A Lenda de Materyalis
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História de Arandas: Parte II

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Mensagem por Bruce Azkan Qua Jan 25 2017, 23:09

Parte II
 
A Guerra contra a Sombra

Os povos que não foram corrompidos não encontraram outra opção a não ser se unir. Reis deixaram de lado suas agora tolas diferenças para enfrentar a ameaça da Sombra. Os sacerdotes e representantes das terras centrais cessaram seus conflitos e gritaram, não em discussões acaloradas, mas em súplicas aos seus poderes. Trapaceiros e mercadores trouxeram seus recursos para a guerra, deixando de lado rivalidades pessoais com o intuito de combater o mal de Auzlyn. Mesmo os anões vieram para a guerra, pois apesar de não ligarem para a presença humana no continente, eles certamente se preocupavam com o poder que os corrompidos ganharam. Os exércitos da Sombra, formado por muitos humanos, monstros e elfos, avançaram pelo continente dominando e destruindo tudo que encontravam.

Até mesmo os seguidores do benigno Materyon se perderam em suas filosofias. Os exércitos humanos de Arandas foram duramente acossados pelas forças que marchavam sob o estandarte da serpente, e parecia certo que os Arandunos seriam esmagados sobre os calcanhares da Sombra. Trandus Dosiere, um importante ancestral, lutou pela guerra ao lado de Ravor e Ludo, que era um elfo sábio e suspeitava de que as coisas não eram exatamente como pareciam. Esses três lideravam os Arandunos. Apesar de seus esforços heroicos, as forças combinadas de corrompidos e malignos os sobrepujou.  Os anciões daqueles povos sabiam que a vitória de Auzlyn estava próxima. Em uma tentativa desesperada de impedi-lo de aniquilar os Arandunos e escravizar as divindades para sempre, esses anciões aconselharam que os grandes líderes deveriam reunir os exércitos de seus povos na ponte de pedra, perto dos pés do Continente de Arandas, mesmo que a princípio pareceriam encurralados.

Cada ancião escolheu um campeão ou dois entre suas tribos – um campeão que exemplificava o que o povo mais amava nas suas respectivas raças. Trandus Arkh teve a honra de carregar o estandarte de Kahr enquanto Ravor e Ludo se preparavam para a batalha nas encostas do continente. O próprio Auzlyn liderou seus campeões, incluindo Rans (elfo meio irmão de Ludo), e os exércitos da Sombra ao sul. A batalha nas encostas de Arandas foi um conflito épico – homem, elfo, anão, minotauro e besta lutaram um contra o outro numa vã tentativa de triunfar. Apesar da bravura e perícia dos guerreiros de Arandas, parecia certo que o pôr-do-sol encontraria as forças do bem mortas na encosta daquela região.


A bênção de Materyon


Então, sem aviso, os elfos desertaram para o lado humano do campo de batalha, numa visão que até hoje julgam ter sido intervensão de Materyon, massacrando os seguidores da Sombra enquanto eles varriam a montanha. Os generais elfos descobriram o que Auzlyn era, e perceberam que eles haviam sido enganados. (Um punhado de elfos não se preocupou com o mal de Auzlyn – eles procuravam apenas livrar suas terras dos humanos. Esses poucos permaneceram com a Sombra. Deles, Raon Matador de Homens se tornou o mais famoso.) Quase todos os elfos deixaram de lado a cegueira do ódio, e ajudaram a equilibrar a balança da guerra consideravelmente. Foi então que Ludo, campeão das florestas e povoados élficos, se destacou para enfrentar o mais poderoso dos campeões de Auzlyn – o seu meio irmão Rans, o Príncipe Negro, que, segundo os contos, se vendeu ao deus do mal. Cruzando todo o continente numa batalha que durou anos, os campeões teryonistas, mombranistas, emylistas e clifistas se opunham aos vassalos de Auzlyn, que cada dia mais se mostravam adoradores das filosofias marilistas. No alto das enconstas do que mais tarde seria chamado de Pico da Tempestade, os próprios líderes e anciões tomaram posição de presença física para tentar derrotar Auzlyn de uma vez por todas, amparando seus exércitos, que tiveram seu ânimo revigorado o suficiente para permanecerem firmes na duradoura batalha. Eles concentraram toda a energia no esforço de destruir a sombra que havia caído sobre Arandas.

Os céus tremeram, a terra fissurou. Tempestades carregadas de ódio e sangue pareciam lançar a canção da materja por toda aquela região montanhosa. Tudo tornou-se caos. Então uma subsequente explosão destruiu a paisagem, nivelando doas partes dali, sobrando apenas os picos mais altos, que se mantinham com as características tempestuosas da destruição. E as terras ao redor da poderosa montanha (criando o que é chamado hoje de Pico da tempestade) se mantiveram com um ar frio e tenebroso, trazendo sempre a lembrança da morte àqueles que ali colocassem os pés. Apesar da força da explosão e da guerra, uns poucos sobreviveram. A maioria espalhada aos quatro ventos, incluindo quase todos os elfos e humanos do bem. Alguns foram amparados pelos anões e minotauros, que os guiavam de volta aos cercos protegidos, onde recebiam o apoio e recomposição necessários para continuar. Em uma tentativa final de se verem livres de Auzlyn, os bravos guerreiros daqueles povos desistiram de suas próprias existências. Suas essências dissipadas e os restos dos velhos trajes e armaduras caíram ao chão, jazidos na cratera fumegante e de ar pesado que era a montanha.
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