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História de Arandas: Parte I

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História de Arandas: Parte I Empty História de Arandas: Parte I

Mensagem por Bruce Azkan Ter Jan 24 2017, 23:04

Arandas: Dos registros primordiais até a atualidade


Parte I


O surgimento das primeiras tribos


Os ancestrais de Arandas poderiam ser divididos em sete tribos. Cinco delas tinham a origem de seus lares e culturas em lugares distantes, como Aliank e Bilim. Uma vivia nas terras a leste do continente de Arandas e outra de origem desconhecida, ficando a cargo dos boatos a classificar como vinda de lugares sombrios. Os sete povos, largamente diferentes em cultura, sustentavam ideologias e modos de vida que não tinham muito em comum. Cada uma carregava um  pensamento em particular acima dos outros. Teryonistas, marilistas, emylistas, rimertistas, mombranistas, clifistas e até namuzistas compunham a vasta gama de culturas diferentes naquele período de exploração e descobrimento das antigas terras. Eles compunham povos guerreiros e vigorosos, mágicos e ambiciosos que eclodiram em guerra para clamar Arandas. A tribo que cultivava amores por Nara-lan era chamada Neju, um povo namuzista que reverenciava a natureza.


Eles eventualmente chamaram estas terras de Santuário Abundante. Os teryonistas, como o nome diz, reverenciavam  a existência de Materyon, e cultivavam grandes guerreiros e armas afiadas, mesmo nos tempos mais remotos. Chamavam suas terras de Maran Tar. Alguns deles foram um dia adivinhos e ilusionistas que buscavam a verdade na magia. A tribo que mantinha os preceitos de Marilis, os Satorns, desapareceram de Arandas, ou vivem muito bem escondidos pelo que dizem os boatos. Eles eram guerreiros impiedosos que seguiam desbravando o continente com destruição e atitudes tempestuosas. Nenhuma tribo se dedicava ao maligno Auzlyn. Apesar dessas tribos, que a princípio se agruparam na porção sul de Arandas , terem sua cota de conflitos umas com a outras, seu verdadeiro inimigo era o temível dragão do norte, Auzlyn. Os mais velhos mitos descrevem como a Sombra de Auzlyn liderou os imperadores antigos por caminhos de corrupção e destruição. Mas há controvérsias sobre isso. Então, quando esses impérios voltaram suas atenções para as tribos do dragão nas terras do norte, que envolviam em grande parte rimertistas, os líderes das tribos que se opunham àquele poder devastador souberam que era hora de fugir, para os reinos dominados pelo povo élfico e pelos monstros – para a região central de Arandas.


A fuga da Sombra de Auzlyn


Onde as montanhas do vale que antecede a fenda agora estão, um caminho de terra estéril uma vez ligou o norte ao resto de Arandas. Esse caminho marcou o caminho do êxodo de algumas das tribos. A jornada foi árdua, e algumas das ideologias desapareceram nessa transição – muitas pessoas caíram por doenças, ataques selvagens, perigos naturais e muitas das vezes por estupidez. Apesar dos perigos da jornada, os peregrinos sobreviventes finalmente alcançaram  a região mais cheia de vida do continente e encontraram uma terra madura para a conquista. E também encontraram os minotauros. Os minotauros eram um povo forte e de cultura arraigada em honra. Acreditava-se que eles compartilhavam da mesma origem das outras tribos, mas foram amaldiçoados. Não tardou e a ideologia mombranista se alastrou por todas as criaturas daquela raça, quase que como uma praga, mas naturalmente funcional para com a cultura daqueles que ali viviam. Independentemente, as tribos de recém chegados começaram a dominar Arandas com um fervor nunca visto antes no continente, mas respeitando as terras daqueles que ostentavam cornos intimidadores, que não precisavam exigir muito respeito onde estivessem.


Enquanto isso os anões se estabeleceram nas montanhas, naturalmente prósperas para seus propósitos, mas desde o início tendo que lidar com a presença dos orcs ali, mantendo-se ocupados a controlar a expansão daquela praga pelos seus territórios. Eles tinham pouco tempo ou inclinação para investigar ou negociar com os humanos. Os invasores humanos de Arandas, igualmente ocupados, tinham coisas mais importantes para fazer do que desbravar as passagens montanhosas que os anões chamavam de lar. As duas raças eventualmente desenvolveram um acordo não verbalizado em que os humanos eram bem vindos às montanhas se não causassem problemas e contribuíssem de alguma forma com sua sociedade. Caso contrário, eles seriam expulsos pelos anões.


O Início dos conflitos e a extinção namuzista


Os elfos, por outro lado, se viram de repente competindo com os humanos pela mais bela terra de Arandas. A princípio, os elfos pensaram que todos podiam coexistir aproveitando mutuamente a floresta, com os humanos respeitando as terras élficas e os elfos cuidadosamente evitando os humanos. Esse acordo funcionou por um tempo. Não demorou, porém, e os humanos chamaram a atenção dos humanóides mais selvagens que continuamente atacavam as florestas. Apesar da ferocidade daqueles humanóides, os elfos ancestrais se provaram engenhosos para se desenvolverem rápido, e eventualmente os humanóides foram repelidos. Não foi muito depois que os humanos começaram a voltar sua atenção para as terras élficas como lugares propícios à expansão.


Os elfos resistiram bravamente à conquista, pois eles haviam lutado muito contra os humanóides para manterem suas terras. Quando os humanos começaram  a forçar os elfos para fora de seus lares ancestrais, os líderes élficos criaram a Caçada dos Elfos. Cavaleiros élficos eram autorizados a vagar pelas terras de seu povo massacrando quaisquer humanos encontrados invadindo suas fronteiras. Simples camponeses e lenhadores juntando madeira foram mortos tão brutalmente quanto os melhores guerreiros humanos. Uma guerra total explodiu entre as duas raças. Mesmo assim, os elfos foram repelidos ano após ano por causa de um elemento que eles nunca haviam encontrado – a ambição e desespero de ser motal. Os elfos podiam facilmente invocar forças inerentes às florestas e águas, aos campos e ao ar, mas nunca sofriam com o passar destruidor do tempo – e então, não podiam nem começar a compreender essa “nova fonte de poder”.


Os conquistadores humanos foram a força decisiva contra a perícia dos elfos em magia e combate. Os elfos eventualmente concederam as planícies, as colinas e costas para os humanos arrivistas e se retiraram para o santuário das florestas, concentrando seus esforços em destruir qualquer humano tolo o bastante para se aventurar por lá, o que foi fazendo com que a ideologia dos namuzistas aos poucos fosse desaparecendo das terras de Arandas. Namuzistas humanos que ousavam penetrar as florestas eram aqueles desejando conhecimento élfico ou procurando vingança por suas atrocidades, querendo erguer controle sobre o solo que consideravam sagrado e também corpo de Nara-lan. Esses violadores nunca retornavam das florestas.




A chegada da Sombra de Auzlyn


Por um tempo, os ancestrais estavam virtualmente livres para escolher seus destinos nessa nova terra. Apesar da ameaça sempre presente de retaliação élfica, e da permanência das incursões de monstros, os humanos se encontraram sem oponentes para seus esforços. Reinos nasceram e caíram à medida que as tribos se estabeleciam e domavam a terra. Essa época foi vital e perigosa, e Arandas continuava grandemente intocada. Então a Sombra veio para a região central de Arandas. Seguindo o rastro dos humanos em fuga, esse quase deus conhecido como Auzlyn chegou à nova terra. Quando ele descobriu que os humanos prosperavam em Arandas, percebeu que seria necessário mais que uma simples batalha para destruí-los – ele teria que usar de subversão e dominação. É claro, essas coisas vinham naturalmente para a Sombra. Primeiro o dragão levou seus ensinamentos aos goblins e gnolls na terra chamada Trasgard (ao norte de Arandas). Pela sua natureza, aqueles humanoides sempre acreditaram em uma criatura com os poderes da Sombra. Agora era apenas uma questão de vincular o nome daquele que julgavam uma divindade dracônica à crença já existente. Auzlyn então concedeu poderes aos humanóides para provar sua influência. Naturalmente, aquelas criaturas de maior maldade aceitaram a dádiva, e cresceram em poder rapidamente entre as tribos mais monstruosas.


Depois, o dragão visitou os povos da região que mais tarde seria conhecida como Kahr (os humanos da mesma região). Sem perceber que Auzlyn era a sombra de quem eles haviam fugido centenas de anos atrás, muitos humanos tomaram as palavras de força e poder aparentemente malignos e as incorporaram em si mesmos. Na terra de escuridão em que eles viviam, os humanos abandonaram seu apreço pelas sutilezas da mágica, adivinhação e ilusão. As criaturas ao redor deles entendiam os caminhos da espada muito melhor, o que fez eles se adaptarem. E então sem saber os eles caíram perante Auzlyn. Assim que aqueles seres foram totalmente corrompidos pelos mesmos ensinamentos de quem eles haviam fugido para o centro de Arandas para evitar, Auzlyn viajou até os elfos, minotauros e anões, sussurrando para eles vingança contra seus inimigos, destruição de todas as coisas impuras e a restauração de Arandas como ela sempre foi.


Ele procurou os estas raças em sonhos e presságios, sinais e portentos, e falou para eles sobre a excelência do passado quando nenhum humano corrompia a superfície do continente. Os anões não encontraram nada nas palavras de Auzlyn para provocá-los, então se mantiveram longe de suas tentações. Os elfos e minotauros, por outro lado, haviam queimado de desejo por vingança desde seu exílio para as profundezas das florestas. Eles beberam dos ensinamentos de Auzlyn e concentraram suas energias em preparações de guerra. Todo esse tempo, os imperadores do continente estiveram ocupados. Seus exércitos, depois de facilmente conquistarem as terras que as outras tribos deixaram, começaram a árdua marcha para o centro de Arandas. Os reis das nações humanas perceberam o perigo que os cercavam, e começaram a preparar suas forças para combater os invasores. Rumores apontavam que os marilistas ainda sondavam aquelas terras, e que na verdade nunca tinham desaparecido.
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