Segunda visão: Asas sem rumo
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Segunda visão: Asas sem rumo
OFF: Pedro, começamos aqui suas interpretações na "A Última Canção".
Conforme anunciado, este capítulo (visão) será o 2º do volume 1 do projeto literário.
Note que, a partir de agora, já colocarei a narrativa em primeira pessoa, com o venirista descrevendo toda a cena. Ou seja, quando houver algo que ele não vir, colocarei, no final do post, como informações complementares. Isso será feito para facilitar a edição do livro, assim como os demais processos que colocarei abaixo.
Peço que não formate o texto com cores. Caso expresse algum pensamento, coloque em itálico. Quando falar, coloque travessão. Para criar o turno, é necessário um mínimo de 850 caracteres. Depois vamos aumentando gradativamente. Turnos mais descritivos são melhores
Lembre-se: o Venirista expressa nas transcrições das visões do sinkrorbe aquilo que ele vê, ou deduz que a personagem está pensando ou sentindo. Portanto, quanto mais claro isso ficar nas suas ações, melhor. Lembre, também, de revisar o texto depois de escrever o turno, preferencialmente com a ajuda de um corretor ortográfico e gramatical. Isso é muito importante. Eu fiz o turno no word e depois passei para o fórum. tente fazer o mesmo
meu venirista esta anotando tudo no diário dele. vc aparece no 3º dia. Leia todo o texto com atenção
O jogo está aberto e sua deixa para começar é o fim do texto. Divirta-se e boa sorte.
O jogo está aberto e sua deixa para começar é o fim do texto. Divirta-se e boa sorte.
No fim do seu turno decida por qual objetivo do seu apêndice quer começar. E mostre isto para o venirista. Uma ideia é vc estar com fome. Mas monte seu turno como quiser respeitando as considerações acima.
Vc tem até a próxima quarta para responder.
ON:
3º dia do exílio
SEGUNDA VISÃO: Abel
As asas sem rumo
Sobre cervos e homens
Do raiar do sol vermelho a neve foi manchada.
Sangue rubro do duelo entre o forte e o fraco.
Nunca mais o cervo voltará a impor sua galhada.
Morto por seu semelhante e o estrago não foi pouco.
-X-
Das leis da vida sou testemunha e eterno aprendiz.
Na natureza garras, presas e chifres são as armas.
Na humanidade lâminas, mentiras e ideais.
Este Venirista procura a verdade apenas.
-X-
Descansei bem depois dos relatos de minha primeira visão, como meu salvador Harcos disse que deveria ser feito. Após comer bem e sair da caverna me deparei com a cena da oitava acima. Por estarmos na primavera é normal os cervos se digladiarem para mostrar força e imponência para as fêmeas. Não vi a luta em si, mas o grande cervo a minha frente está morto com um buraco fino que trespassou seu pescoço. O corpo ainda estava quente. Tirei bons bifes deles e um pernil. Estava pegando o segundo pernil quando o vento trouxe vários uivos. Rapidamente aprontei minhas coisas e parti. Uma alcateia teria a sua parte do cervo em pouco tempo, e não iria estragar o café da manhã deles com minha carne dura.
Ainda na manhã comecei a prestar mais atenção a tudo que me cercava. O vento rodopiante era incansável. E sua sinfonia alta demais as vezes. Riachos de degelo eram abundantes também. A água era tingida de um turquesa límpido. Fruto dos minerais do solo e do céu.
A trilha que eu fazia logicamente era de caça. Não estava tão longe da minha aldeia. Os problemas começariam quando a trilha fosse dar num vale profundo. A partir dali teriam bosques mais selvagens e o primeiro grande obstáculo da minha jornada. A escalada de um paredão. Provavelmente vou acampar ao pé dele quando chegar. Meu objetivo de hoje é chegar ao chalé de caça que o Tio Valrish me contou. Era o chalé mais distante da aldeia toda. Meu tio realmente foi o mais intrépido de seu tempo. Vou ficar lá por dois dias já que ele me garantiu que nas proximidades é fácil colher cogumelos. Com os bifes e pernil que a minha sorte me deu a comida de cinco dias estará garantida.
A cena a minha frente foi excepcional. O sol poente tornou o vale distante em uma imensidão de trevas. Mas o céu avermelhado em contraste com dois picos negros de pedra formou uma grande beleza natural. O vento e os constantes congelamentos e degelos são artesões incríveis. Os dois picos lembravam vagamente duas corujas, uma olhando para a outra. Provavelmente irei escrever algo sobre tal paisagem depois. Com a chegada da noite pude sentir o sinkrobe começar a vibrar e novamente emitir luzes. Um novo denin seria mostrado hoje? Ou veria a continuação dos grandes acontecimentos em volta do filho das estrelas?
A visão me levou para uma floresta repleta de inúmeras pétalas rosadas de magnólia. Ainda havia um ou outro monte das últimas neves do inverno que teimavam em derreter. Aquele local era conhecido. O sinkrorbe me levou para o centro do Reino de Ritulis. Ele estava me mostrando a Floresta de Maemar próxima a grande cidade élfica de Mardis. Maemar e Mardis foram dois desbravadores que vieram com Lakist. Eles eram gêmeos e construíram o primeiro assentamento élfico. A elfa Mardis decidiu se estabelecer no assentamento. A cidade recebeu seu nome. Seu irmão Maemar continuou a seguir Lakist e foi fundamental para a criação das bases do que veria a ser o Reino de Ritulis. Maemar foi um exímio fikan. E junto com muitos outros estabeleceu as regras que viriam a dar começo a fikanocracia.
A visão começou a descer dos céus, passar pelas copas das árvores e então parou em um singelo esquilo no tronco de uma árvore. O animal rapidamente desceu mais um pouco o tronco e começou a farejar um elfo-celeste que estava dormindo encostado a ele. As suas asas possuíam uma coloração púrpura como a de lírios e seu rosto fino era incrivelmente belo. Os cabelos eram ruivos ondulados e caiam as costas numa delicada cascata. O rapaz abriu os olhos e eram verdes com tons azulados. Suas roupas eram simples como a de qualquer camponês e seu corpo era esguio e atlético.
Mas havia algo a mais nas roupas. Estavam cobertas de sangue seco. E na altura do coração do rapaz havia um grande rasgo e borrão vermelho. As mãos delicadas do elfo-celeste também estavam com manchas de sangue. Estranhamente as manchas estavam nas pontas dos dedos e sobre as unhas. Ele lutou ferozmente com as unhas normais contra quem o atacou?
O rapaz se levantou e pude ver um olhar de quem não sabia ao certo para onde seguir. Senti um pouco de pena dele. Aquelas asas estavam sem rumo.
Última edição por Aerhox em Qua Jun 14 2017, 23:36, editado 1 vez(es)
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
A luz do sol descia irregular pelas copas das árvores iluminando uma pequena clareira onde repousava um jovem élfo, ele estava em pé próximo a uma magnólia onde um curioso esquilo o observava de um dos troncos.
A luz da clareira dava ao élfo uma imagem nobre e bela, apesar dos rasgos na parte de trás de sua camisa, e de suas roupas estarem maculadas de sangue seco, não apenas as roupas, como também suas mãos estavam manchadas de sangue. O jovem ficou parado no meio da clareira uns estantes com a cabeça erguida para o céu observando a paisagem com um olhar desolado e perdido. Na noite anterior ele havia perdido toda a vida que conhecia e seu coração fora preenchido com um ódio avassalador perante o grupo pressas negras que haviam matado seu pai.
Abel retornou a sua casa na cidade de Mardis para buscar alguns pertences e provisões, ele partiria e sua busca o mais rápido possível. Quando chegou em casa, seu rosto estava marejado de lágrimas que desciam feito cascatas d’água, sentimentos de frustração, ódio e impotência preenchiam sua mente e seu coração, deixando o élfo com ainda mais ódio dos pressas negras. – Eles vão pagar pelo que fizeram a você pai, eu juro que não descansarei até ter caçado o último dos pressas negras e darei um fim aos dias de pilhagem daqueles bandidos malditos. – Pensou o jovem.
Após ter se banhado, feito suas bagagens e comprado os mantimentos de que necessitava, Abel partiu pela trilha que circulava a floresta em direção a cidade das engrenagens, onde o jovem esperava encontrar um navio que o levasse a capital. Seus objetivos eram simples, encontrar seus iguais para descobrir sobre sua mãe e exterminar o grupo de ladrões que haviam feito ele sentir tamanha dor.
O sol se encontrava em seu ápice, a tarde estava quente com brisas suaves dos ventos da primavera, a trilha estava meio molhada por causa dos últimos punhados de degelo dos montes de neve que sobraram do inverno. As flores de magnólia floresciam e deixavam a floresta com uma visão tranquila e bela, como se fosse um paraíso para a visão de qualquer ser.
O denin então tomou a trilha para a cidade das engrenagens, o primeiro ponto de partida para todas as suas esperanças e ambições. A estrada estava tranquila e sem perigos, o tempo passava depressa conforme Abel se distanciava de sua cidade natal Mardis, local que sempre estaria em sua memória, pois além de ser sua cidade natal, foi lá que sua vida mudou completamente.
O tempo passou e o sol começara a se por, a luz do crepúsculo tomava o céu e o jovem logo se deparou com um problema, ele precisava de um local para descansar. O élfo olhou para os lados a procura de algum lugar seguro que no qual ele poderia descansar sem ser perturbado por animais selvagens ou por qualquer tipo de surpresas desagradáveis. Ele então pegou uma faca de caça de suas bagagens e fez uma marca numa árvore próxima e ele, deixou suas trouxas de roupas e mantimentos ao lado dela, de forma que ficasse meio escondidos para animais curiosos não xeretarem suas coisas.
Abel então flexionou suas assas e deu impulso para cima na tentativa de ter uma visão melhor dos arredores, ele circundou a área durante alguns minutos e encontrou uma pequena clareira cercada por magnólias e pinheiros com algumas árvores frutíferas das quais ele poderia se alimentar depois, o jovem então voltou para o local onde havia deixado suas coisas, as pegou e levou para a clareira que havia descoberto. O élfo deixou suas coisas na base de um pinheiro de e circundou a floresta a procura de galhos secos para fazer uma fogueira. Ele acabou por encontrar alguns trocos quebrados que estavam ótimos para criar uma centelha para aquecer a noite.
O jovem levou seu achado para a clareira onde o colocou no centro, se afastou um pouco e abriu a palma da mão direita concentrou sua energia dos dens e pronunciou: -Bola de fogo – uma chama azulada se formou na mão dele, e assim que ela ficou mais forte ele a lançou sobre a lenha que havia pego, fazendo assim uma pequena fogueira no meio da clareira. A fogueira proporcionava uma certa segurança sobre a clareira pois afastava os animais selvagens durante o sono do élfo e o mantinha aquecido do frio da noite. Abel arrumou suas provisões, andou pela clareira e colheu algumas das frutas que haviam em volta, vários pés de amoras silvestres e morangos selvagens estavam espalhados ao seu redor, ele colheu um pouco de cada e os somou as comidas que havia trago consigo de Mardis.
O denin então foi a procura de água para completar as provisões de que necessitava para passar o restante da noite e não passar necessidades na manhã que iria se seguir. Ele voltou a clareira e pegou sua bolsa com os odres, partindo assim a procura de água fresca. Após andar longos minutos, o jovem encontrou um pequeno riacho, Abel se abaixou, e colocou as mãos na água fria, limpou a sujeira que havia em seu rosto e braços, juntou as mãos em forma de concha e bebeu um pouco da água, pegou os odres de sua bolsa e os encheu. O élfo então olhou para o céu e sorriu sua jornada enfim havia dado frutos.
A luz da clareira dava ao élfo uma imagem nobre e bela, apesar dos rasgos na parte de trás de sua camisa, e de suas roupas estarem maculadas de sangue seco, não apenas as roupas, como também suas mãos estavam manchadas de sangue. O jovem ficou parado no meio da clareira uns estantes com a cabeça erguida para o céu observando a paisagem com um olhar desolado e perdido. Na noite anterior ele havia perdido toda a vida que conhecia e seu coração fora preenchido com um ódio avassalador perante o grupo pressas negras que haviam matado seu pai.
Abel retornou a sua casa na cidade de Mardis para buscar alguns pertences e provisões, ele partiria e sua busca o mais rápido possível. Quando chegou em casa, seu rosto estava marejado de lágrimas que desciam feito cascatas d’água, sentimentos de frustração, ódio e impotência preenchiam sua mente e seu coração, deixando o élfo com ainda mais ódio dos pressas negras. – Eles vão pagar pelo que fizeram a você pai, eu juro que não descansarei até ter caçado o último dos pressas negras e darei um fim aos dias de pilhagem daqueles bandidos malditos. – Pensou o jovem.
Após ter se banhado, feito suas bagagens e comprado os mantimentos de que necessitava, Abel partiu pela trilha que circulava a floresta em direção a cidade das engrenagens, onde o jovem esperava encontrar um navio que o levasse a capital. Seus objetivos eram simples, encontrar seus iguais para descobrir sobre sua mãe e exterminar o grupo de ladrões que haviam feito ele sentir tamanha dor.
O sol se encontrava em seu ápice, a tarde estava quente com brisas suaves dos ventos da primavera, a trilha estava meio molhada por causa dos últimos punhados de degelo dos montes de neve que sobraram do inverno. As flores de magnólia floresciam e deixavam a floresta com uma visão tranquila e bela, como se fosse um paraíso para a visão de qualquer ser.
O denin então tomou a trilha para a cidade das engrenagens, o primeiro ponto de partida para todas as suas esperanças e ambições. A estrada estava tranquila e sem perigos, o tempo passava depressa conforme Abel se distanciava de sua cidade natal Mardis, local que sempre estaria em sua memória, pois além de ser sua cidade natal, foi lá que sua vida mudou completamente.
O tempo passou e o sol começara a se por, a luz do crepúsculo tomava o céu e o jovem logo se deparou com um problema, ele precisava de um local para descansar. O élfo olhou para os lados a procura de algum lugar seguro que no qual ele poderia descansar sem ser perturbado por animais selvagens ou por qualquer tipo de surpresas desagradáveis. Ele então pegou uma faca de caça de suas bagagens e fez uma marca numa árvore próxima e ele, deixou suas trouxas de roupas e mantimentos ao lado dela, de forma que ficasse meio escondidos para animais curiosos não xeretarem suas coisas.
Abel então flexionou suas assas e deu impulso para cima na tentativa de ter uma visão melhor dos arredores, ele circundou a área durante alguns minutos e encontrou uma pequena clareira cercada por magnólias e pinheiros com algumas árvores frutíferas das quais ele poderia se alimentar depois, o jovem então voltou para o local onde havia deixado suas coisas, as pegou e levou para a clareira que havia descoberto. O élfo deixou suas coisas na base de um pinheiro de e circundou a floresta a procura de galhos secos para fazer uma fogueira. Ele acabou por encontrar alguns trocos quebrados que estavam ótimos para criar uma centelha para aquecer a noite.
O jovem levou seu achado para a clareira onde o colocou no centro, se afastou um pouco e abriu a palma da mão direita concentrou sua energia dos dens e pronunciou: -Bola de fogo – uma chama azulada se formou na mão dele, e assim que ela ficou mais forte ele a lançou sobre a lenha que havia pego, fazendo assim uma pequena fogueira no meio da clareira. A fogueira proporcionava uma certa segurança sobre a clareira pois afastava os animais selvagens durante o sono do élfo e o mantinha aquecido do frio da noite. Abel arrumou suas provisões, andou pela clareira e colheu algumas das frutas que haviam em volta, vários pés de amoras silvestres e morangos selvagens estavam espalhados ao seu redor, ele colheu um pouco de cada e os somou as comidas que havia trago consigo de Mardis.
O denin então foi a procura de água para completar as provisões de que necessitava para passar o restante da noite e não passar necessidades na manhã que iria se seguir. Ele voltou a clareira e pegou sua bolsa com os odres, partindo assim a procura de água fresca. Após andar longos minutos, o jovem encontrou um pequeno riacho, Abel se abaixou, e colocou as mãos na água fria, limpou a sujeira que havia em seu rosto e braços, juntou as mãos em forma de concha e bebeu um pouco da água, pegou os odres de sua bolsa e os encheu. O élfo então olhou para o céu e sorriu sua jornada enfim havia dado frutos.
Última edição por Abel em Sex Jun 23 2017, 23:15, editado 1 vez(es)
Abel- Emylista
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
Do outro lado do riacho surgiram dois soldados. Um elfo de armadura e espada na bainha segurando uma tocha. Ao seu lado outro elfo com roupas mais leves, um arco na mão e uma aljava no quadril. Este levou os dedos a boca e assoviou sonoramente. Depois disse calmamente se dirigindo para o elfo-celeste:
- Abel, filho de Drieldis! Precisamos que venha conosco para averiguação. Se queria fugir era melhor não ter voltado para a cidade, ter deixado um rastro e fogueira para serem avistados e seguidos. Bastava voar.
Assim que o soldado parou de falar outra dupla apareceu as costas dele. Abel ouviu o tilintar de outras duas armaduras as suas costas. Parecia que ele não tinha muita opção. E certamente estava nas mãos da guarda de Mardis. Uma coruja piou alto em algum lugar.
O arqueiro tirou a corda do seu arco e o guardou. Depois disse com ar extremamente soturno:
- Nós pensamos que você tinha sido raptado ou largado morto em algum lugar. Por isso viemos em tantos.
Ele respirou e descansou as mãos em cada um dos lados do seu quadril. A postura de quem está nervoso antes de falar algo sério. Finalmente tomou coragem e falou de forma silenciosa e baixa:
- Por Emylia, Abel. Que banho de sangue foi aquele? Como você dilacerou todas aquelas pessoas?
Dilacerar? Pela própria terra eterna abaixo dos meus pés. Ele disse dilacerar? Abel com todo aquele porte nobre e beleza escondia um assassino dentro de si?
- Abel, filho de Drieldis! Precisamos que venha conosco para averiguação. Se queria fugir era melhor não ter voltado para a cidade, ter deixado um rastro e fogueira para serem avistados e seguidos. Bastava voar.
Assim que o soldado parou de falar outra dupla apareceu as costas dele. Abel ouviu o tilintar de outras duas armaduras as suas costas. Parecia que ele não tinha muita opção. E certamente estava nas mãos da guarda de Mardis. Uma coruja piou alto em algum lugar.
O arqueiro tirou a corda do seu arco e o guardou. Depois disse com ar extremamente soturno:
- Nós pensamos que você tinha sido raptado ou largado morto em algum lugar. Por isso viemos em tantos.
Ele respirou e descansou as mãos em cada um dos lados do seu quadril. A postura de quem está nervoso antes de falar algo sério. Finalmente tomou coragem e falou de forma silenciosa e baixa:
- Por Emylia, Abel. Que banho de sangue foi aquele? Como você dilacerou todas aquelas pessoas?
Dilacerar? Pela própria terra eterna abaixo dos meus pés. Ele disse dilacerar? Abel com todo aquele porte nobre e beleza escondia um assassino dentro de si?
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
Abel relaxou o corpo e se levantou calmamente, não havia por onde fugir e mesmo que tentasse ele estaria se declarando culpado por um crime no qual ele fora a vítima. O jovem se voltou para o élfo com o arco e disse calmamente: - Oberion meu amigo, eu não fiz nada pelo qual vocês meus irmãos possam me condenar culpado. Sinto muito pela preocupação que deixei vocês todos. –Abel então olhou para o rosto dos soldados um a um, sondando suas expressões para ver o que eles pensavam de suas palavras. Vendo traços de preocupação se formando no rosto sereno de Oberion ele voltou a dizer: - Vou voltar para Mardis com vocês para a averiguação e contarei tudo que quiserem saber, entretanto peço apenas que possam me conceder o direito de pegar meus pertences na clareira, isso é tudo que peço.
- Isso não será necessário – Declarou Oberion. O guarda então levantou a mão direita e fez sinal para que alguém se aproximasse. Um élfo de armadura leve carregando uma espada presa a cintura se aproximou trazendo consigo os pertences que Abel deixara na clareira. – Creio, que essas trouxas, somadas as que você trouxe pra cá sejam todos os pertences que trouxe para a viagem - Disse o recém chegado.
- Sim, isso é tudo que trouxe comigo. Assentiu o jovem com uma voz calma.
- Pois bem então, companhia vamos retornar a clareira e montar acampamento, andamos um longo caminho para encontrar nosso irmão e precisamos de um descanso. – Disse Oberion com traços de cansaço em sua voz, como se ele realmente precisasse de uma boa noite de descanso.
Os élfos então retornaram para a clareira que Abel havia descoberto e repousaram seus equipamentos, dois dos guardas montavam as barracas enquanto o restante preparava os mantimentos para o consumo da noite, alguns minutos se passaram e todos os deveres já haviam sido feitos, tendas haviam sido montadas, comidas estavam sendo servidas e os élfos enfim tinha um momento para o seu devido descanso.
A noite estava estrelada com o céu resplandecendo ao brilho das inúmeras estrelas, alguns cometas cortavam o céu como se fossem raios, dando a paisagem um tom ainda mais belo e gracioso. Corujas voavam entre as árvores a procura de alimento e seus pios ecoavam pela floresta, esquilos voltavam para suas tocas com as castanhas e frutas que tinham recolhido pela tarde e os belos élfos dormiam em suas tentas quentes e aconchegantes.
O sol nascia a leste iluminando toda a floresta, raios de sol desciam irregulares até a clareira pela copa das árvores, uma fogueira crepitava no centro do acampamento enquanto dois élfos assavam peixes em galhos de madeira, outros dois andavam pelo bosque com cestas recolhendo frutas para ter um desjejum mais consistente e rico em nutrientes, as frutas dariam um ótimo auxilio na jornada de volta a cidade de Mardis.
Enquanto o café da manhã estava sendo organizado, Oberion estava junto a Abel em sua tenda os dois conversavam e alguns sons de rizada podiam ser ouvidos vindo lá de dentro.
- Abel meu amigo, há tempos não riamos dessa forma – Disse Oberion com um grande sorriso em seu rosto
- A culpa disso não é minha, você que não tem tido tempo para os amigos nos últimos tempos - Rebateu o élfo.
- De certa forma é verdade, o trabalho na guarda tem consumido muito do meu tempo, o tempo que tínhamos livre no templo de Emília foram anos gloriosos..... Anos aos quais eu gostaria bastante ter de volta, pois neles meu amigo não era um assassino procurado em nossa cidade. Antes de voltar para Mardis Abel, por favor me explique, o que aconteceu aquela noite? Como você, logo você pode ter feito aquelas coisas ? Por Emília isso não faz sentido.
Abel fechou os dedos fortemente envolta do copo que estava segurando, era uma pequena liga de barro cozido, porem era muito útil para refrescar a água. O jovem olhou um momento para baixo como se não conseguisse suportar o olhar de acusação de seu amigo e então ergueu a cabeça e disse com uma voz calma e confiante olhando nos olhos do élfo a sua frente - Você pode não acreditar no que eu vou lhe dizer agora meu amigo, mas o que digo é a mais pura verdade.
- Naquela noite era o dia do meu nome como você bem sabe, depois de um árduo dia de trabalho e treinamento com meu pai Drieldis, nós saímos para comemorar na taverna. Levamos pouco dinheiro, apenas o suficiente para algumas bebidas e uma comida digna de uma pequena comemoração entre pai e filho. – Os olhos de Abel ficavam marejados a medida que ele relatava os acontecimentos ao amigo e antes que se desse conta, algumas lagrimas escorriam pelo belo rosto do jovem.
Abel limpou as lagrimas que escorriam pelo seu rosto e então prosseguiu: - Papai havia me presenteado com esses brincos, o anel e a pulseira que estão comigo como pode bem ver.
Oberion assentiu e então o jovem élfo continuou: - Gastamos todo o dinheiro que levamos conosco na taberna, e quando já havíamos nos divertido o bastante nos despedimos de Lin e Barthram agradecemos pela ótima comida e saímos de seu estabelecimento. Após alguns metros, fomos abordado por um grupo de humanos, os quais se denominavam “ os presas negras “ o líder deles era um homem alto e corpulento, logo exigiu nosso dinheiro mas como não possuíamos nenhum, logo dissemos que não possuíamos nada. Então para que nos deixassem em paz eu lhes ofereci minha pulseira...... esse foi meu erro. - Disse Abel abaixando um pouco a cabeça e colocando os braços em volta do abdômen.
- O que aconteceu depois disso Abel , vamos me diga! Exigiu Oberion.
- Eles alegaram que havíamos mentido para eles, e então mataram meu pai, assim sem mais nem menos. Depois disso eu usei um de meus feitiços para derrubar dois deles, e o líder do bando não gostou nenhum pouco, pois logo após isso ele me apunhalou com sua adaga. – Abel então se levantou e retirou a camisa que estava vestindo para poder mostrar o corte negro que havia em seu peito.
- Não sei como estou vivo, pois o corte foi bem profundo. Entretanto assim que ele me apunhalou meu sangue começou a ferver, a ferida parou de doer e se fechou rapidamente e então minhas mãos...... -Abel agora olhava para os dedos como se o fato que fosse dizer agora fosse loucura, e então prosseguiu: - Minhas unhas viraram garras tão duras e afiadas como a lâmina da espada que você carrega. Eu os matei em um ato de selvageria, suas peles e carne para mim eram tão fáceis de se fatiar como uma fruta qualquer.
- Não sei o que aconteceu comigo aquela hora, mas essa é a verdade.
- Isso não será necessário – Declarou Oberion. O guarda então levantou a mão direita e fez sinal para que alguém se aproximasse. Um élfo de armadura leve carregando uma espada presa a cintura se aproximou trazendo consigo os pertences que Abel deixara na clareira. – Creio, que essas trouxas, somadas as que você trouxe pra cá sejam todos os pertences que trouxe para a viagem - Disse o recém chegado.
- Sim, isso é tudo que trouxe comigo. Assentiu o jovem com uma voz calma.
- Pois bem então, companhia vamos retornar a clareira e montar acampamento, andamos um longo caminho para encontrar nosso irmão e precisamos de um descanso. – Disse Oberion com traços de cansaço em sua voz, como se ele realmente precisasse de uma boa noite de descanso.
Os élfos então retornaram para a clareira que Abel havia descoberto e repousaram seus equipamentos, dois dos guardas montavam as barracas enquanto o restante preparava os mantimentos para o consumo da noite, alguns minutos se passaram e todos os deveres já haviam sido feitos, tendas haviam sido montadas, comidas estavam sendo servidas e os élfos enfim tinha um momento para o seu devido descanso.
A noite estava estrelada com o céu resplandecendo ao brilho das inúmeras estrelas, alguns cometas cortavam o céu como se fossem raios, dando a paisagem um tom ainda mais belo e gracioso. Corujas voavam entre as árvores a procura de alimento e seus pios ecoavam pela floresta, esquilos voltavam para suas tocas com as castanhas e frutas que tinham recolhido pela tarde e os belos élfos dormiam em suas tentas quentes e aconchegantes.
O sol nascia a leste iluminando toda a floresta, raios de sol desciam irregulares até a clareira pela copa das árvores, uma fogueira crepitava no centro do acampamento enquanto dois élfos assavam peixes em galhos de madeira, outros dois andavam pelo bosque com cestas recolhendo frutas para ter um desjejum mais consistente e rico em nutrientes, as frutas dariam um ótimo auxilio na jornada de volta a cidade de Mardis.
Enquanto o café da manhã estava sendo organizado, Oberion estava junto a Abel em sua tenda os dois conversavam e alguns sons de rizada podiam ser ouvidos vindo lá de dentro.
- Abel meu amigo, há tempos não riamos dessa forma – Disse Oberion com um grande sorriso em seu rosto
- A culpa disso não é minha, você que não tem tido tempo para os amigos nos últimos tempos - Rebateu o élfo.
- De certa forma é verdade, o trabalho na guarda tem consumido muito do meu tempo, o tempo que tínhamos livre no templo de Emília foram anos gloriosos..... Anos aos quais eu gostaria bastante ter de volta, pois neles meu amigo não era um assassino procurado em nossa cidade. Antes de voltar para Mardis Abel, por favor me explique, o que aconteceu aquela noite? Como você, logo você pode ter feito aquelas coisas ? Por Emília isso não faz sentido.
Abel fechou os dedos fortemente envolta do copo que estava segurando, era uma pequena liga de barro cozido, porem era muito útil para refrescar a água. O jovem olhou um momento para baixo como se não conseguisse suportar o olhar de acusação de seu amigo e então ergueu a cabeça e disse com uma voz calma e confiante olhando nos olhos do élfo a sua frente - Você pode não acreditar no que eu vou lhe dizer agora meu amigo, mas o que digo é a mais pura verdade.
- Naquela noite era o dia do meu nome como você bem sabe, depois de um árduo dia de trabalho e treinamento com meu pai Drieldis, nós saímos para comemorar na taverna. Levamos pouco dinheiro, apenas o suficiente para algumas bebidas e uma comida digna de uma pequena comemoração entre pai e filho. – Os olhos de Abel ficavam marejados a medida que ele relatava os acontecimentos ao amigo e antes que se desse conta, algumas lagrimas escorriam pelo belo rosto do jovem.
Abel limpou as lagrimas que escorriam pelo seu rosto e então prosseguiu: - Papai havia me presenteado com esses brincos, o anel e a pulseira que estão comigo como pode bem ver.
Oberion assentiu e então o jovem élfo continuou: - Gastamos todo o dinheiro que levamos conosco na taberna, e quando já havíamos nos divertido o bastante nos despedimos de Lin e Barthram agradecemos pela ótima comida e saímos de seu estabelecimento. Após alguns metros, fomos abordado por um grupo de humanos, os quais se denominavam “ os presas negras “ o líder deles era um homem alto e corpulento, logo exigiu nosso dinheiro mas como não possuíamos nenhum, logo dissemos que não possuíamos nada. Então para que nos deixassem em paz eu lhes ofereci minha pulseira...... esse foi meu erro. - Disse Abel abaixando um pouco a cabeça e colocando os braços em volta do abdômen.
- O que aconteceu depois disso Abel , vamos me diga! Exigiu Oberion.
- Eles alegaram que havíamos mentido para eles, e então mataram meu pai, assim sem mais nem menos. Depois disso eu usei um de meus feitiços para derrubar dois deles, e o líder do bando não gostou nenhum pouco, pois logo após isso ele me apunhalou com sua adaga. – Abel então se levantou e retirou a camisa que estava vestindo para poder mostrar o corte negro que havia em seu peito.
- Não sei como estou vivo, pois o corte foi bem profundo. Entretanto assim que ele me apunhalou meu sangue começou a ferver, a ferida parou de doer e se fechou rapidamente e então minhas mãos...... -Abel agora olhava para os dedos como se o fato que fosse dizer agora fosse loucura, e então prosseguiu: - Minhas unhas viraram garras tão duras e afiadas como a lâmina da espada que você carrega. Eu os matei em um ato de selvageria, suas peles e carne para mim eram tão fáceis de se fatiar como uma fruta qualquer.
- Não sei o que aconteceu comigo aquela hora, mas essa é a verdade.
Abel- Emylista
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
OFF: Olá Pedro. Você ainda está controlando os "NPCs". Atente-se a suas ações apenas. Fale o que quiser e no meu turno eu darei as respostas de Oberion e dos outros. E eu prosseguirei como eles irão reagir e pra onde a história vai. Não faça mudanças de tempo bruscas. Lembre-se que cada visão mostra apenas um dia e cabe a mim organizar depois as histórias para que tudo ocorra em 10 dias. 1 dia para cada denin ou conjunto deles. Obrigado e boa sorte. No começo eu também tive esses problemas de adaptação não se preocupe hehehehe
Aerhox- Emylista
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
O céu estava escuro e a única iluminação que havia próxima ao riacho era a luz das estrelas que cintilavam gloriosamente acima deles, e a luz de tochas que os guardas da cidade de Mardis carregavam consigo. Abel olhou para o guarda que acabara de falar, suas feições cintilavam pelo brilho fraco da tocha e pela distância que o guarda estava do jovem, mas mesmo assim Abel conseguiu discernir o rosto do antigo companheiro de treino, o élfo Oberion.
Ao lado de Oberion estava Árion, um dos amigos de infância que Abel e Oberion tiveram no templo de Emylia. O jovem denin ficou observando os amigos por algum tempo, e memórias da infância dos três começaram a surgir na mente de Abel, sua mente começou a vagar pelas lembranças de seu passado e então disse: Oberion, você se recorda de quando éramos crianças e meu pai nos ensinava no templo de Emylia? – Perguntou o jovem.
Oberion assentiu com a cabeça e então o jovem continuou: Eu me recordo como se fosse ainda ontem, papai nos dando sermões e nos ensinando sobre nossa religião ele dizia “ Lembrem-se sempre crianças, o propósito do que acreditamos deve sempre repercutir em nossas ações, o equilíbrio sobre todos os nossos atos e sobre todas as coisas, devemos sempre buscar manter o equilíbrio da melhor forma que conseguirmos. Nosso criador Materyalis cometeu um único erro em toda sua gloriosa criação, o erro de se dividir em dois, um ser de pura bondade e benevolência e em outro completamente oposto, um ser de ódio e pecado, cuja impureza impregnou toda a criação.”
Uma nuvem negra surgia no céu noturno e ventos fortes traziam um pouco de frio a clareira, fazendo as folhas das copas das árvores balançarem e algumas que estavam meio secas se desgarrarem e voarem com o vento. Uma coruja planou perto do riacho e seu pio ecoou pelo local, logo outras nuvens negras se acomodavam por ali ameaçando descarregar uma chuva sobre os élfos.
O jovem denin olhou para os amigos tomou folego e disse com um olhar carregado de ódio: Vou contar a vocês uma estória trágica, a estória de como pai e filho foram tomados por uma repentina desgraça, por conta de humanos e seus desejos gananciosos. Tudo ocorreu no dia de meu nome, havíamos acabado com o serviço no templo e fomos para casa buscar algumas moedas para comemorar na taverna de Lin e Barthram como de costume, levamos apenas o suficiente para comermos com fartura e beber algumas cervejas fabricadas pelos anões. A noite estava calma e serena, muito diferente do que aconteceria algumas horas mais tarde. Quando saímos da taverna, pegamos uma das ruas secundárias que levava a nossa residência, não havia muitos lampiões por lá, mas era o caminho mais rápido até em casa.-
O ar começava a ficar mais úmido e o vento ficava mais forte e constante, um estrondo de trovão retumbou pelos céus e em seguida um clarão de luz pode ser visto cortando o horizonte. Gotas pesadas de água agora caiam da nuvens negras, como se anjos estivessem chorando pela estória que o jovem élfo estava contando.
- Quando estávamos na metade do caminho, fomos surpreendidos por um grupo de humanos, agora não consigo me recordar de quantos eles eram, mas eram vários, e todos vestindo mantos negros por cima de armaduras leves e espadas e adagas nas bainhas em suas cinturas. O maior deles se aproximou de nos e exigiu todo o dinheiro que possuíamos, mas já havíamos gasto tudo na taverna e os únicos bens de valor, eram os que eu carregava comigo, presentes que papai havia me dado na taverna enquanto comíamos uma suculenta carne de javali. Drieldis se aprontou em dizer que não possuíamos nenhum dinheiro conosco, após se passarem alguns segundos e nada ter acontecido, eu me aproximei do humano que havia exigido nosso dinheiro e lhe ofereci uma das joias que havia ganhado mais cedo. – Abel parou de falar para tomar folego, suas roupas e suas asas estavam encharcadas pela água da chuva e seu rosto antes sereno agora estava tomado por uma profunda tristeza.
O jovem então se voltou para Oberion e Árion e disse: Aquele foi meu maior erro, assim que eu fiz isso, eles encararam meu pai e disse que odiavam mentirosos, e sem mais nem menos, o mataram bem na minha frente, como se ele fosse um animal para o abate. Depois de presenciar isso, eu entrei em fúria, conjurei um de meus feitiços e ataquei dois deles, sem pensar nas consequências que isso poderia me trazer depois, os nocauteei, não fiz nada além disso. Entretanto após esse meu ato fui atacado, todos os que ficaram em pé vieram na minha direção como animais ferozes em busca da caça. Fui apunhalado em meu peito após tentar golpear o líder deles, foi um golpe de adaga, e bem profundo, não sei dizer como sobrevivi. – O jovem dizia estas últimas palavras olhando profundamente para suas mãos, como se as sensações vivenciou naquele dia voltassem para ele aos poucos.
- O que vou dizer agora pode parecer loucura, mas juro que é a mais pura verdade.
Abel olhou para o rosto dos amigos sondando eles a procura de alguma expressão que dissesse que ele era louco, como não achou nada ele olhou para cima e vislumbrou por pouco tempo a luz de algumas estrelas que não estavam cobertas pelas nuvens de chuva.
- Meu sangue ferveu, e eu fui tomado por uma selvageria sem fim, minhas unhas viraram garras tão fortes quanto aço e então eu os ataquei e os dilacerei como se fossem nada mais que gado para ser abatido. Eles se donominavam “ os presas negras “ e estou em busca do restante do grupo deles, para dar um fim nas atrocidades deles de uma vez por todas.
Abel- Emylista
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
OFF: Não use o termo religião e sim ideologia. eles não cultuam Emylia, compartilham das suas ideias. Também não é pra usar anjos e demônios, já que não existem em hedoron. Poderiam ser Artanins servos de Materyon ou bartaluns servos de Marilis. No mais procure revisar o texto melhor. Esta muito bom, mas tem pequenos erros de ortografia e algumas vírgulas eram desnecessárias. Coisa normal. Eu faço isso também e estamos aqui para nos divertir e melhorar na arte. Até mais. Segue o jogo.
ON:
Oberion e todos os outros guardas ficaram estáticos ao ouvir tão sinistro relato. Depois foi a vez do guarda ao lado dele quebrar o silêncio que só era preenchido pelo barulho da chuva:
- Os responsáveis dos corpos disseram que as marcas e cortes eram feitos com algo extremamente afiado e fino. Mas não bate com nenhuma fera conhecida.
Despertado de seus devaneios Oberion respondeu:
- Eu sei, Árion. Mas você também cresceu com a gente ouvindo os dizeres de Emylia pela boca do pai dele. Acha mesmo que ele faria isso?
- O pai de criação. E ele confessou, não foi? – Replicou de forma maldosa Árion. Quer dizer que aquele denin era adotado. Intrigante. Oberion levantou a palma e a deixou em riste perto do rosto do outro elfo. Ele deu o comando:
- Pare com suas palavras grosseiras, Árion. Não é hora nem lugar de eu apartar outra briga entre vocês, como eu sempre faço.
O comandante se voltou para o elfo-celeste e enfim perguntou:
- Por que decidiu fugir e não contar isso para gente ou para os superiores? E posso não ser denin como você, mas pelo pouco que sei criar garras não é nada próximo das habilidades de um elorkan.
A chuva apertou e o elfo exclamou:
- Bom homens, encontramos ele. Vamos começar a volta. Não quero ficar preso em uma tempestade aqui fora. E Abel. É hora de assumir as consequências. Tem mais alguma coisa para relatar?
Todos eles começaram a dar meia volta. Era hora do segundo denin mostrar seu valor enfrentando seus atos e um possível monstro interior.
ON:
Oberion e todos os outros guardas ficaram estáticos ao ouvir tão sinistro relato. Depois foi a vez do guarda ao lado dele quebrar o silêncio que só era preenchido pelo barulho da chuva:
- Os responsáveis dos corpos disseram que as marcas e cortes eram feitos com algo extremamente afiado e fino. Mas não bate com nenhuma fera conhecida.
Despertado de seus devaneios Oberion respondeu:
- Eu sei, Árion. Mas você também cresceu com a gente ouvindo os dizeres de Emylia pela boca do pai dele. Acha mesmo que ele faria isso?
- O pai de criação. E ele confessou, não foi? – Replicou de forma maldosa Árion. Quer dizer que aquele denin era adotado. Intrigante. Oberion levantou a palma e a deixou em riste perto do rosto do outro elfo. Ele deu o comando:
- Pare com suas palavras grosseiras, Árion. Não é hora nem lugar de eu apartar outra briga entre vocês, como eu sempre faço.
O comandante se voltou para o elfo-celeste e enfim perguntou:
- Por que decidiu fugir e não contar isso para gente ou para os superiores? E posso não ser denin como você, mas pelo pouco que sei criar garras não é nada próximo das habilidades de um elorkan.
A chuva apertou e o elfo exclamou:
- Bom homens, encontramos ele. Vamos começar a volta. Não quero ficar preso em uma tempestade aqui fora. E Abel. É hora de assumir as consequências. Tem mais alguma coisa para relatar?
Todos eles começaram a dar meia volta. Era hora do segundo denin mostrar seu valor enfrentando seus atos e um possível monstro interior.
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
- Eu não possuo mais nada para dizer Oberion, agora cabe a vocês e ao conselho acreditar ou não em minhas palavras, Mas seja qual for a decisão que vocês tomarem, eu a aceitarei de bom grado qualquer punição aplicada, eu sei muito bem os meus pecados e não me arrependo de nenhum deles.
Humph grunhiu Árion – Não tente bancar o santo agora elfo-celeste você isso nunca teria acontecido se aquele velho não tivesse decidido te adotar para começo de conversa.
- Não seja insolente Árion não estou aqui para apaziguar as intrigas de vocês dois- Rebateu Oberion aos insultos proferidos pelo elfo.
Após a discussão, Abel e os demais elfos começaram sua jornada de volta para a cidade de Mardis em meio a tempestade as vestes de todos eles se encontravam encharcadas e enlameadas pela longa caminhada em terra batida. O céu despencava sobre eles em uma torrente finita de água gélida, raios cortavam o horizonte tingindo a escuridão com sua claridade, trovões abafavam o som dos paços dos caminhantes e os animais da floresta que haviam saído para caçar voltavam para seus esconderijos e tocas, buscando um refúgio do mal tempo.
Oberion e Abel iam atrás da fileira de soldados e Árion os guiava em direção ao conforto de casa. Vez ou outra Árion direcionava seu olhar para o final da fila para encarar Abel com um olhar de desprezo e indignação, pelo visto este elfo guardava algum tipo de desavença contra o elfo-celeste.
Corujas piavam e esquilos dormiam tranquilamente em seus esconderijos nos altos galhos das árvores de magnólia, a trilha era iluminada fracamente pela luz das tochas banhadas em óleo que os guardas trouxeram consigo, a terra outrora seca agora havia se transformado em um lamaçal de difícil passagem. Algumas centenas de metros a frente, os elfos se depararam com uma terrível tribulação, a tempestade acabara por derrubar alguns dos pinheiros mais velhos e frágeis na estrada. Os elfos então se juntaram e em um esforço conjunto ergueram os troncos caídos de seu caminho, minutos haviam virado horas quando eles finalmente terminaram.
Já faziam horas dês deque começara a chover, mas mesmo assim a torrente de água não dava sinal algum de que iria acabar tão cedo ou de que iria diminuir sua intensidade, pelo contrário os pingos estavam se tornando cada vez mais fortes, fazendo com que as armaduras retinissem sempre que as gotas d’água as atingiam produzindo som incomodo. As horas fluíam como as águas de um rio, se passavam rapidamente conforme os elfos se aproximavam cada vez mais do seu destino. A lua desaparecia rapidamente do céu e a escuridão dava lugar a um brilho fraco de sol, que subia cada vez mais no céu agora azul claro. Uma neblina densa cobria a floresta devido ao frio que a chuva proporcionava.
A companhia de elfos parou em uma clareira coberta e sentaram em alguns pedaços de troncos caídos para fazer seu desjejum e descansar um pouco as pernas cansadas depois de tão longa caminhada. Alforjes eram abertos e frutas eram retiradas, cantis eram esgotados conforme os elfos matavam sua sede e fome, de pois de um breve intervalo eles voltaram para sua árdua jornada até sua casa. A neblina se dissipava aos poucos conforme o sol se erguia no céu e os sons dos animais agora ecoavam ao redor da floresta e se juntavam ao gracioso ruído de chuva, raposas corriam pelas árvores em busca de coelhos que rapidamente se esgueiravam para o confortável refúgio de suas tocas. Os elfos cada vez mais adentravam a floresta pela trilha principal que levava a cidade. Horas se passaram como se fossem segundos, as nuvens de chuva agora se perdiam em meio ao céu que agora ficava límpido e repleto de arco-íris e a terra aos poucos voltava a endurecer, deixando a lama com crostas secas, uma lembrança de que esteve ali.
A companhia perambulou árdua mente pela floresta até encontrar um local seguro onde poderiam construir uma fogueira sem serem incomodados pelos animais que ali residem. Os elfos buscaram os galhos mais secos que conseguiam encontrar, o que acabou se tornando uma difícil tarefa, pois a tempestade da noite anterior não deixou muitos recursos aos quais utilizar. Após um longo tempo, os elfos tinham reunido madeira seca o suficiente para montar uma fogueira e por sorte havia uma carcaça de veado ainda em bom estado de conservação perto da li, da qual eles conseguiram retirar alguns bifes e dois pernis, provavelmente uma sobre de caça de alguma matilha de lobos que fora espantada pelo começo da tempestade da noite anterior. Abel pegou alguns dos galhos que haviam sobrado, e os usou para espetar os bifes e os assar, logo o cheiro de carne assada começou a preencher os arredores e alguns dos elfos tiveram que começar a circundar a área para evitar que predadores os perturbassem. Posteriormente ao almoço, os elfos retornaram a jornada mais algumas horas se passaram até que eles finalmente começaram a ver os portões da cidade no horizonte.
O tempo prosseguiu rápido após o avistamento do portão, pouco mais de meia hora se passou até que toda a companhia conseguiu se estabelecer nos gloriosos portões da cidade de Mardis. Agora somente os céus sabem qual o destino aguarda o jovem elfo-celeste.
Abel- Emylista
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Re: Segunda visão: Asas sem rumo
OFF: Olá Pedro. Desculpe a demora. Também estive atarefado nos últimos tempos. Aqui está a continuação. Atente-se apenas a suas ações. Parte do que você escreveu foi usado, mas tenho que lidar com cronologias e você passar o tempo atrapalha. Não se preocupe. já foi bem melhor que das outras vezes. espero que se divirta. Temos muitos o que descobrir.
ON:
Algumas centenas de metros à frente, os elfos se depararam com uma terrível tribulação. A tempestade acabara por derrubar alguns dos pinheiros mais velhos e frágeis na estrada. Os elfos então se juntaram e em um esforço conjunto ergueram os troncos caídos de seu caminho. Depois do trabalho Árion novamente resmungou:
- Ainda por cima tenho que me sujar e dar uma de jardineiro por causa dele.
A companhia de elfos parou neste instante. Oberion tirou o elmo e o jogou com estardalhaço no chão enlameado. Seguiu beligerantemente até o elfo ranzinza, como se estivesse pronto para uma batalha derradeira. Pegou nas amarras da armadura de couro batido dele e o trouxe para extremamente perto da sua face. Fuzilando os olhos do soldado disse numa voz fria, mas colérica:
- Agora chega. Mais de uma vez já foi dito para você que a culpa não foi dele. Foi um acidente.
Árion empurrou bruscamente seu superior. Na minha vila já seria o bastante para surra generalizada e prisão do infrator. E prontamente o elfo ranzinza esbravejou:
- Ele não tinha controle de nada naquela época e quis se mostrar. “Olhem para mim sou denin!! Sou denin e peido fogo”. A perna esmagada da minha irmã está lá. Ela ia correr como o vento! IA!
Mas que revelação. Quer dizer que não era o primeiro “crime” que o denin cometia. Os outros soldados pareciam ter tomado lados também. Praticamente divididos ao meio. Alguns se punham atrás de Árion e o restante do lado do comandante e do prisioneiro. Mais uma vez Oberion tomou a palavra:
- Ótimo, vamos remoer o passado. Mais uma maldita vez! Como poderíamos saber que a sua irmãzinha estava lá? Estávamos no limite da cidade justamente para não ter problemas. Ela nos seguiu e não percebemos. Quando Abel estourou parte daquela rocha você disse que era perigoso, eu lembro. Mas repito. Como íamos saber que Silian estava justamente no lugar para onde a rocha rolou? Foi uma fatalidade!
- Foi imprudência! Foi desleixo! Foi injustiça! Ele só está aqui por justamente ser um maldito denin que defende a cidade. Bela defesa! Manchar a cidade de sangue e fugir!
Um silêncio sepulcral se instaurou. Apenas o martelar incessante da chuva se ouvia. Todos esperavam uma resposta. Eu aqui na cabana mais ainda.
ON:
Algumas centenas de metros à frente, os elfos se depararam com uma terrível tribulação. A tempestade acabara por derrubar alguns dos pinheiros mais velhos e frágeis na estrada. Os elfos então se juntaram e em um esforço conjunto ergueram os troncos caídos de seu caminho. Depois do trabalho Árion novamente resmungou:
- Ainda por cima tenho que me sujar e dar uma de jardineiro por causa dele.
A companhia de elfos parou neste instante. Oberion tirou o elmo e o jogou com estardalhaço no chão enlameado. Seguiu beligerantemente até o elfo ranzinza, como se estivesse pronto para uma batalha derradeira. Pegou nas amarras da armadura de couro batido dele e o trouxe para extremamente perto da sua face. Fuzilando os olhos do soldado disse numa voz fria, mas colérica:
- Agora chega. Mais de uma vez já foi dito para você que a culpa não foi dele. Foi um acidente.
Árion empurrou bruscamente seu superior. Na minha vila já seria o bastante para surra generalizada e prisão do infrator. E prontamente o elfo ranzinza esbravejou:
- Ele não tinha controle de nada naquela época e quis se mostrar. “Olhem para mim sou denin!! Sou denin e peido fogo”. A perna esmagada da minha irmã está lá. Ela ia correr como o vento! IA!
Mas que revelação. Quer dizer que não era o primeiro “crime” que o denin cometia. Os outros soldados pareciam ter tomado lados também. Praticamente divididos ao meio. Alguns se punham atrás de Árion e o restante do lado do comandante e do prisioneiro. Mais uma vez Oberion tomou a palavra:
- Ótimo, vamos remoer o passado. Mais uma maldita vez! Como poderíamos saber que a sua irmãzinha estava lá? Estávamos no limite da cidade justamente para não ter problemas. Ela nos seguiu e não percebemos. Quando Abel estourou parte daquela rocha você disse que era perigoso, eu lembro. Mas repito. Como íamos saber que Silian estava justamente no lugar para onde a rocha rolou? Foi uma fatalidade!
- Foi imprudência! Foi desleixo! Foi injustiça! Ele só está aqui por justamente ser um maldito denin que defende a cidade. Bela defesa! Manchar a cidade de sangue e fugir!
Um silêncio sepulcral se instaurou. Apenas o martelar incessante da chuva se ouvia. Todos esperavam uma resposta. Eu aqui na cabana mais ainda.
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