ao rei sua vitória e retirarei a sua punição e, quem sabe, um aumento de cargo.

Apelaria para a ambição humana. Sarlakros não era de promover nem de elogiar ninguém mas sabia que isso, com certeza, atiçaria Riatom em fazer tudo como foi mandado e cair na armadilha.
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Décima Visão: O Ceifador Empty Re: Décima Visão: O Ceifador

Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Set 25 2017, 15:07

Considerações off

Bruno, não esqueça de reler o meu post anterior, para ver o que foi aproveitado do seu turno na conversão para o formato literário.

Continuamos com o turno. Como de praxe, próximo post toda segunda, sendo o próximo no dia 2/10.

Vamos ao jogo:




Décima visão: Sarlakros

O Ceifador

— Eu agradeço imensamente pelo ato tão egrégio, milorde — disse Riatom, cujo alívio era quase palpável através do sinkrorbe. — Não se arrependerá da oportunidade que está me dando. E, se me permite, desejo lhe retribuir com mais um conselho que considero precioso.

Mensaard arqueou uma sobrancelha. Diferentemente de tudo até então, não parecia ciente do que seria dito em seguida.

— É hora de reconhecer o teu poder. A aristocracia é assombrada durante anos pela imagem do ceifador. Pela primeira vez depois de muito tempo, tivemos a oportunidade de ter a figura de um Lorde aliankino entre nós. O povo nortenho quer alguém para ter esperança. O senhor os livrou heroicamente de uma criatura bestial que arruinou a vida de muitas famílias. Agora, tua espada flamejante desafiará a personificação da morte. Deixe que o povo saiba e brade o teu nome para o rei.

— Isso mesmo — endossou Mensaard. — Ouça a voz deles lá embaixo. A juventude aristocrática, muitas vezes tão fútil em seus atos em louvor a Materyon, anseia por vê-lo. Querem agradecê-lo pessoalmente por tê-los livrado do majurk.

Embora o barulho estivesse o tempo todo emitindo um eco distante naquela sala, eu esquecera de dar a devida importância a ele. Só a partir dali entendi o motivo. Os nortenhos tratavam Sarlakros como um paladino teryonista. Ser vangloriado era algo que, claramente, correspondia aos seus princípios.

— Ganhe os alinakinos, milorde — completou Riatom. — E não haverá poder em Aliank que se compare ao teu.  

Ainda que desintencionalmente, eu sentia que a frase do comandante ascendera contra Berong uma chama muito mais perigosa que qualquer uma enfrentada em seu duelo centenário contra Garlak. O brilho do herói aliankino estava ofuscado pelo fanatismo religioso, enquanto seu guerreiro mais intrépido surgia como um mito presente e ativo contra as mazelas da geração atual.

— Sim — disse Sarlakros, enfim, se virando em seguida para Riatom. — O povo precisa de mim e essa ameaça será eliminada.

O Lorde infante se levantou.

— Reúna os guerreiros. Logo descobriremos se esta será a última oportunidade do comandante nortenho mostrar o seu valor, ou a primeira de uma ascensão a ser lembrada por todas as gerações vindouras.

Por fim, alternou o olhar rapidamente para os dois.

— Partiremos ao amanhecer e nos encontraremos no portão da caserna. Depois, desafiaremos o ceifador! Veremos se ele será capaz de tirar as chamas da minha espada — concluiu Sarlakros. — Estão dispensados!

Senti que mesmo toda aquela determinação não era suficiente para encorajar os líderes. Ouvi uma asseverativa tímida de ambos, que se dirigiram comedidamente até a porta.

— Riatom! — chamou Sarlakros, causando no comandante um semblante espavorido por um instante, antes que pudesse deixar a sala. — Diga ao líder da minha escolta para vir até aqui, imediatamente.

Riatom confirmou e se tranquilizou. Felizmente para ele, o Lorde não mudara de ideia sobre si.


(Continue a partir daqui, Bruno)


Última edição por A Lenda de Materyalis em Seg Out 09 2017, 14:49, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Sarlakros Darkenyns Sáb Set 30 2017, 17:09

Saymon, como ja acertado pelo zap.. a missão não mais ficará em segredo, gostaria que retirasse as frases que sugerem o segredo da missão. Retire por favor as frases: 'Partiremos em uma missão secreta, liderada por mim. Não quero boatos pela cidade.' E se possivel de uma verificada na próxima edição pra ver se ficou em concordância as frases, pois no seu ultimo post os dois tentam convencer sarlakros a não ocultar a missão mais e tals... obrigado, vamos ao jogo Wink

Sarlakros dedilhava a mesa, pensativo. Ouvia as recomendações dos oficiais e as recomendações de Riatom. Por um momento não ouvia mais nada, concentrado em seus pensamentos nada benignos. Não poderia deixar suas vontades estragarem seu disfarce teryonista. Sua vontade era de prender e eliminar o máximo possível de teryonistas, por qualquer que seja o motivo, mas faria isso tudo sem ser descoberto antes de se revelar verdadeiramente em Aliank mas com a provável presença de Nathan, tudo podia esperar mais um pouco. Seria mais um poderoso denin a serviço de Marilis em Aliank e precisava conversar o quanto antes com o ceifador.
Enfim saia de seus pensamentos com uma ideia em mente. Era hora de dar passos largos e decidir o futuro da cidade. Ouvia as últimas palavras de Riatom, sobre ganhar o povo e conquistar mais a confiança deles, e isso é o que Sarlakros fazia e iria utilizar dessa confiança agora.

-Sim, Riatom, o povo precisa de mim.

Virava-se para o comandante nortenho.

-Essa ameaça será eliminada. Reúna os soldados, partiremos ao amanhecer. Guie-me até nosso inimigo e ele sentirá o calor de minha espada!

E então, o lord se levantava dando a entender que não tinha mais nada a discutir ali. Após dispensar os dois oficiais ali presentes, Sarlakros se dirigia até a porta aonde seria recebido pelos guardas que estavam de guarda como ordenara no início. Vendo ali Leonard, Sarlakros tinha uma ideia em mente e o chamava para conversar em particular.


Última edição por Sarlakros Darkenyns em Qui Out 05 2017, 17:28, editado 1 vez(es)
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Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Out 09 2017, 16:21

Considerações off

Bruno, atenção às instruções abaixo:

- Editei o meu último turno, retirando as tentativas de convencimento por parte de Mensaard e Riatom sobre a missão secreta, corroborando à mudança que acordamos.

Observações e dicas importantes para os próximos turnos:

- Noto que, ao escrever o turno, você se refere continuamente ao fato de Sarlakros querer destruir os teryonistas da capital, algo que faz parte do background e que não ficará exposto aos leitores até o momento certo, e também não é do conhecimento de Harcos. É possível mitigar o texto, por exemplo, renunciando a estas descrições, uma vez que não serão reveladas nas visões, a menos que os atos ou falas do próprio personagem deixem isso evidente. Procure dar ênfase ao que pode ser de fato aproveitado na revisão (note que nenhuma referência ao marilismo, ao fato de que Nathan é um aliado em potencial de Sarlakros etc. foi aproveitando nas edições);
- Tratar os turnos como únicos, aproveitando cada momento ou brecha, é muito importante para construir uma ênfase na interpretação do personagem. Nos seus posts, vejo frases potencialmente fortes, mas que podem se adequar a um vocabulário mais atrativo e encorpado, muitas vezes em poucas palavras (como em alguns que utilizei nas redes sociais). Procure dar mais atenção a elas para que as sentenças caibam inteiramente numa construção de autoria própria, sem clichês ou necessidade de edição;
- Neste turno, deixo mais evidente a importância de ter pedido para que editasse sua ação anterior. Você verá que foi integrado o momento onde Leonard, ainda não apresentado para Harcos, entrou na sala, mostrando ao leitor a proximidade que ele possui com Sarlakros. São detalhes pequenos, mas que transformam o texto numa leitura mais agradável. Veja, também, que a última frase antes da liberação de Mensaard e Riatom (estão dispensados!) foi interpretada com a voz do personagem, uma opção mais vantajosa, neste caso, que apenas "dar a entender que estavam dispensados", como foi descrito, mostrando a posição altiva do Lorde e não uma intenção duvidosa. Em seguida, fiz uma pausa causando uma expectativa breve, onde Sarlakros, ao chamar novamente pelo comandante, cria uma tensão de poucos instantes, fazendo com que ele cogite a possibilidade de haver uma nova decisão sobre uma possível punição que poderia receber;
- Não esqueça de usar os travessões nas falas ("—", código no teclado desktop alt+0151) ;
- Sempre revise o turno. Procure não usar palavras repetidas especialmente num mesmo parágrafo, e se atentar a ortografia, a gramática, a coesão e a coerência do texto. Tudo isso é muito importante para que a edição seja mais fluida e agradável.

Como de praxe, próximo post toda segunda, sendo o próximo no dia 16/10.

Vamos ao jogo:




Décima visão: Sarlakros

O Ceifador

Enquanto o militar não vinha, Sarlakros observava da janela o movimento externo que o sinkrorbe não me exibia. Porém, era possível identificar que a celeuma era intensificada pouco a pouco através do barulho crescente de vozes que se uniam à mesma causa. Mais pessoas queriam estar diante do denin, se apegando ao seu poder para que ele extirpasse outra ameaça da capital. O grakan permanecera impassível, esperando por um guerreiro que só chegaria algum tempo depois. Era alto e robusto. O rosto, que estava livre do elmo segurado entre a cintura e o braço direito, mostrava traços fortes desde os lábios até as sobrancelhas, parcialmente revestidas pelos fios de cabelos loiros e longos que caíam cobrindo a testa. Trajava uma armadura igual a usada por Riatom, revelando a equivalência de sua patente armífera.  

— Peço perdão, Lorde Sarlakros — disse o homem, fechando a porta atrás de si. — Estava me certificando sobre o quão segura é esta caserna contra invasores que possam lhe trazer algum contratempo. Ao menos nisto, Riatom parece ter feito um bom trabalho.

O líder da escolta transmitia um semblante muito mais seguro que os expostos por Mensaard e Riatom para dialogar com Sarlakros. Caminhava até ele, olhando através da janela ao lado da que estava ocupada pelo seu superior.

— Mesmo a aristocracia pode agir indecorosamente — continuou o guerreiro. — Tratam-no como uma figura mítica, milorde. Ainda que acometidos pela neve e o frio, não deixarão esses portões até que possam vê-lo, ouvi-lo ou até mesmo tocá-lo. Estão prestes a alçá-lo como um novo símbolo entre os grandes nomes de Aliank.

Um sorriso de canto surgiu nos lábios do homem que, então, fitou Sarlakros.

— Edfeu, sempre tão estrategista, certamente não previu o tamanho da recompensa que lhe deu. Ela é muito maior que o sobrenome da Casa dos Darkenyns, ou mesmo o título de Lorde.

— Minha missão aqui não é ser reconhecido por essas pessoas, Leonard — respondeu Sarlakros, sorrindo sarcasticamente. — Mas, de fato, a recompensa de Edfeu além das próprias expectativas.

Sabe-se por todo o reino que Sarlakros, além de privilegiado pelo poder denin, também chegou ao posto atual pelo nome ostentado pelos Darkenyns, uma família tradicional de guerreiros desde a criação de Aliank. No entanto, eu tinha de concordar com aquele novo indivíduo. Ficara evidente na segunda visão que o plano passado por Edfeu era exaltar Berong e seu clã élfico. Perguntava-me, intimamente, o quão estrepitosa seria para a realeza receber a noticia de que o nome do rei não fora pronunciado durante os brados eufóricos dos nortenhos ante à queda do majurk.

— A confiança desses humanos é instável, soldado — continuou Sarlakros. — É preferível estimular seus piores sentimentos e ser respeitado pela pusilanimidade em suas almas do que ser meramente reconhecido por seus lábios. O medo, sim, é um sentimento verdadeiro e indefectível.

Sarlakros andava em direção à mesma cadeira que sentara outrora. Apontou para outra ao seu lado com a mão canhota.

— Venha. Preciso que faça algo para mim.

Quando ambos tomaram assento, o Lorde prosseguiu:

— Quero que informe a Edfeu e espalhe ao povo a notícia de minha vitória contra o majurk. Diga também que o místico ceifador foi encontrado auxiliando-o na matança. Manipule-os, fale que temos provas. Faça com que todos na cidade saibam que os ursídeos de Majara estão aliados com esse marilista. Assim, usarei a voz dos aliankinos a meu favor.


Leonard estalava os dedos das mãos enquanto ouvia. Desviou o olhar para o tampo da mesa, pensativo.

— Sim, o lendário nathan foi avistado por Riatom e iremos ao seu encontro ao raiar do novo dia — disse Sarlakros. — Preciso que manobre a realeza e o povo para que anseiem por um ataque da hoste aliankina ao Condado Majurk. Enquanto isso, me encontrarei com o ceifador e descobrirei suas intenções.


(Continue a partir daqui, Bruno)


Última edição por A Lenda de Materyalis em Seg Out 23 2017, 17:28, editado 5 vez(es)
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Décima Visão: O Ceifador Empty Re: Décima Visão: O Ceifador

Mensagem por Sarlakros Darkenyns Qui Out 19 2017, 22:43

Fala ae, Say. Estou de férias e quase não paro no PC. Mas conseguirei postar até a segunda. Qqer coisa aviso no zap. Então, eu geralmente posto as intenções de Sarlakros que não são vistas pela sinkorbe para que vc possa ler e interpretar seus sentimentos e transpassar isso para a visão de alguma forma. E também para que conheça minhas intenções futuras para a gente trabalhar juntos a história. Aproveite o que puder, pois eu também escrevo para atiçar minha criatividade e dar uma ênfase melhor na minha ação. Sei que nem tudo será aproveitado, mas gosto de enriquecer a ação que ficara gravada aqui com esses 'sentimentos' obscuros. Vamos ao game.

============================================

Da janela, o lord observava os cidadãos de Aliank o aguardando do lado de fora da caserna nortenha. Enojava-se em seu interior observando aquelas pessoas. Deveriam ser escravos ou no máximo alimento para os bartaluns. Vivia tempo demais próximo a eles e aprendia que a confiança humana era algo muito volúvel. O nome do rei se quer foi citado pelo povo ou pelos soldados e este mesmo rei havia derrotado o poderoso Garlak alguns anos a trás. Trágico. Ansiava pela hora de abrir os olhos do povo para sua verdadeira identidade e devorar suas almas sem piedade.

Enfim, Leonard entrava no recinto porém o olhar de Sarlakros ainda permanecia para lado de fora. Ouvia as palavras de seu oficial e esboçava um sorriso sarcástico em sua face.

— Minha missão aqui não é ser reconhecido por essas pessoas, Leonard. Mas, de fato, a recompensa de Edfeu foi maior do que ele esperava.

Virava a cabeça em direção a Leonard e fechava a cortina da janela para que pudessem conversar.

— A confiança desses humanos é algo instável, soldado. É preferível estimular seus piores sentimentos e ser respeitado pelo medo de suas almas do que elogiado por seus lábios. O medo, sim, é um sentimento verdadeiro e indefectível.

Andava até o centro da sala e puxava uma cadeira para se sentar. Apontava outra ao seu lado com uma das mãos.

— Venha. Preciso que faça algo para mim. Quero que informe a Edfeu e a todo o povo minha vitória contra o Majurk e diga também que o místico Ceifador foi encontrado auxiliando os Majurks na matança. Manipule-os, diga que temos provas, faça com que todos da cidade saibam que os Majurks estão aliados com esse marilista e assim usarei a voz do povo a favor de minhas vontades.

Fazia uma pequena pausa para que Leonard pudesse prestar bastante atenção em suas palavras.

— Sim, o lendário ceifador foi avistado por Riatom e iremos ao seu encontro amanhã de manhã. Preciso que manipule a realeza e o povo para que anseiem por um ataque de Aliank aos Majurks enquanto eu converso com nathan e descubro suas intenções.
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Décima Visão: O Ceifador Empty Re: Décima Visão: O Ceifador

Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Out 23 2017, 18:30

Considerações off

Certo, Bruno, compreendo sua intenção. Apenas seja o mais objetivo possível, tentando não repetir uma ideia, seja por uma citação feita por mim, ou falada pelo personagem.

Ex.:

Harcos citou na narração em dois turnos:

Ainda que desintencionalmente, eu sentia que a frase do comandante ascendera contra Berong uma chama muito mais perigosa que qualquer uma enfrentada em seu duelo centenário contra Garlak. O brilho do herói aliankino estava ofuscado pelo fanatismo religioso, enquanto seu guerreiro mais intrépido surgia como um mito presente e ativo contra as mazelas da geração atual.

Perguntava-me, intimamente, o quão estrepitosa seria para a realeza receber a noticia de que o nome do rei não fora pronunciado durante os brados eufóricos dos nortenhos ante à queda do majurk.

Na sua resposta, houve o seguinte:

O nome do rei se quer foi citado pelo povo ou pelos soldados e este mesmo rei havia derrotado o poderoso Garlak alguns anos a trás.

Perceba que nos exemplos acima, você expressou uma mesma ideia já narrada, que poderia ter sido utilizada para a inspiração necessária que comentou, visto que ela não seria usada na edição do turno. Salientar a personalidade nas expressões ou nas palavras vale mais que comentar intimamente, julgando a proposta de um narrador observador e participativo como Harcos, pois posso levar essas impressões ao leitor e, ao mesmo tempo, deixá-los em dúvida sobre quem é Sarlakros. Isso ajudará na edição do livro e fará com que eu aproveite mais trechos criados inteiramente por você. Procure reler o que já jogamos e a própria ação ao escrever. Não é um exercício cômodo, mas é muito válido para o que precisamos.

Já é possível verificar uma melhora notável neste último turno, principalmente sobre o ponto que citei no grupo. Vamos que vamos!

Como de praxe, próximo post toda segunda, sendo o próximo no dia 30/10.

Vamos ao jogo:




Décima visão: Sarlakros

O Ceifador

— Um blefe sobre as reais intenções dos majurks — disse Leonard, olhando para o alto, reflexivo. — Parece-me interessante, porém digno da mais extrema cautela.

O guerreiro cruzou os dedos e fitou Sarlakros.

— Edfeu não é um tolo. Pode não ter calculado corretamente as consequências de sua missão aqui, milorde, mas ainda é um dos poucos em Aliank que conseguem exercer influência sobre Berong. É evidente que farei o que deseja, mas, uma decisão tão importante certamente não será outorgada em acordo com alguém em minha posição.

Inclinando o corpo na mesa, o tom de Leonard saía mais baixo a partir daquele momento.

— O príncipe certamente exigirá as provas, seja para se convencer de que os majurks são ameaças reais, como para que Berong os veja como inimigos mortais e ordene um ataque contra o Condado. Há muito existe um clima de desconfiança entre a realeza e o povo das montanhas, mas cada um entende os riscos que um conflito como esse traria. O rei não se atreveu a torná-los mais subservientes do que dizer que a lei de inquisição é válida para todo o território aliankino. Ainda assim, nunca executou penas mais duras contra eles, por saber que a força desses metamorfos é um problema mais gigantesco que a forma ursídea e bestial que podem assumir. Ademais, mesmo nossas hostes não têm todo o preparo que eles possuem na Cordilheira de Majara. São conhecedores das montanhas, dos melhores esconderijos entre cavernas e ravinas, construíram baluartes, forjam armas poderosíssimas. São inimigos dignos de fazer frente a nós, embora tenham se reservado durante dois séculos.

Pensativo, Sarlakros comentou aquelas palavras:

— Não há dúvidas sobre o poder dos majurks. Todavia, nossas hostes têm uma grande vantagem numérica. Pensarei em uma estratégia para encurralá-los após uma autorização real. Até lá, temos muito a fazer.


O comandante meneou a cabeça positivamente, pensando em colocações que certamente provocariam inspirações em Sarlakros.

— Soprar aos ouvidos dos aliankinos sobre a ameaça que os majurks podem oferecer não é difícil. De minha parte, ela começará desde as nossas casernas e se espalhará entre as famílias dos guerreiros, que levarão o boato a plebeus e aristocratas. Mas, se me permite dizer algo, tens uma ótima oportunidade neste momento para semear dos seus próprios lábios a contenda que deseja. Afinal, há muita gente lá embaixo, ansiosa para ouvir suas palavras, e não as de Berong, Edfeu ou qualquer outro membro da família real.

— Muito bem — respondeu Sarlakros. — Rumores em Aliank se espalham mais rápido do que fogo em um palheiro. Manipularei o pensamento do povo e assim sairemos vitoriosos.

Sarlakros exalava satisfação com as palavras de Leonard. Ele havia lhe dado informações importantes sobre os inimigos e como poderia tirar proveito disso para aumentar sua reputação na cidade. Teria algum tempo para arquitetar os próximos passos, e eu estava certo de que ele mergulharia às profundezas de seus planos mais sórdidos para confrontar os majurks.

Levantando-se, o Lorde dispensou o guerreiro verbalmente, tornando a ficar sozinho. Infelizmente, o sinkrorbe não me revelava os seus pensamentos, e eu teria que esperar inquieto pelas próximas ações desta figura que cada vez mais me causa asco.


(Continue a partir daqui, Bruno)


Última edição por A Lenda de Materyalis em Seg Nov 06 2017, 17:44, editado 2 vez(es)
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Décima Visão: O Ceifador Empty Re: Décima Visão: O Ceifador

Mensagem por Sarlakros Darkenyns Seg Out 30 2017, 14:33

Sarlakros parecia pensativo.

-Hm, sim, de fato os Majurks são poderosos mas nós temos um exército. Temos uma vantagem numérica muito boa. Pensarei em uma estratégia para vencê-los após uma autorização real mas antes disso temos muito a fazer.

Andava lentamente até a porta. Sarlakros passava a mão por sobre a mesa enquanto andava e ouvia com atenção as palavras de Leonard.

-Muito bem. Boatos pelas casernas se espalham mais rápido do que fogo em um palheiro. Irei manipular o pensamento do povo e assim sairemos vitoriosos.

Sarlakros parecia contente com as palavras de Leonard. Ele o havia dado informações importantes sobre o inimigo e sobre sua reputação na cidade. Já na porta, Sarlakros a abria e estaria pronto para sair e falar com o povo. Com um leve aceno com a cabeça, cumprimentava seu comandante.

-Dispensado, Leonard.

Descia as escadas da caserna indo de encontro com a população a sua espera. Era a hora para plantar sua semente no coração do povo de Aliank.
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