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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte

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Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Ago 15 2016, 17:18

Considerações off

Desirreé e Giovanna, recomeçamos aqui as interpretações das Crônicas de Aliank.

Conforme previamente anunciado, este capítulo (visão) é complementar, e será o primeiro do volume 2 do livro.

Notem que, a partir de agora, já colocarei a narrativa em primeira pessoa, com Harcos descrevendo toda a cena. Ou seja, quando houver algo que ele não vir, colocarei, no final do post, informações complementares. Isso será feito para facilitar a edição do livro, assim como os demais processos que colocarei abaixo.

Peço que não formatem o texto com cores. Caso expressem algum pensamento, coloquem em itálico. Quando falarem, coloquem travessão. Para criar o turno, é necessário um mínimo de 1.000 caracteres.

Lembrem-se: Harcos expressa nas transcrições das visões do sinkrorbe aquilo que ele vê, ou deduz que as personagens estão pensando ou sentindo. Portanto, quanto mais claro isso ficar na ação de vocês, melhor. Façam mais de um post se necessário e procurem explorar bem os diálogos. Lembrem-se, também, de revisar o texto depois de escrever o turno, preferencialmente com a ajuda de um corretor ortográfico e gramatical. Isso é muito importante.

Lembrem-se que, até o término desta visão, postarei de segunda a sexta, por volta das 18h30. Como escreverei o post e farei uma revisão, demorarei duas horas em média para isso. Então, preciso que o turno esteja preparado, sempre, até às 16h30.

Caso a estória não esteja fresca na memória, preciso que leiam a sétima e a oitava visões do livro.

Vamos ao jogo:




Nona visão: Dotter e Liliel

Caçadores cinzentos do norte

Eu estava ansioso para que o sinkrorbe reacendesse e, quando isso enfim ocorreu, estremeci. Eu não queria ver a Floresta de Majara novamente, embora soubesse que, cedo ou tarde, isso aconteceria. Se, na noite passada, fatos importantes foram direcionados às profecias naquele lugar, era improvável que outra experiência não fosse exibida por lá. Mas, ao menos, naquele instante, o que vi foi a queda dos incontáveis flocos de neve tingindo de branco um grande campo aberto, às margens do rio Majara, que estava congelado.

Encontrei alívio ao ver que a mata sombria foi deixada para trás. Mas a natureza também reservava outras agonias. Qualquer aventureiro que resolvesse passar por tal área, teria que defrontar o inverno castigante, que usava seu frio avassalador como um emissário da morte. Mas, naqueles tempos de guerra, a ameaça do óbito era efêmera e, apesar de ladear a mente de qualquer criatura, não entrava em foco. Estava certo que Dotter e Liliel, novamente reveladas naquela visão, sentiam algum temor, mas não se deixavam levar por ele. A queda do amigo serviria para impulsioná-las em seu dever de chegar até Omaru.

Em meio ao som ruidoso dos ventos gélidos, os cascos de Doloth faziam pequenos buracos no solo, que já aglomerava uma camada grossa de gelo. Não era fácil cavalgar naquelas condições, embora tanto a montaria como as denins estivessem muito bem preparadas. Mas elas logo teriam que arrumar um jeito de parar, pois precisariam se proteger dos perigos noturnos que, pelo que eu deduzia, não demorariam a chegar. Embora o céu ainda estivesse claro, naquela estação, as trevas invadiam Aliank rapidamente, amparadas pelas nuvens densas e cinzentas que pairavam incessantemente.

Dotter ainda estava na garupa de Doloth, com Liliel logo a sua frente, guiando o animal cuidadosamente. A oeste tinham a visão do rio Majara, cuja extensão entre as margens era de mais ou menos quinze metros naquele trecho. Vários montes de neve se espalhavam, congelando arbustos e pedras que orlavam a água congelada, permitindo que indivíduos não muito pesados caminhassem sobre ela com extrema cautela. Do outro lado, as árvores se agrupavam em número incomparavelmente maior que o local por onde as emylistas seguiam, o que as manteria mais preparadas para evitar ações súbitas de agressores, caso aparecessem.

A leste havia um grande campo, por onde se percebia a densidade do nevoeiro, que mais parecia uma grande manta semitransparente, envolvendo as árvores com galhos secos, concedendo também uma visão turva das silhuetas montanhosas naquela direção.

No entanto, o objetivo claro era seguir para o norte. Alguns metros à frente, era possível ver que as formações rochosas apareciam com maior frequência, como se fossem construídas à visão das emylistas, na medida em que Doloth marchava. Porém, vi o animal parando a uns cem metros a frente de um aclive discreto, que iniciava o trajeto para a subida da primeira montanha da Cordilheira de Majara.

A interrupção brusca de Doloth não era por acaso. Durante a visão da noite passada, Liliel falara sobre a habilidade de sua égua em prever perigos, embora o sentido da palavra ainda pareça relativo. Mas a elfa confiava muito nela, e foi perceptível que não havia puxado sua rédea ou feito qualquer sinal que a instruísse a parar. De toda forma, ela girava sobre o próprio corpo, como se houvesse ameaça de muitos lugares ao mesmo tempo.



(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)

Complemento:

- Pelo faro, Dotter sentiu o cheiro de animais em cerco, porém, não visíveis, mas não soube precisar se era de um majurk, de ursos ou de lobos. Sabe-se que são de pelo menos três seres.

- Uma das formas de Doloth mostrar que pressentiu o perigo é eriçando a crina. Giovanna, considere isso, além do fato da égua parar sem o comando da Liliel. Diferente do que ocorreu na Floresta de Majara, onde Doloth se assustou, ela é treinada par anão relinchar quando detecta algo, o que atrairia mais a atenção de possíveis observadores.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qui Abr 13 2017, 15:02, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Dotter Manen Ter Ago 16 2016, 16:19

Tanto a floresta, quanto o rio ou mesmo as cordilheiras nevadas eram parte de uma paisagem com a qual Dotter a muito se familiarizara. O ruído do gelo trincando sobre as  águas sempre furiosas daquele trecho do rio não a distraia. Tão pouco o sussurro dos gelados ventos frente aos quais alguns galhos secos finalmente se partiam.
Seus olhos e ouvidos treinados buscavam o ruído de possíveis predadores, fossem animais, “humanos” ou o que quer que tenha atacado o jovem arqueiro.
Porém foi seu olfato que primeiro a alertou. A parada brusca de Doloth veio quase no mesmo instante. Antes que a égua tivesse feito meio circulo em seu eixo A majurk já farejara o ar e buscava em seu campo de visão um alvo para seus dardos.
Segurou um pouco mais firme na cintura de companheira de ideologia para lhe chamar a atenção e após afrouxar brevemente voltou a pressionar agora apenas com um dedo, uma, duas, três vezes a soltando em seguida. 
Mediu a elevação do terreno e considerou as possibilidades.
- Se forem lobos, Doloth provavelmente conseguirá manter a corrida tempo o bastante para meus dardos abatê-los. Ursos, possivelmente desistirão de nos prosseguir pois são bem mais lentos.
- Mas se for mais um majurk enlouqueido...
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Mensagem por Liliel Ter Ago 16 2016, 23:06

[ Beleza!]

O entardecer chegava e com ele trazia novos perigos rumo ao Norte, depois de perder um companheiro o clima da viagem tornava-se mais obscura do que de costume. Não houve uma conversa. Liliel estava com seus olhos claros sempre focados em seu caminho, porém sua atenção estava dobrada na audição aguçada, respirava pausadamente deixando que uma pequena fumaça quente escapulir de seus lábios delicados. Ela continuava toda coberta com seu capuz grosso que lhe cobria todo o corpo, fechado somente seu rosto ficava exposto. Uma das suas mãos segurava a rédia ainda por dentro e a outra estava repousada sobre o pomo do cabo da espada, por o capuz ser largo não demarcava a posição de suas mãos e para seus observadores parecia uma moça indefesa.

Redobrando a cautela ao passar nas proximidades do rio Majara,no qual podia servir de uma futura emboscada de inimigos. A neve obrigava Doloth caminhar mais lenta e pesada, cada trotar se tornava mais massivo. Alguns passos eram escorregadios, o que exigia mais atenção de elfa. Mesmo assim não abaixou sua guarda. Mantendo o animal calmo conseguir passar era uma tarefa primordial . Ao chegar no leste, mais a fundo do campo a elfa fechava a mais o cenho ao notar dificuldades em enxergar a estrada e graças ao nevoeiro denso. Pela cara de poucos amigos ela não estava gostando do jeito que a visão ficava turva perante a aproximação das montanhas. Sua respiração ficou mais pesada ao abrir a boca e inspirar fundo onde fumaça quente bagunçou a sua franja.

Aquele cenário era perfeito para qualquer tentativa de armadilha e teria dificuldades em uma tentativa de fuga pois não teria muita estabilidade. E o caminho permanecia calmo demais o que para ela era perturbador. O que fazia a elfa já começar a ficar alarmada.

O Caminho continuou tranquilo até receber o primeiro sinal da  majurk pela cintura que a fez a olhá-la pelo canto os olhos em cima dos ombros. Não disse nada e em seguida voltou a olhar para frente onde viu Doloth ao parar sem aviso, notava pelo pelo da crina indicando. Confirmando suas inquietação interior. Liliel já levava sua mão oculta mais a baixo segurando o cabo da espada sem fazer movimentos bruscos. Fechando os dedos, mas não a desembainhou ainda.

majurks? - Perguntou em voz baixa para Dotter.


Esperava uma  informação com mais precisão  para saber agir, mas não deixava de olhar para a retaguarda de ambas. 
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty O Majurk Andarilho

Mensagem por A Lenda de Materyalis Qua Ago 17 2016, 18:37

Considerações off

Atenção meninas, passei pra vocês dois arquivos. Um com o texto modificado juntando o turno da Desirreé, e o outro da Giovanna. Neste último, há também a adição da minha narração abaixo. Com isso, façam suas ações e, ao término, caso tenham sugestões para modificar o texto no documento que enviei, por favor me mandem lá pelo nosso grupo de chat no Face. Preferencialmente, usem a ferramenta de comentários para eu entender algo que mude o contexto. Sendo questão ortográfica ou gramatical, basta modificar.

Notem que o último arquivo considerou a ação da Giovanna, e já havia colocado a ação da Desirreé. Então, tudo que modifiquei está em vermelho. Dúvidas, podem me contatar por lá.

Como será feriado aqui no Rio e não trabalharei até terça, dia 23/8, retornarei os posts. Até lá, por favor, não esqueçam de postar.

Vamos ao jogo:




Nona visão: Dotter e Liliel

Caçadores cinzentos do norte

Não foi necessário que Liliel esperasse a resposta de Dotter que, claramente, ainda não sabia quem as espreitava. Logo, a razão do alerta de Doloth se confirmaria. Eu esperava que o seu comportamento não fosse devido a uma ameaça, necessariamente. Mas ninguém a conhecia melhor que a elfa, que se mantinha totalmente atenta. A égua se posicionou novamente para o norte, como se finalmente precisasse que deviam se preocupar com o que vinha daquela direção.

Primeiramente, o sinkrorbe permitiu apenas que eu escutasse o som de passos lentos, que pareciam se locomover com muita dificuldade. Até que a vista do cristal me permitiu ter a mesma perspectiva das emylistas, mostrando o deslocamento lento de uma criatura com silhueta grande e sombria. Na mão direita, o indivíduo carregava um cajado de madeira, com uma saliência no topo, que o dividia em duas pontas. Tal como o curso do ar, suas vestes esvoaçavam para o leste, e estavam bem firmes ao corpo.

Pouco a pouco, ele se aproximava quase em linha reta das duas e, com isso, suas características ficavam mais visíveis. Sua pele era escura, tal como os cabelos grossos e encaracolados, que podiam ser vistos por debaixo do capuz de seu enorme manto de pele de lobos, semelhante a capa que Dotter usava. Porém, seu corpo não estava completamente protegido. Seus pés gordos e peludos estavam descalços, arroxeados e quase negros nos dedos, que caminhavam com as garras quebradas. Eu não tinha ideia de por quanto tempo aquele ser andara naquelas condições, mas era explícito que sua resistência era incrível. Entretanto, ele não aguentaria por muito mais tempo.

Ainda que eu não pudesse ver as orelhas no alto de sua cabeça, não demorei a identificar aquele ser como um majurk. A roupa fechada dava forma a uma barriga grande e sinuosa. Sua estatura era de mais ou menos dois metros e meio. A destra, que segurava o cajado, também estava desprotegida do frio, revelando uma mão muito maior que a de qualquer humano ou elfo. A canhota, no entanto, estava escondida por dentro da manga do manto. A cabeça estava voltada para baixo, com os olhos semicerrados, como se lutassem para não fechar.

Ver aquele metamorfo ermo fez meu corpo arrepiar. Tudo levava a crer que era mais uma vítima de possessão. Seu caminho para o sul era claro, mas por que andava tão avidamente, estando visivelmente desgastado, em direção à Floresta de Majara? Teria ele o mesmo objetivo do urso negro que Sarlakros e Morhariel combateram? Ou, talvez, do pobre Hual, que foi abatido pelo então quarteto emylista? Embora seu comportamento não se assemelhasse ao dos majurks mortos nas últimas visões que tive no sinkrorbe, na madrugada de ontem, ele era estranho. Por mais debilitados que estivessem seus sentidos, o misterioso viajante ainda podia andar e já estava a cerca de quinze metros de Dotter e Liliel, distância suficiente para que já as tivesse notado, mas não esboçara qualquer reação. Esperei, com ansiedade, a atitude delas frente àquela possível ameaça, pois Doloth, ainda que lentamente, enfim, recuava no mesmo ritmo da caminhada do estranho.  


(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)

Complemento:

- Liliel, devido ao uso da audição aguçada, percebeu a aproximação do majurk antes de Dotter.

- Dotter identifica que, de acordo com os pelos negros do majurk, ele é da tribo de Umsha, habitada predominantemente por metamorfos descendentes de ursos negros. Eles são considerados os mais ferozes do Condado Majurk, e são temidos como uma raça muito voraz em caçadas e combates.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qui Abr 13 2017, 15:02, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Dotter Manen Sex Ago 19 2016, 01:30

Rosnou baixinho quando o irmão de raça se pôs visível. Seu estado debilitado a deixava mais alerta. Se fosse em outro momento desceria do cavalo para oferecer ajuda. Descia sim, mas apenas para aliviar o peso sobre Doloth e para ter os pés firmes no chão para caso tivesse mesmo que lutar.
-Fique atenta. Ele parece ser um Umsha. Dos majurks do condado são os mais...ursos.
Sem encontrar uma definição melhor para definir a tendência daquele clã. Foram poucas as histórias de brigas que ouvira que não envolvesse um deles. E quando pensava em briga estava pensando nas realmente graves, com mortes ou alguém saindo com pedaços faltantes.
Farejou o ar novamente. Buscava traços da podridão como a que exalava de Hual. Ainda não havia digerido a morte horrenda do marjuk. Só de pensar que o Umshakin pudesse começar a soltar pedaços Dotter sentiu seus pelos se arrepiarem.
E se todos estiverem assim?
Engoliu em seco com a possibilidade de voltar ao condado apenas para encontrar uma aldeia de cadáveres ambulantes e enlouquecidos.
       -  DIGA QUEM É E O QUE FAZ NESSES ERMOS?
      Tinha pressa agora. Não tinham como fugir ou se esconder e o ultimo pensamento a fez querer chegar a Omaru ainda mais rápido.
       - E se ele também tivesse sido vítima daquilo?
      As orelhas tremeram brevemente e Liliel sabia que isso era um sinal de contrariedade ou nervosismo.
     Dotter não tateou a bolsa de venenos. Sequer fez menção de pega-los. Havia gasto quase todos em Hual e duvidava que os restantes tivessem efeito contra o majurk a sua frente. Em vez disso deixou uma das mãos ocultas pelo manto, próxima as fivelas que desatava suas vestes. Estava pronta para se transformar caso o andarilho lhes fosse hostil.
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Mensagem por Liliel Sáb Ago 20 2016, 02:04

A elfa apenas moveu a cabeça na direção do som, pelo impacto que cada pisada ecoava no solo, eram lentas e pesadas, capaz de contar cada passo o que confirmava o que Liliel já desconfiava anterior.

- Ora, ora. Mais um dos seus amigos pesados...

Comentou a elfa ainda com seu rosto ainda inexpressivo mas em um tom relaxado de custume, antes que pudesse tomar algum partido Doloth já indicava o perigo na mesma direção. A mesma apenas passou a mão em volta da crina em um ato para acalmá-la e que se afastasse e em seguida descia depois de sua parceira.

Logo o responsável aparecia o que não foi nenhuma surpresa para a elfa que em seguida já sacava sua espada sem cerimonia notando sua aparência que estava em melhor estado do que o majurk anterior . Ouviu o rosnado de Dotter ao mesmo a mesma segurava a espada erguida a frente do corpo, na altura da barriga com a ponta mirada para o majurk que se aproximava. A elfa olhou de canto para ela que tenta explicar sua origem, que tudo que indicava era mais “animal” o que dispensava qualquer tentativa de aguamento dela.

Liliel estava ciente do perigo e da dificuldade que aquele majurk representava, mas procurava em sue interior se manter firme se lembrar de seu objetivo e com este seus ensinamentos emylistas...


Devo manter a mente em equilíbrio perante o apuro, o limite é aquilo que a mente cria com medo do desconhecido . Relaxe ...”

Após esta reflexão ela suspirou e inspirou separou as pernas e flexionadas prontas, sentindo que sua mente estava leve e pronta, na hora a energia metonyan subia contaminando a lâmina fria de sua espada em tamanha proporção quase trasbordando.
A Garkan se posicionou a frente de sua parceira no ato de protegê-la após notar o temor em suas orelhas.

- Tens cinco minutos para responder as perguntas da moça ou a próxima a falar será minha lâmina!


Pelo tom de advertência era difícil imaginar se ela estaria blefando, deu aquele tempo para uma possível defesa antes de completar o ataque onde a Lady posiciona-se de modo ofensivo. 
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Mensagem por A Lenda de Materyalis Ter Ago 23 2016, 18:55

Considerações off

Próximo post amanhã, 24/8, por volta das 18h ou 19h. Favor realizar os post até, no máximo, 15h.

Vamos ao jogo:




Nona visão: Dotter e Liliel

Caçadores cinzentos do norte

– A voz intimidante de uma majurk, nos ermos, não parece tão perigosa quanto o som da melodia que atrai os carniceiros do norte – disse ele, enfim, erguendo a cabeça, lutando contra os próprios olhos, para que não fechassem. Sua voz grossa não saía tão nítida, pois tinha de confrontar o barulho do vento uivante, além do próprio fraquejar. Porém, era suficiente para as duas escutarem, principalmente Liliel e sua avantajada audição élfica. – Tampouco, a espada de uma grakan e seu som agonizante, é mais incômoda que as feridas provocadas pelos caçadores cinzentos.

A perna direita do majurk bambeou. Dobrara o joelho subitamente, e fez força para se apoiar no cajado. Sua face voltou a se abaixar. A mão esquerda também foi levada ao objeto de apoio, e o corpo tremia inteiramente. Andar parecia sua melhor forma de se distrair das dores que sentia.

– Mas, se é tão importante dizer quem sou, ouçam, pois não pretendo repetir – voltou a falar, com a voz levemente embargada, mas carregada com atrevimento. – Edren, do clã Shimdi da tribo de Umsha. Fujo da música tenebrosa, que atrai os sanguinários e me impede de voltar à minha gente. Rasgaram a minha carne e contiveram o meu retorno. Ao povo do Condado restará a reclusão em suas tribos, que não mais servirão de abrigo aos refugiados da cidade dominada pela realeza aliankina.

Voltou a olhar na direção das emylistas, lutando para reunir forças.

– À frente, encontrarão corpos, sangue e morte. A maldição deixada pelo dragão na floresta é um alento frente ao ódio dos caçadores cinzentos do norte. Portanto, se não pretendem me abater, me deixem passar! E, se forem inteligentes, repitam a minha pretensão!

Apesar do apelo feito agressivamente, o majurk não aguentou. As mãos deslisaram lentamente pelo cajado, e as pernas já pesavam demais. Caiu, primeiramente, de joelhos, e o amparo também foi deixado, tombando ao seu lado, mas com as pontas na direção frontal. Em seguida, o enorme corpo desabou para a direita, em cima do braço. O capuz tapou a maior parte do lado esquerdo da sua face, que revelava parte de uma expressão dolorosa, mas, também, enraivecida. Sua expectativa de vida encontrou uma barreira inesperada em duas denins que, mesmo sem querer, tiraram dele o ritmo linear da caminhada que fazia, e parecia ajudar na manutenção do seu foco e fôlego vital.  

Como Dotter especulara, ele era mesmo de Umsha. Por ser um majurk, eu tinha alguma ideia do que ele queria dizer. Edren se referiu aos caçadores cinzentos, forma como vulgarmente chamamos os lobos da Cordilheira de Majara. Mas, me intrigou o fato de ele falar sobre uma melodia que os atraía. Isso, claramente, estava ligado a um dom extraordinário, o que denotava haver algum denin poderoso por trás disso. Mas, para que a jornada de um majurk em seu território gerasse tamanha preocupação nesse indivíduo, certamente havia um motivo muito peculiar. Seria o temor por possessões? Ou, talvez, o próprio caráter de Edren fosse duvidoso? Algo não se encaixava naquela história.  

O fato era que, sendo culpado ou inocente, Edren demonstrava total desconhecimento da Floresta de Majara, tanto por querer se refugiar em um lugar amaldiçoado, como por achar que a praga estabelecida naquele lugar fosse parte do legado sombrio de Garlak.



(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)

COMPLEMENTO:

- Dotter não sentiu cheio de podridão no visitante, porém, de sangue, sim;

- Estou considerando que o som agudo do contato entre o metonyan e o metal (exibido especialmente na primeira visão do livro, com o ato do Sarlakros) não afeta Dotter, como não afetou Hirlun ou Joan na floresta, por terem treinado juntos com Omaru, de forma que os emylistas, quando juntos, se adaptaram ao som;

- Como a época é medieval, não havia contagem em minutos de forma precisa. Sendo assim, mudei a fala da Liliel, condicionando o majurk a não se aproximar;

- Dotter não conhece o clã mencionado por Edren.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qua Abr 12 2017, 17:21, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Liliel Qua Ago 24 2016, 19:29

Liliel permaneceu muda enquanto era só ouvidos. O seu rosto mostrou uma pequena comprimir o cenho o que mostrava atenção no que ouvia notava a estranha melodia e de alguma forma não gostava. Não comentou nada referente ao estado crítico que o majurk estava, por ser uma general experiente tinha olhos treinados e estes fitavam os ferimentos o que indicava que ele lutou por algum tempo, estava esgotado não haveria resistência. O viu escorregar e tombar de lado, Liliel não achou sensato continuar aquelas ameças, se pegou a se lembrar do majurk anterior, ambos citavam algo em comum o suposto “controle” sobre eles. O que a faz desconfiar se a tal Nara-Lan também estivesse atrás da melodia sinistra.



Em seu silencio a elfa começava a refletir e a considerar.


Se fosse mesmo haver com ela haveria seguidores, o que era sinal que elas não estavam sozinhas e que havia uma outra parte da marteija que precisava ser explorada, pois algo não encaixava. A hipótese de um denin por trás era mais aceitável pra ela.


No caso de Edren não tinha muito o que se fazer, mas conhecia bem a aflição que Dotter estava a passar mais um de sua raça sendo usados covardemente, o que a fazia ter atos mais “macios” a jogar tudo em sua “balança da consciência”. Não abaixou a guarda continuou segurando sua espada contra o mesmo. Olhou de soslaio para ela e sussurros se dirigiu a ela.


- Dotter, sei o que sente por isso deixo a sua escolha. Ele não tem condições para lutar. E Não temos muita opções. Se o deixamos a sua sorte ou levamos conosco talvez ele tenha a resposta para te inocentar das acusações. Ainda sim é arriscado, vai depender de você levá-lo.O que acha?



A elfa foi muito cautelosa para não pronuncia, era obvio que se referia a Omaru, desconfiava que poderia haver mais alguém as vigiando. E em vez em quando olhava para Doloth pra ver se ela ainda indicava perigo na direção de Edren.
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Mensagem por Dotter Manen Qui Ago 25 2016, 00:42

Dotter permaneceu em silêncio ouvindo o aviso quase ameaçador do majurk. Era seu costume evitar interromper assim como sabia que era de costume daquela linhagem ser agressiva mesmo quando desejava dar conselhos úteis. Fosse mais jovem o teria interrompido assim que mencionou a tribo desconhecida. Felizmente tinha amadurecido bastante desde que conhecera Omaru. Aprendera a ter paciência e a não julgar com pressa. O que as vezes era bom e as vezes era muito, realmente MUITO ruim.
Quando ele terminou começaria as perguntas, mas o chamado Edren de Shindi desabava fazendo Dotter levar uma das mãos às têmporas e massageá-las com os dedos enquanto respirava bem fundo a fim de não vociferar alguns impropérios.


- Típico dos Umshas...gastar todo o folego que resta, mas não perder a chance de começar uma briga.


Ainda balançava a cabeça incrédula como os primos negros podiam ser tão diferentes de sua tribo quando Liliel fez a sugestão de levá-lo com elas.


- Arriscado. Não daria nós três sobre Doloth, óbvio. Também não confiaria em um desconhecido às suas costas, ou sobre as minhas...especialmente sobre as minhas ...


Abaixava as orelhas pensando em algo indevido para o momento.
-Com certeza não sobre as minhas.
Olhava e farejava mais uma vez o ambiente buscando os possíveis atacantes de Edren. Dessa vez verificava quanto veneno ainda tinha e separava alguns dardos que só pelo tamanho poderiam causar estrago mesmo sem veneno. Os selvagens lupinos da Cordilheira eram personagens constantes nos contos Majurkins. Aprendera a teme-los desde pequena, mas lobos eram lobos e não maldições, denins invisíveis ou um majurk morto andante. Dardos ainda funcionariam e isso a aliviava. Seu alívio só não era maior pois vendo o estado do primo de raça, e conhecendo a ferocidade que lhe cabia, deviam ser muito lobos.
- Se metade do que ele disse for verdade seria mais sensato eu recarregar meu estoque de veneno. Pode ser também o tempo que precise para que ele desperte e cuidemos de parte dos ferimentos. O cheiro de sangue acabará atraindo os lobos para cá.
 
Olhava as árvores mais próximas buscando qual delas aparentasse ter galhos fortes o bastante para o trio. Depois olhava para Doloth e notava um “porém” em seus planos.


-Lobos não sobem em árvores... E cavalos também não.


Balançava a cabeça enquanto buscava um plano B.


-Se pararmos agora posso repor parte do veneno e podemos nos preparar para o ataque.


Não à toa preferia trabalhar sozinha. Já estaria seguindo caminho saltando de árvore em árvore evitando deixar rastro para as feras a seguirem. Mas a vida não era justa afinal e mesmo que não tivesse respondido diretamente dava a entender que não largaria Edren ali. Estava lhe dando um voto de confiança.
Olhou de soslaio para Liliel enquanto apontava o majurk caído.


-Não de as costas para ele.

Voto de QUASE confiança.
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Ahke Eti Sori

Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Jan 09 2017, 19:19

Considerações off

Meninas, algumas observações nas revisões que realizaram no documento da nona visão:

- Lembrem-se que Harcos narra o que ele vê, ou deduz. Neste caso, algumas ponderações das personagens podem ser desconsideradas. Um exemplo foi a comparação feita por Liliel entre Edren e Hual. Como ela não a expressou, Harcos não teria como fazer essa dedução. Todavia, não deixem de interpretar esses detalhes. Seguindo este mesmo exemplo, posso usar isto como um pensamento do próprio Harcos, embora eu vá ver com calma, mesmo, no dia destinado a revisão do documento (no caso, na próxima segunda, 16/01);

- Desirreé, em relação a questão da emboscada, tem toda a razão. Conferirei no próximo documento de revisão. Nas próximas, apenas coloque a pergunta em off em vermelho quando tiver algum questionamento do que foi descrito;

- Por fim, evitem escrever a continuação das ações nos documentos. Isso deve ser feito apenas no fórum, durante o jogo. Exemplo: Liliel lançou várias perguntas para Edren, que não foram colocadas em seu último ato. Desta forma, caso queiram inserir uma nova ação, apenas me perguntem no chat do Facebook se o turno pode avançar mais um pouco naquela situação, e caso esteja ok, escrevam a ação no fórum;

- Nas próximas revisões, mudarei a unidade de medida de metros para braças, mais comum em histórias medievais.  

Qualquer dúvida, confabulemos pelo chat do Facebook.

Próxima revisão do documento do livro, dia 16/01 (próxima segunda). Para isso, é necessário que realizem seus turnos aqui até domingo, 15/01.

Próximo turno no fórum dia 23/01, mantendo o padrão das segundas-feiras.

Vamos ao jogo:




Nona visão: Dotter e Liliel

Caçadores cinzentos do norte

Apesar de Liliel moderar sua hostilidade, ela desconsiderava algo muito importante: o estado físico do majurk. A uma distância considerável da guerreira aliankina, caído e ferido, Edren não reagia. A elfa não precisava se aproximar para ouvi-lo, mas quanta força ele ainda teria para concatenar palavras inquiridoras, ao mesmo tempo em que sua atenção era involuntariamente dividida com o ruidoso vento uivante? Ele ainda seria capaz de impulsionar minimamente sua voz, de forma que os tímpanos élficos pudessem ouvir sem muito esforço?

Pelo sinkrorbe, era possível ver que, desde que Edren tombara, sua expressão facial estava inalterada. Seu olhar endurecido vagava pelo solo irregular e coberto de gelo, que pairava diante de si. Com a ventania e a neve intensa, Liliel não devia ser mais que um borrão para a sua fraca visão. Seus lábios não se moviam. Estavam entreabertos e altamente ressecados com o frio. Era improvável que dali saísse qualquer resposta.

Todavia, enquanto as emylistas esperavam uma atitude do majurk, a réplica veio da natureza. Pouco depois das perguntas de Liliel, a direção do ar mudara bruscamente. Não soprava mais levemente para o leste. Agora, vinha numa rajada violenta, propagada do norte para o sul. Não era comum uma mudança tão brusca do vento, embora o efeito mais surpreendente viesse num fenômeno subsequente.

O vento soprava como a reunião de gritos de indivíduos agonizantes, que sincronizavam sons agudos e graves intermitentemente. Uma perfeita distração para um sussurro sombrio e feminino, propagado junto à cruviana.

"Edren ahke eti sori".

Com muita dificuldade, eu identifiquei a frase, que foi repetida por, pelo menos, quatro vezes. Alguém usava o ar para transmitir uma mensagem na língua majurk.

— Emxo oa! Atidama! — retrucou Edren, usando o mesmo dialeto. Sua voz, no entanto, era um murmúrio incapaz de provocar o menor respeito em quem o provocava.

Embora a suscitação não fosse grave, ela inquietava Edren além do usual, algo fácil para a personalidade de um umshino. Ao final das minhas visões, deixei a vós, irmãos veniristas, anotações sobre a língua dos majurks de Aliank. Por agora, revelo apenas a tradução literal das frases.

A mensagem trazida pelo vento dizia: "Fecha os teus olhos, Edren!" Em resposta, o majurk disse: "Deixe-me, maldita!"

Alguém tinha o controle daquela situação, e pelo menos era possível saber de que se tratava de uma denin poderosa. Mas não havia melodia, tampouco caçadores cinzentos, como Edren insinuara. Todavia, ele ainda era o foco de uma investida sinistra, E, apesar de não haver qualquer evidência, era possível que a dona daquele poder também estivesse preparando algo para Liliel e Dotter. Perguntas ladeavam a minha mente. Talvez o vento trouxesse as respostas em breve. Mas, enquanto elas não vinham, eu ouvia a difusão de uma risada baixa, viperina e triunfante da algoz do majurk. Ela estava consciente de que sua vítima, muito em breve, cumpriria a sua ordem.  

(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)


COMPLEMENTO:

- Dotter não ouviu a voz sussurrando mascarada pelo vento, nem a resposta de Edren, devido a distância e também pela interferência do próprio cenário. Liliel, porém, devido a audição élfica, conseguiu identificar ambos. No entanto, ela não conhece o dialeto majurk, mas é capaz de reproduzir as frases. Ela só conseguirá entender a situação de fato ao consultar Dotter.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qua Abr 12 2017, 17:21, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Liliel Qua Jan 11 2017, 18:19

Não houve respostas após as perguntas e a estranha manifestação do vento pegou todos desprevenidos. A elfa se protegeu com um dos braços a frente do rosto enquanto a outra mantia a espada erguida. Se protegia e ainda tentava manter os olhos abertos e focados no marjuk. Ela trincou os dentes não gostando da velocidade dos ventos, por mais barulhentos que sejam ainda sua boa audição elfica sempre eficiente, ouviu a linguagem que lhe era desconhecida. No entanto percebeu o tom de raiva em sua réplica mesmo que ao vento.
A elfa já suspeitava e agora sentia que aquele vento não soava amistoso.

Com o braço ainda estendido e sem tirar os olhos do mesmo Liliel, falava em um tom firme e desconfiado, um alerta para que Dotter se Precavesse pois, sentia um mal presságio.*

- - Dotter, mantenha-se atenta. Ele é um fugitivo, é óbvio que viram atrás dele, não tenho certeza, mas já devem saber que ele está aqui. E tenho uma sensação seja somente a isca...

Deu uma pausa e continuou.

- E mais, ouvi-o usar um tom ofensivo ao nada. Não compreendo o dialeto. O que significa...Emxo oa. Atidama?

Perguntou ela com um pouco de dificuldade mas se esforçou para deixar o mais claro possível sem fazer a menor ideia do que tinha falado. Mas era fato que ela já sentia que o mesmo foi seguido e ela não abaixaria sua guarda tão cedo.

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Mensagem por Dotter Manen Seg Jan 16 2017, 00:24

Respirava fundo e se aproximava aos poucos. Não adiantava ficar temerosa de qualquer um que aparecesse à sua frente. Confiava nas habilidades de Liliel o suficiente para se concentrar em prestar alguma ajuda ao irmão de espécie.

_Ele não vai ouvir daqui.

Antes que pudesse chegar ao majurk o vento mudava e embora não pudesse ouvir os sussurros sinistros que o acompanhava, sabia por experiência que a natureza estava de alguma forma sendo manipulada.

_Há algum denin por perto.

Parou com a zarabatana em punho enquanto seus olhos perscrutavam os arredores enquanto se esforçava para não torcer as orelhas para traz devido aos gritos de agonia que o sopro trazia consigo.
A pergunta da guerreira confirmava suas suspeitas.

_Significa “Deixe-me, Maldita.”  

Encheu os pulmões e retrucou à voz que não ouvira.

_Saia das sombras e diga a que veio!

Repetiria mais uma vez agora em sua própria língua. Os pelos de seu pescoço eriçados pela batalha iminente.
Manteve alguma distância de Liliel pois sem saber de onde viria o ataque, desejava ao menos dificultar que o inimigo pudesse abater ambas num único golpe surpresa.

_VENHA!
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Encontre Chaelter

Mensagem por A Lenda de Materyalis Seg Jan 23 2017, 18:25

Considerações off

Meninas, em virtude dos imprevistos que fizeram a revisão na semana anterior serem postergadas, enviarei de amanhã ate sexta o documento do capítulo para vocês, ainda para revisão do último turno aqui no fórum.

Giovanna, com relação aos ajustes que fez no fim de semana, darei um posicionamento amanhã.

Qualquer dúvida, confabulemos pelo chat do Facebook.

Próximo turno no fórum dia 06/02, mantendo o padrão das segundas-feiras.

Vamos ao jogo:




Nona visão: Dotter e Liliel

Caçadores cinzentos do norte

— Iasa adan samri! Aga et ovitej!

Claramente, Liliel não compreendia a língua majurk, buscando o auxílio de Dotter. A guardiã, que só parou de se aproximar do ferido devido ao deslocamento rápido e frígido do ar, a respondeu prontamente e deduziu o óbvio. Porém, eu imaginava que, talvez, não fosse uma boa ideia desafiar a denin oculta, uma vez que nada naqueles ermos indicava uma vantagem para ambas. Mas Dotter fez questão de fazê-lo em duas línguas.

O sinkrorbe me mostrou mais do fenômeno que ocorria. Tão rápida quanto a lufada que atingiu as emylistas, foi a quebra da manifestação do poder da sibilina elorkan. Liliel e Dotter sentiram o vento voltar ao normal, com os flocos de neve caindo do céu e trazendo o mesmo frio de outrora. Já eu podia ver que, na verdade, todo aquele ar retornava na mesma velocidade para o norte, fazendo uma guinada curvilínea ao chegar a cerca de vinte ulnas para o sul. Dado este fato, as emylistas sentiram, pouco tempo depois, que a mesma rajada passava no alto de suas cabeças, cortando novamente o fluxo natural da neve que caía, mas a pouco mais de três braças. A altura era suficientemente segura para que não sofressem o mesmo incômodo de antes, mas a rajada superior parecia indicar que ele estava retornando à sua invocadora.

Talvez aquela manifestação elemental fosse a resposta mais imediata ao desafio de Dotter. Contudo, o que se viu não foi uma reação da voz terrificante da denin oculta nas montanhas. Embora também não se expressasse verbalmente, Edren fez um esforço violento em virar o corpo gravoso pela própria constituição. Sua luta momentânea mostrava um esforço semelhante ao de quem força cada músculo para tirar de si uma rocha congelada, cada vez mais sólida e pesada devido a nevasca. E, após a curta e dolorosa peleja, conseguiu apoiar as mãos abertas e as costas no solo. Foi uma péssima ideia. Agora, a neve caía diretamente em seu rosto, e sua face sentia toda a intensidade invernal da Cordilheira de Majara. O ato, no entanto, visava algo mais profundo.

O majurk guiou sua mão direita até a abotoadura. Lutava contra os dedos endurecidos, obrigando-os a usar a pouca energia que possuíam para abrir uma parte da vestimenta. Já não raciocinava tão bem, pois, de outra forma, teria usado a canhota para acolitar a tarefa. Agiu como se desafiasse os próprios limites, usando o conhecido vigor umshino para realizar um feito costumeiramente tão simples. E, quando finalmente conseguiu, a mão penetrou a roupa até o lado esquerdo do peito, mexendo o mais rápido que podia em algo que, nitidamente, carregara como um fardo.

A mão deixou o manto apressadamente. Edren a repousou outra vez no solo. Não por ser sua real intenção, mas por não conseguir levantá-la novamente, após jogar um pequeno objeto prateado na neve, que caíra quase aos pés de Dotter. Todavia, aquele empenho parecia aproximá-lo ainda mais do fim.

— Chaelter... Ertoca...

A voz saiu baixa, quase inaudível, captada novamente graças ao poder do sinkrorbe. Uma mensagem para as denins. Provavelmente, a última. "Encontre Chaelter". A primeira palavra não pertencia ao majurkês, de forma que o verbo seguinte indicara claramente um nome. Mas o que seria? Um lugar? Um indivíduo?

Os olhos de Edren estavam perdidos. Pareciam tão endurecidos quanto os demais ossos de seu corpo. Não fechariam mais, estivesse ele vivo ou morto. Talvez ainda houvesse tempo para que a elfa ou a majurk sanassem minha dúvida, uma vez que já era claro que a lucidez daquela vítima não duraria muito mais tempo, tal como a própria vida.

O sinkrorbe revelara um pouco mais do objeto. Tratava-se de uma figa de prata, com pouco mais de duas úncias de comprimento. A peça não é comum na cultura majurk e, até onde sei, também não tem qualquer significado entre homens e elfos da cidade. Na verdade, só serviu para deixar a exortação final de Edren ainda mais incompleta.



(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)


COMPLEMENTO:

- Caso não conheçam uma figa: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] nem Dotter nem Liliel a conhecem ou entendem qualquer significado além.

- Dotter não ouviu as palavras sussurradas por Edren. Novamente, só a audição élfica de Liliel foi capaz disso, ainda que a uma distância pequena;

- A primeira frase deste turno foi a tradução do desafio em majurkês feito pela Dotter;

- Durante a fuga do vento, se Dotter e Liliel olharam para trás, viram o que foi descrito por Harcos;

- Ulna é uma unidade de medida, semelhante a braça, mas usada para calcular distâncias maiores. Úncia já serve para medições menores, equivalentes a polegadas.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qua Abr 12 2017, 17:22, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Liliel Sáb Jan 28 2017, 20:30

Ainda protegida com os braços erguidos a elfa se esforçava para tentar enxergar algo, no entanto pode ouvir sem interferências do vento a resposta da mesma contra o nada, mesmo sem entender o significado o tom da voz era um tom de provocador e foi algo que não foi nada apreciado pela a elfa. Mas estava ocupada demais para responder, ainda em posição de defesa assistiu a do mudança incomum, a qual acompanhou com o olhar olhando para trás.
Além de ver a direção do vento que mostrava a proximidade do vento, por uma reação natural ela de abaixou um pouco encarando a mesma direção, era notável que aquela manifestação do vento era a resposta. Segurou mais firme o cabo da espada percebendo que a Denin estava por perto.


Em seguida percebeu que Edren se esforçava para se mexer mesmo estando com os membros congelados, chamou atenção da elfa que olhava de soslaio esperando o pior, ainda que puxasse algo hostil era de se admirar que ainda possuía um vigor que fazia jus a fama, mas deste atirou algo inofensivo que ao cair próxima de Dotter a elfa percebeu que se tratava de uma corrente e um pingente com um simbolo que ela não o conhecia, pouco podia se lembrar de algo já que suas memórias não a ajudam. Logo o mesmo foi atingido pelo monte de neve que até se espatifava no rosto de Edren.
Mais uma vez a elfa ouviu outro dialeto que não era de seu conhecimento. Em seguida cortou o silêncio instruindo Dotter.


- Seja breve, pegue-o e se ele não estiver mais vivo, corra já para Dollot. Preciso me certificar de algo...

O aviso foi direto e contava que sua parceira acatasse, o foco da elfa não era Edren e sim verificar o paradeiro do denin inimigo, pois já era tarde para fugir e certamente queria evitar deixar rastros para serem seguidas. O Mentonyan ainda corria pela lâmina da espada, a elfa voltou-se pra direção onde viu anteriormente em passos calmos mantinha a espada erguida em guarda. Seus lábios baixo, sussurros de uma reza provavelmente em éfico. Em seguida seu anel respondia, ela o consultava usando-o naquela direção.
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Mensagem por Dotter Manen Seg Jan 30 2017, 00:16

Não houve resposta a sua provocação, ao menos nenhuma resposta audível. O Vento, porém, parava; apenas para retornar por cima de suas cabeças no sentido oposto. Acabara chegando a mesma conclusão do sábio que ocultamente observava a cena. O vento deveria estar retornando à sua controladora.
Em um gesto rápido que mais aparentava um misto de fúria e frustração de um majurk prestes a perder o autocontrole Dotter rosnou e sacudiu suas mãos em garras no ar.

- Maldito, covarde. Apareça para que eu te arranque a cabeça com meus dentes!

Bufava a rosnava novamente baixinho enquanto farejava o ar.  Não estava apenas buscando o cheiro do inimigo, mas também do veneno que lançara no ar quando sacudira suas mãos. Não se atreveu a lançar algo mortal, sabia que o denin poderia alterar novamente sua direção e atingi-las. Lançara um irritante e desconfortável veneno que injetado provocava paralisia, mas em contato com pele e olhos seria ardência e coceira. Para humanos e elfos o cheiro era quase imperceptível, mas para seu povo, acostumado a evitar a planta que o originava, era bem evidente e duradouro a seu olfato assim poderia ter uma noção de qual era o perímetro no qual se escondia sua presa.

Ainda que seu observador oculto não compreendesse o gesto, a veria guardar discretamente a ampola agora vazia.

A Slandralina notou o movimento do umshino e deu dois passos adiante. Parecia obvio que aquele não tinha forças para ataca-las. A distância agora havia se reduzido o suficiente para que o pobre conseguisse jogar algo perto dos pés da guardiã.

Dotter agachou-se para pegar rapidamente o objeto ainda com a neve que o envolvia somo se descarregasse nos flocos parte de sua raiva. O que tinha agora entre seus dedos parecia uma mão entalhada parcialmente fechada com os dedos em uma posição peculiar.

Não reconheceu o que seria e tão pouco conseguiu ouvir o que o moribundo balbuciara. Ouvindo a orientação da general, guardou o amuleto rapidamente na algibeira e se aproximou mais do urso verificando se ainda vivia. Se estivesse morto apenas fecharia seus olhos, se ainda vivesse obedeceria a elfa e o levaria até a égua. No caminho passaria bem próximo a companheira para lhe dar alguma dica de onde o inimigo poderia estar.


(Caso dotter tenha conseguido acompanhar o cheiro do veneno ela avisa liliel. E sim ela está torcendo para ter a sorte dele pegar na inimiga e criar o adorável efeito de alguém que caiu numa moita de urtiga. Caso ela perca o rastro ignore a parte que ela avisa a liliel, afinal a elfa não vai sentir o cheiro.)
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty O Sussurro dos Ventos

Mensagem por A Lenda de Materyalis Qua Fev 08 2017, 18:09

Considerações off

Meninas, reiterando, a partir de hoje, salvo imprevistos ou feriados, os posts ocorrerão toda segunda e não mais quinzenalmente. 

Desirreé, andei pesquisando sobre a figa, mas a preocupação está muito distante da nossa realidade. Pelo que vi, os países que apresentam real problema com isso, seriam Itália, Turquia e Índia. Os dois últimos são totalmente improváveis para um lançamento do livro, visto que o foco está nas Américas e, na Europa, provavelmente seria lançado primeiro na Espanha, Portugal e no Reino Unido. Ainda assim, essa ainda é uma ideia muito longínqua. Então, no momento, manterei a figa mesmo com sua descrição. Se, algum dia, cairmos num país desses, terei isso em mente. 

Qualquer dúvida, confabulemos pelo chat do Facebook. 

Próximo turno no fórum dia 13/02, mantendo o padrão das segundas-feiras. 

Vamos ao jogo:





Nona visão: Dotter e Liliel


Caçadores cinzentos do norte

— Nima ka maradami — sussurrou Liliel. Embora eu não seja exímio no idioma, a Lady aliankina certamente falou em élfico. Lembrei-me das lições aprendidas com a minha mãe que, desde pequeno, ensinara a importância de entender as expressões das raças presentes em Aliank, para que eu e meus irmãos não caíssemos nas armadilhas da guerra ideológica, muitas vezes difundidas em simples manifestos verbais. 

Traduzindo do élfico para o hedorin, o murmúrio proferia as seguintes palavras: "Revele a energia". Instantaneamente, vi o anel que ela usava no dedo indicador direito agir semelhantemente ao que ocorrera na Floresta de Majara. A gema branca incrustada no topo do envoltório prateado cintilara, ganhando a cor dourada do metonyan por um breve momento. Todavia, logo mudara para um tom violáceo. Era uma manifestação de um dos três fundamentos de energia: o kalaidrin. 

Constatei que Liliel não usava aquele acessório como forma de ataque, mas de consulta. Na floresta, o anel revelara o cinza do cynblarkin, a energia espiritual, e, agora, o roxo do kalaidrin. Isto apenas corroborava que, se o indício estivesse correto, a inimiga era uma denin elorkan e, portanto, usava a magia para o controle do ar, e não havia denins com outras manifestações de poderes por perto.  

Mas outra situação me chamou a atenção. Ao bradar um novo desafio ao relento, Dotter golpeara o espaço com as mãos, como uma ursa bestial desferindo ataques violentos com suas garras. Ao mesmo tempo, um discreto fluído pavonáceo se dispersava para o alto, acompanhando o vento que retornava para o norte. Se ele realmente voltava para a denin, não iria apenas com a energia da própria conjuradora, mas também com um composto tão perigoso quanto o líquido encontrado na língua de uma cobra peçonhenta.  

Por algum tempo, tudo o que eu e as duas emylistas ouvimos foi o ululado da neve. Enquanto esperavam um possível ataque naquele momento de angustiante quietude, Dotter se aproximara de Edren. Seu corpo já estava endurecido. Minha suspeita sobre sua morte foi confirmada quando a guardiã fechou seus olhos. Era o fim do terceiro irmão do Condado em dois dias. 

Após atestar a morte do umshino, a majurk se levantou. Porém, não houve espaço para um breve luto, ou para um necessário sossego. Tudo ocorrera rápido, mas cada instante provocava uma ansiedade perniciosa em ambas, causando a sensação de que o tempo se arrastava como as tartarugas espinhentas e gigantescas do mar nortenho, que desovam no litoral aliankino a cada inverno. 

Outro sinal ruidoso as colocaria em alerta. Toadas que prenunciavam um perigo flanqueador.  Ao longe, ouviu-se bumbos lentos e ritmados que, pouco a pouco, tornavam-se mais altos. Não era a intensidade que aumentava, mas sim a proximidade do som em relação às emylistas. Vinham do leste, e não do norte, como era esperado. A neblina deixava a visão turva, impossibilitando que os tocadores fossem vistos por elas. 

No entanto, logo em seguida, a atenção teria que ser dividida. Ouviu-se o barulho do vento dominado de outrora, que, diferentemente do ruído no leste, aproximava-se velozmente. A mesma rajada voltava do norte para o sul, atingindo Dotter e Liliel com a mesma violência. Entretanto, havia uma diferença: a voz doce e ecoante finalmente se dirigiu a elas.

— Que outros ouvidos avantajados poderiam escutar os meus cícios direcionados pelo vento? — indagou a elorkan, dando a própria resposta em seguida, claramente se referindo à característica élfica de Liliel. — Sim, é fácil deduzir que a voz feminina e iletrada ao majurkês, que captara o meu harmonioso conselho a Edren, pertence a uma orelha bicuda. 

No Condado, alguns majurks não gostam de elfos, principalmente após Berong instaurar a inquisição em Aliank. Ao chamar Liliel de "orelha bicuda", me lembrei das formas jocosas que alguns de nós se referem à raça. No entanto, eu nunca ouvi uma ofensa naquele termo. Ainda assim, isso me levou a crer que a denin oculta fosse uma irmã de raça. Mas, sendo assim, por que caçava Edren?

— E então, ouço gritos desafiadores, semelhantes aos bramidos dos ursos indomáveis de Majara — continuou a voz, fazendo agora alusão à Dotter. — Meus tímpanos violentamente atacados me alertam que uma majurk está junto a uma elfa.

Se ela era uma majurk, agia como se não fosse. A dedução da denin de que uma das duas era uma majurk partiu graças ao fato de Liliel perguntar para Dotter o que significava a frase dita em majurkês, na primeira mensagem lançada no ar. 

— Ainda que de longe, o vento me trouxe o ardor das chamas do vulcão Majara, e o sibilar metonyano em contato com um metal. Estou lidando com duas denins. Por que eu as encararia frontalmente? A menos que me apresentem algum motivo para que conversemos sem a intermediação elemental, usarei a minha vantagem. 

Era um joguete. Diferentemente do que ocorrera na Floresta de Majara, não eram todos os denins que se dispunham a enfrentar outras duas. Tal como o sopro violento do ar pesava os corpos das emylistas, a espada da grakan castigava os ouvidos da inimiga, que também citara uma ardência, provavelmente provocada pelo fluido kalaidrino lançado por Dotter. Ainda tragadas pela técnica elorkan, as duas sabiam que teriam tempo de responder e se proteger da inimiga. Porém, talvez não pudessem fazer o mesmo em relação aos que rufavam os tambores, pois o som estava cada vez mais próximo delas.  


(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)


COMPLEMENTO:

- O anel de Liliel revelou energia kalaidrina, corroborando a ideia de que a denin que as ameaça manipula um den relacionado a esta energia, no caso, o elorkan;

- Liliel reconhece o som rítmico dos bumbos dos tambores. Eles são feitos em algumas cerimônias da banda militar aliankina. No entanto, ela desconhece qualquer guarda disponível na Cordilheira de Majara, visto que esta responsabilidade pertence aos majurks;

- Estou levando em consideração que o efeito do veneno de Dotter, provocou ardência na denin oculta. Ao retornar, no entanto, não atingiu as duas, ou por troca de ar da inimiga, ou pelo efeito já ter dissipado em virtude da distância. 


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qua Abr 12 2017, 17:23, editado 1 vez(es)
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Re: Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte

Mensagem por Liliel Sáb Fev 11 2017, 01:38

Com a espada erguida de guarda, a elfa observava em seu silêncio o globo do anel alterar de cor, que aos poucos ganhava a cor roxeada que significava presença de Kalaidrin. Abaixou o braço para finalizar a consulta. Olhou para trás e notara que Dotter começara uma sequência de golpes no ar o que pareceu ser uma atitude de pavor. Liliel piscou e voltou a se concentrar nos sonos ao redor, fixou a sua atenção a frente ao ouvir o  ululado da neve.

Voltou a segurar com ambas mãos e afastar as pernas em guarda. Percebera que  Edren havia falecido assim que a marjuk fechava seus olhos, a elfa também fechou os seus em respeito. Sem sinal do inimigo parecia estar deixando a elfa mais desconfortável com a demora, ela esfregava os dentes…

Outro sinal sonoro anuncia os bumbos que aumentavam, não teve dificuldade de identificar que eram tambores que origem das bandas militar aliankina. Mas não fazia sentindo pra aquele momento tão inoportuno. Súbito foi o ataque do vento, o qual a elfa se protegeu puxando a ponta do seu capa para se proteger, comprimia os olhos.

Em seguida ouviu claramente a voz da elokan e sem dúvidas era a mesma que ouviu anteriormente. Ao se manifestar direcionava um insulto para si, a chamando de “orelha bicuda”. Ainda protegida com a capa enrolada em seu braço a baixo dos olhos, franziu o cenho em resposta, era claro que a mesma pouco se incomodou com o insulto. Nem assim seria capaz de alterar sua expressão.

Esta voltava e agora parecia querer barganhar. Uma coisa que a garkan mais tinha asco era um opoente que se escondia e não enfrentava por igual. Parou para pensar, que talvez ela também podia estar por trás daqueles bombos dos tambores, já que conhecia a sua faceta élfica e assim iludir ambas. Vendo que não podia confiar em seus sentidos… teve uma ideia ousada.

Em um tom baixo alertou Dotter.

- Irei tirá-la da toca, me siga e prepare-se.

Com isso esperava que a marjuk ficasse atenta em seus passos. Assoviou baixo onde era um chamado o qual Doloth atendeu e veio até a mesma, que passou o braço na correia e girou o corpo em uma acrobacia para montar com o animal e movimento. Feito isso ela deu um comando em elfico para a egua.

“ Leve-me até a ameça”


A estratégia era simples fazer que Doloth a guia-se para a direção mais próxima do perigo. No caminho ativou o Metonyan em uma rápida escala e grande quantidade para em fim usar uma de suas técnicas. Usou o Ataque comum, que consistia em brandi-la para frente, criando uns efeitos similares de pétalas de flores em quantidade de gotas de chuva. Estas eram arremessadas na primeiro movimento na direção onde foi levada, na segunda, movimentou a espada para fora para que mais pétalas atacassem em direções aleatórias próximas. Para obrigar a mesma se revelar e assim abrir chance para que Dotter.
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Re: Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte

Mensagem por Dotter Manen Seg Fev 13 2017, 01:44

Voltava a aproximar-se da Dama Alinkiana. Notou o brilho violáceo entre seus dedos mas sabia que não era uma habilidade Kalaydrina em andamento, apenas uma conferência. Achou o ato desnecessário, mas então lembrou que a elfa não tinha nenhum den daquela natureza, da mesma maneira que ela não conseguia identificar as manifestações mais sutis do mentonian.
Os sons de tambores fizeram suas orelhas se erguerem levemente.

-Parece que o rei decidiu não esperar teu regresso, Dama.

Diferente de Liliel que tomava o rufar como parte da habilidade da elorkan, Dotter ainda preocupada com as acusações sobre si considerava a impaciência do rei a razão mais obvia para o som. Ainda assim o tom de sua voz indicava dúvida.

-Um pouco mais cedo do que o esperado.

Não havia se passado nem 48 horas desde que a missão fora dada a Liliel. Realmente não fazia sentido.
Dotter olhou com dúvida para a elfa e balançou levemente a cabeça enquanto voltava as orelhas à posição normal. Descartava sua primeira hipótese e antes que tecesse outra o vento voltou.
Assim como a guerreira, protegeu o rosto com o manto. Não sentiu seu veneno no ar e as palavras que se seguiram apenas confirmava que sua armadilha havia funcionado. Um mero incomodo, que no calor da batalha podia distrair o inimigo, um engasgo, uma falta de ar, tosse...qualquer vantagem era bem-vinda...pena que temia por Liliel ou teria jogado três vezes mais veneno no ar.

-A garganta coçou e a língua também.

Estreitou os olhos ao ouvir a resposta ofensiva no inimigo. Não era ocaso de se importar com as ofenças, pois estas eram esperadas. Reconhecia o ato como nada mais que uma tática para distrair e desequilibrar emocionalmente o adversário. Antes de ser a guardiã solitária daquelas matas era uma Vikomtessz, tendo que lidar com as quase sempre cansativas e desgastantes reuniões diplomáticas de seus pais. Manter a mente calma e aguçada para captar o real significado do que era dito e ainda mais, o que era dito sem que o interlocutor se aperceba.

-Mentony.

Murmurou ao ouvido da elfa, satisfeita com a nova informação. A denin ao falar que sentira o mentonian na espada de Liliel acabava revelando seu Den secundário. Deveriam esperar mais que a mera manipulação do vento.

-Tome cuidado.
Deu passagem a égua e preparou a zarabatana. Não usaria veneno dessa vez e sim as setas mais longas de caçada. Seguiria Liliel a alguma distância para ter tempo de reação. A elfa se colocava como alvo principal, buscaria atacar pelo flanco inimigo tão logo se revelasse.



off: Vikomtessz - viscondessa, filha de um conde. Como entre os Majurkes a relação de gêneros é mais igualitária, considero que não só o filho, mas também a filha herdam o título. Está em húngaro, depois podemos procurar um padrão para termos em majurkez 
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Mensagem por Liliel Ter Fev 14 2017, 00:58

( Rodando o Dado esquecido)
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Mensagem por Rolador de Dados Ter Fev 14 2017, 00:58

O membro 'Liliel' realizou a seguinte ação: Lançar dado


'10' :
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Guerreiros e Mamutes

Mensagem por A Lenda de Materyalis Qua Fev 15 2017, 18:26

Considerações off

Meninas, algumas observações:

- Não esquecer de não formatar as fontes do turno;

- Giovanna, o nome correto da raça é "majurk". Você escreveu no turno "marjuk". Outro ponto: na reforma do sistema, o que combinamos que seria ataque comum se transformará em técnica. Não haverá nenum fator prejudicial dentro do que acertamos para as novas habilidades de Liliel, e por isso já considerarei o turno normalmente;

- Desirreé, atentar também a nomenclatura das energias. Você escreveu "kalaydrin", mas o correto é "kalaidrin". O mesmo para "metonian" (o certo é "metonyan");

- Desirreé, conforme conversamos, o ruído do contato da energia metonyana com o metal é ouvido por qualquer um, mesmo os não denins e, por isso, não houve confirmação do den secundário da inimiga.

Qualquer dúvida, confabulemos pelo chat do Facebook.

Próximo turno no fórum dia 20/02, mantendo o padrão das segundas-feiras. Favor realizar os turnos até 23h59 de 19/02.

Vamos ao jogo:





Nona visão: Dotter e Liliel


Caçadores cinzentos do norte

Vagando em meus pensamentos, esperava, sinceramente, que as emylistas caíssem na provocação da inimiga, o que não aconteceu. Não se ouviu uma resposta sequer de ambas. O vento passara com a mesma velocidade de outrora, deixando as duas e rumando para o sul. Em seguida, o mesmo deslocamento curvilíneo foi realizado. O retorno do ar para o norte, como da outra vez, não levaria palavras hostis das duas denins. Todavia, elas não continuariam agindo passivamente.

Um assobio de tom singular e baixo foi ouvido. Era um sinal de Liliel para Doloth. A égua, já livre da força da ventania, foi à galope até a sua dona, que subiu no animal de maneira desconcertante. Sem que a equina parasse, a elfa fez mais um movimento acrobático, exibindo outra vez sua estonteante habilidade, que descrevi na sétima visão.

O pé direito de Liliel se apoiou velozmente no estribo do mesmo lado, impulsionando o corpo da guerreira, que apoiou a mão direita na sela e saltou. Já assentada em Doloth, a mão esquerda, que segurava a espada, foi levantada. A lâmina tornou a brilhar como ouro, liberando o zunido característico, porém com a aura amarelada notoriamente mais volumosa. Estava liberando mais energia na arma.

— Rigaro aka amalu — disse a grakan, novamente em élfico, ordenando a Doloth: "Leve-me até a ameaça".

O que vi na sequência foi, no entanto, algo inesperado. Achei que Doloth guiaria Liliel até o norte, por onde a rajada foi e voltou por duas vezes. Mas a égua se preocupou com os bumbos. Estes, por sinal, ganharam uma entonação diferente e ameaçadora. Cada vez mais altos, simulavam batidas cardíacas. Começaram levemente e, conforme se aproximavam das duas, aceleravam.

Após este ato, não tive dúvidas de que os tambores do leste não tinham relação com a elorkan. O sinal musicado era conhecido como "rufo sistólico" na banda militar aliankina. Trata-se de um rito criado durante a guerra entre teryonistas refugiados na Floresta de Majara, contra os marilistas aliados a Garlak. A história diz que os elfos, usando sua audição aguçada, criaram um método para indicar às tropas a presença dos ajargs, que, por serem alados, tinham vantagens em emboscadas realizadas nas montanhas, aparecendo repentinamente ao atacar de áreas mais elevadas. Todavia, os inimigos da aliança élfica, humana e majurk interpretaram o ato como um efeito de intimidação dos seguidores de Materyon, por serem capazes de saber exatamente onde estavam e, quanto mais perto estivessem, maior seria a tensão dos adversários por se aproximarem da morte. Até os dias atuais, tal simbolismo foi guardado pelos aliankinos e continua sendo usado pelos guerreiros de Berong.

Pelas palavras de Dotter, ela interpretou que o rei mandara uma comitiva para a missão na Floresta de Majara, em auxílio à Liliel. Isto não fazia sentido, uma vez que presenciei pelo sinkrorbe, na segunda visão, a ordem clara de Edfeu em envolver apenas denins na operação. Além disso, havia a ordem de que tanto a elfa como Sarlakros retornassem com notícias em três dias. Mas, se a realeza mudara de ideia, Hirlun havia fracassado em sua missão declarada na sétima visão, onde ficou incumbido de retornar para avisar à nobreza aliankina sobre a permanência das duas na caça de um suposto majurk, ou, sem querer, incentivado o príncipe e o rei a rever o plano. Era a primeira visão desde que o sinkrorbe reacendeu e não tinha certeza de que o elfo celeste conseguiu êxito.

Com exceção da infantaria liderada por Lorde Sarlakros, elfos também estavam presentes no contingente da cavalaria e dos arqueiros. Neste caso, não deveriam ser ameaças. Poderiam ser membros liderados por Liliel que, de alguma forma, vieram até as montanhas em seu auxílio. Ou mesmo membros da família Haesc, que, de acordo com o que foi falado nas últimas visões, também eram emylistas.

Minhas vastas divagações aconteceram num curto espaço de tempo, mas foi o suficiente para que algumas afirmações fossem rapidamente descartadas. Guiada por Doloth para o leste, Liliel tomou outra atitude. Os bumbos cada vez mais altos fizeram com que a elfa desprendesse uma parte da energia, brandindo a espada na direção frontal. Pequenos fragmentos de metonyan foram atirados ao relento. Eram muito similares a pétalas de gardênia amarela, que florescem belamente nos jardins das tribos majurks no inverno. Um ataque esplendoroso, visando encontrar a denin que se encobria pelos ventos.

Embora fosse deslumbrante, o ato não surtiu efeito. Em nova tentativa, Liliel girou o corpo de Doloth, mas desta vez jogando as pétalas de energia em várias direções. Dotter, que a seguia em uma distância segura, não precisou se proteger dos filetes de energia, que também eram devidamente controlados pela grakan. Porém, mais uma vez, nenhum vestígio da elorkan fora encontrado.

A equina mostrava ter razão em se preocupar com o leste. O animal relinchou ao ouvir os tambores apressarem o ritmo cardíaco. A forte neblina impedia que algo além fosse visto. Mas era possível ouvir que algumas das poucas árvores daquela direção eram derrubadas por alguma força tremenda. Num primeiro momento, achei que poderia ser devido a uma nova lufada, até que ouvi barridos, antes abafados pelos tambores, e cheguei a única conclusão plausível para a derrubada de vegetais à distância com tamanha velocidade: mamutes!

Até onde sei, somente majurks são capazes de domá-los. Mas uma série de informações simplesmente não convergiam. As tribos usam costumeiramente estes animais para farejar carniceiros à distância. Mas nunca o rito do exército aliankino fora usado como padrão. Seriam irmãos de raça ajudando na caça contra as suas ameaças, aproveitando o mesmo método usado no passado?

Enquanto eu pensava à respeito, o sinkrorbe continuava me mostrando somente Dotter e Liliel. Em seguida, ouvi, com dificuldade, pequenos zunidos disfarçados pelos tamborilados. Tão logo o barulho foi emitido, vi quatro flechas de ferro caindo do céu em formato de leque. Elas passaram por Liliel, mas uma delas perfurou a perna esquerda de Dotter.

A dor devia ser insuportável. Um dano como esse, em meio a uma situação fora de controle como aquela, num ambiente cujo clima em nada ajudava, poderia significar uma desvantagem mortal. Era ainda mais desesperador ver as silhuetas que aos poucos eram desveladas.

Era preciso pensar rápido, ou teriam que abater dois fortes mamutes de três braças de altura, que caminhavam lado a lado. Cada um era guiado por um indivíduo assentado em seus lombos. Dois pisos suspensos e cercados estavam acoplados nos flancos dos animais, trazendo dois indivíduos em cada lado: um tamboreiro sentado, e um arqueiro em pé, totalizando quatro.

A primeira saraivada, certamente, fora dada no escuro, pois dificilmente os adversários tinham algum privilégio em suas visões, dada a neblina que também atrapalhava às emylistas. Porém, era certo que eram especialistas em seus ofícios e que, com a vista livre, poderiam abatê-las.


(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)


COMPLEMENTO:

- Giovanna, escolhi a gardênia pois as pétalas tem alguma similaridade com lâminas, e também pela cor e o fato de ser uma espécie invernal;

- Desirreé, conforme conversamos, está aí a compensação da perna quebrada da Dotter lá na frente;

- por enquanto, Dotter e Liliel não conseguem identificar se os domadores de mamutes são majurks, pois a neblina só permite visualizar silhuetas, conforme descrito por Harcos.


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qua Abr 12 2017, 17:25, editado 2 vez(es)
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Re: Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte

Mensagem por Liliel Dom Fev 19 2017, 15:48

- Droga! 

Protestou a elfa ao ver que ambas tentativas foram inúteis, segurou mais firme a rédi, seus olhos claros voltaram para a direção a leste vendo as sombras dos soldados se aproximando. A mesma sem alterar sua expressão pensava. 


" - Sem dúvida  que estes bumbos pertencem a  banda militar aliankina. Mas  não é a minha tropa, estou dentro do prazo. Mas...será que Sarlakros se atreveria a vir a estes lados? Se tratando dele, não me surpreenderia. De todo modo não posso arriscar de fugir com Dotter para as montanhas, podem nos seguir..." 

 Decidida a mudar de plano, virou a cabeça para olhar para trás para ver se Dotter estava por perto, um pouco mais adiante a viu caída atingida com uma flecha sobre a perna. A reação de espanto que ela conseguiu expressar foi arregalar os olhos e em seguida cerrar os dentes. Logo desceu da Dolot, e lhe deu um leve tapinha para que ela se afastasse. Sem demora a Elfa correu ao socorro da majurk, olhando a ferida. 

- Você está bem? 

Olhou para a direção  vendo que ainda estavam avançando, voltou pra ela. 

- Preciso te tirar daqui eles estão avançando, consegue caminhar?

Assim que terminava de perguntar, se pois ao lado oposto do ferimento, pegando seu braço e pondo sobre os ombros, a ajudando a se levantar  e com cuidado sair do campo de visão, pois estavam em desvantagem total. A intenção da elfa era de conduzi-la até uma árvore mais afastada.


Última edição por Liliel em Qui Fev 23 2017, 13:46, editado 3 vez(es)
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Re: Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte

Mensagem por Rolador de Dados Dom Fev 19 2017, 15:48

O membro 'Liliel' realizou a seguinte ação: Lançar dado


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Rolador de Dados

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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty Re: Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte

Mensagem por Dotter Manen Ter Fev 21 2017, 00:13

A princípio não entendeu porque Doloth havia tomado a direção leste ignorando a denin que as atacava, ainda assim as seguiu como combinado. Por um instante imaginou que ao contrário do que anunciara a pouco, Liliel resolvera recuar buscando ajuda de sua tropa. Afinal era uma Lady, a mais respeitável do reino. Bastaria um sinal para que os soldados se detivessem, por respeito ou medo caso fossem da tropa de Sarlakros.
Acelerou um pouco a corrida e agora interpretava que os golpes sem efeito de Liliel fossem meros avisos no meio da névoa. Um engano do qual se arrependeria por muito tempo.A expectativa de que a situação estaria sob controle da Lady a fez baixar a guarda. Os zunidos das flechas foram percebidos tarde demais.


- ARRRG!!!

Sequer conseguiu segurar o gemido de dor. Apenas não tombara por puro reflexo. Com sangue ainda quente e a adrenalina no pico pôs toda a força na perna ainda boa e buscou sair do caminho que estava seguindo.
Olhou para a flecha cravada na perna e o sangue que brotava. Logo a dor a imobilizaria. As batidas dos tambores pareciam feitos para uma dança lenta perto do ribombar de seu próprio coração. Suas presas feriam seus lábios na tentativa de se manter em silêncio, mas as lágrimas não podiam ser contidas e desciam como feridas gélidas sobre a face quente pela fúria.

“- Você está bem?”

- Rooooarrrrrrrrrrr.

O rosnado irritado era a resposta majurk à pergunta tinha um tanto óbvia. A dor também não colaborava para que houvesse um diálogo gentil.

 “- Preciso te tirar daqui eles estão avançando, consegue caminhar?”

Viu a silhueta dos animais, certamente os maiores mamutes que já vira em vida. A contra-gosto aceitou a ajuda da elfa, mas era certo que mesmo sozinha sairia da frente daquelas bestas nem que fosse rolando.

-Preciso de um tempo.

A fala saiu tremida e precisou respirar fundo alguma vezes antes de continuar. Suas mãos buscavam na algibeira um dos frascos de veneno. Não havia condições de se livrar da fecha ou meios de tratar a ferida por hora, mas precisava se mover.

- Parece que saímos do caminho dos animais, mas certamente mudarão de direção tão logo o vento levasse o cheiro de sangue até eles.

Era um aviso a amiga. Conhecia o bastante daqueles animais. A neve que agora jogava sobre a ferida não disfarçaria os confundiria por muito tempo. A respiração aos poucos se tornava mais pausada e profunda. Ao contrário do que Liliel poderia imaginar não foi um dardo embebido em veneno que saiu da algibeira e sim uma ainda bela e singela flor apesar de um pouco murcha e amassada. Uma flor que a despeito de toda a beleza faria gelar o coração de qualquer majurk ou qualquer outro que com um mínimo de conhecimento de seus efeitos.

- Se forem teus soldados, espero que te sejam realmente fiéis e parem de nos atacar assim que te vires, ou levarei o máximo deles comigo para Makisis.
Esmagou as pétalas brancas com nuances azuis e violáceas por entre os dedos e repentinamente cravou as garras ao redor da flecha. O tremor e rubor repentino de seu corpo eram efeitos esperados vindos do mórbido vegetal. Dotter fechou os olhos brevemente e se concentrou em espalhar o veneno ao longo da ferida. Normalmente imune às toxinas que manipulava, dessa vez limitou-se a não permitir que o veneno se espalhasse demais.

Poucos eram os majurks que ousavam manipular a forte e letal seiva da flor hibernal, quanto mais usá-la em si em um momento como aquele. Concentrado seu efeito paralisante poderia matar em minutos, em pequenas doses tinha um poderoso efeito analgésico que ainda podia ser fatal. Identificar o limite entre letal e não letal não era para leigos sendo a planta lembrada como uma forma de conceder uma “morte gentil” aos guerreiros na época da guerra contra Garlak; evitando que feridos, além de qualquer esperança, forrem capturados e torturados pelos marilistas.

Dotter, porém, não era leiga, era uma natrakan, o veneno fluía por seu corpo conforme a sua vontade muito mais obediente que sua respiração ofegante e trêmula pelos bramidos de dor e impropérios de raiva que precisava sufocar.

- Ainda preciso de tempo.

Voltou a abrir os olhos. O brilho violáceo quase encobria as orbes de jade que logo voltavam a focar tanto quanto suas orelhas nos dois grandes vultos que se aproximavam. Não tinha veneno para abater os mamutes, teria que preparar sua zarabatana e esperar a chance de mirar nos arqueiros. Precisava de tempo. Tempo para anestesiar sua perna, tempo para trocar e envenenar sua munição, tempo, tempo, tempo demais, tempo que não tinha e torcia para Liliel conseguir lhes dar.


Última edição por Dotter Manen em Sex Mar 03 2017, 20:25, editado 1 vez(es)
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Nona Visão: Caçadores cinzentos do norte Empty O Inquiridor de Materyon

Mensagem por A Lenda de Materyalis Qui Mar 02 2017, 17:23

Considerações off

Qualquer dúvida, confabulemos pelo chat do Facebook.

Próximo turno no fórum dia 06/03, segunda-feira. Favor realizar os turnos até 23h59 de 05/03.

Vamos ao jogo:





Nona visão: Dotter e Liliel


Caçadores cinzentos do norte

Ao meu ver, Doloth era a melhor chance das duas escaparem dos mamutes. Ainda que não fosse um animal preparado para uma corrida no gelo, a égua seria, sob o comando de Liliel, a forma mais ágil de fugir, suportando a carga da guardiã ferida. Mas a tensão fez com que a guerreira não aventasse essa possibilidade. O que vi foi um comando breve da elfa, que, ainda montada, deu dois leves tapas no pescoço da fiel parceira, descendo dela ainda em movimento pouco depois, vendo-a se afastar para o sul. Em seguida, foi ao socorro de Dotter.

Todo o tempo era precioso. As silhuetas tornavam-se cada vez mais gigantescas. Sombras de criaturas colossais que carregavam combatentes perigosíssimos. O braço de Dotter envolveu os ombros de Liliel, que, com muita dificuldade, tentava se deslocar pelo solo cada vez mais atravancado. O destino era um abrigo frágil ao leste: um pinheiro seco de araucária, uma das poucas espécies vegetais presentes no campo, e que os mamutes derrubavam com incrível facilidade.

Apesar do caminhar lento, o senso de urgência não havia deixado as emylistas. O verde da íris de Dotter se transformara subitamente para a cor lavanda, indicando que a majurk usava sua habilidade com a energia kalaidrina através do seu den natrakan. Ao mesmo tempo, ela buscava algo com a mão esquerda na algibeira. Esperava que logo saísse um dardo embebido com veneno, para ser disparado contra os agressores. No entanto, o que vi foram as garras do dedo indicador e médio molhadas por um líquido roxo e, ao mesmo tempo, luzidio.

Dotter cravou as unhas afiadas na coxa, ao redor da flecha, deixando que o estranho composto agisse. Não estava claro se o efeito seria anestésico ou curador, mas foi possível notar uma leve melhora em sua caminhada manca. Contudo, insuficiente para reverter a desfavorável circunstância.

Finalmente, os barridos dos mamutes tornaram-se mais altos que os tambores. Estavam agitados. As trombas imensas se voltaram para direções diferentes. O animal à direita apontava para a frente. O da esquerda, para Dotter e Liliel.

As pisadas perfuravam as camadas congeladas que cobriam a terra, criando estrondos. Um barulho atordoante, especialmente para raças como os elfos, cuja característica mais conhecida era a audição aguçada. Incômodo adicional para Lady Liliel, impossível de ser ignorado junto à gritaria produzida pelos mamutes. Não havia tempo para alcançar de maneira segura uma árvore, deixando que os caçadores continuassem seus caminhos em linha reta. Eles sabiam onde as duas estavam, e se aproveitariam disso.

O momento aturdido não durou, mas foi suficiente para desequilibrar as denins. Cessaram os barridos dos animais, assim como o rufo sistólico. Enquanto um animal continuava avançando, aparentemente alheio à dupla, o outro parou a cerca de seis braças delas. Paralelamente, mais uma saraivada fora lançada aos céus, caindo aos pés das emylistas no mesmo formato de antes. Mostravam que, se quisessem, já as teriam abatido.

— Cumprindo o mandamento piedoso de Materyon, nosso deus, respondereis a minha indagação — disse uma voz masculina e altissonante, que ecoava intimidadoramente pelos ermos. — Quem se dispõe a peregrinar pela fronteira das montanhas com a cidade, ciente dos riscos da praga da floresta, ou dos ataques bestiais dos ursos do norte?

Quase tudo se calou por um instante. Foi possível ouvir apenas os gemidos dos ventos. O mamute da direita prosseguiu até algumas braças de distância do corpo de Edren. Dobrou as pernas, abaixando e deixando que os cercados presos aos flancos do lombo tocassem o chão, abrindo o gradil frontal de madeira que antes protegia os tamboreiros de uma queda às alturas. Estes, por sinal, se levantaram, guardaram habilmente as baquetas em um alforge preso às costas, e sacaram espadas curtas, antes embainhadas na cintura. Da perspectiva em perfil que o sinkrorbe me fornecia, vi um arqueiro parado ainda no cercado. Dava cobertura aos dois guerreiros que corriam até o cadáver. Todos estavam encapuzados e vestidos com mantos, impossibilitando a constatação de que eram mesmo guerreiros aliankinos, embora a menção feita a Materyon fosse um sinal positivo. Logo viram que aquele majurk não poderia lhes causar qualquer mal.

Estabeleceu-se uma trégua, que poderia ser tão breve quanto a resistência de um homem debaixo d'água. Era a chance de ganhar tempo, algo que, naquele momento, era tão valioso quanto manter Garlak adormecido no vulcão Majara.


(Continuem a partir daqui, Desirreé e Giovanna)


Última edição por A Lenda de Materyalis em Qua Abr 12 2017, 17:26, editado 1 vez(es)
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